Um novo teaser trailer de Barbie foi divulgado na última terça-feira (04) junto de novos pôsteres dos personagens, além do pôster oficial. Confira:

Barbie teve sua primeira exibição de teste na noite de quinta-feira (09) e o site World of Reel conseguiu alguns comentários exclusivos sobre o filme. Não é possível revelar muito, já que um contrato de confidencialidade é assinado antes da exibição, mas algumas pessoas que aceitaram comentar brevemente disseram que as reações foram muito positivas e que o público aplaudiu e torceu em alguns momentos. Confira abaixo os comentários traduzidos:

“Eu vi Barbie. Amei. Será um filme enorme. Feminista de uma maneira feroz e explosivamente histérico. É tão espalhafatoso e brilhante. Ganhará Oscars por Figurino e Cenário, são deliciosos. O filme descontrói a iconografia feminista da Barbie e a contextualiza novamente para a nova geração. Ele cria um forte comentário e uma justaposição. Já que é um filme de Greta Gerwig, há uma grande emoção no centro. Margot Robbie interpreta a Barbie com um sotaque do Valley, com interesse e vontade própria, enquanto ela questiona sua posição na Barbielândia e entra em conflito com o Ken sobre o patriarcado. Ryan Gosling é extraordinário como Ken, talvez sua melhor performance até agora. Ele rouba a cena, canta e dança. Provavelmente receberá uma indicação ao Oscar. Will Ferrell não é tão engraçado assim há anos, ele interpreta um CEO da Mattel superficial e espalhafatoso. Outros destaques incluem Rhea Pearlman e Michael Cera.”

“Eu gostei muito. É um dos melhores filmes de estúdio em anos e facilmente a melhor comédia de estúdio há muito tempo. Um prazer absoluto que se tornará uma nova obsessão favorita. Greta elevou o nível. Visualmente, é icônico. Os figurinos se destacam na tela e os cenários parecem animados e de brinquedo, como apropriado. Todas as performances estão no mesmo nível e entregam camp. Gosling é o craque do jogo e nunca esteve melhor. A performance dele se tornará um grande meme. Apesar na comédia geral ser exagerada e espinhosa (tem até uma cena de perseguição!), o filme permanece surpreendentemente emocionante, brincalhão e político de uma maneira alegre sem pesar a mão. A narrativa se move rapidamente, mas acerta as batidas. O monólogo de America Ferrera sobre os padrões duplos que as mulheres enfrentam ganhou aplausos. A classificação será +12, há piadas sexuais e palavrões.”

“Quanto ao enredo, escrever sobre ele corre o risco de dar muitos spoilers, é cheio de surpresas que não deveriam ser reveladas. Resumindo, o filme começa com a Barbie questionando seu lugar na Barbielândia e na sociedade depois de pensar sobre a morte. A Barbielândia é um lugar mágico em que as mulheres dominam o mundo, portanto, tais inseguranças são tidas como impuras. Enquanto isso, o Ken também questiona seu lugar na Barbielândia. Ele foi criado para venerar a Barbie, mas ela não é receptiva. O filme tem muitas participações especiais e reviravoltas, mas não é um peixe fora d’água.”

Fonte | Tradução & Adaptação: Equipe Margot Robbie Brasil

Margot Robbie foi homenageada com o prêmio Entertainment Innovator of the Year da revista Wall Street Journal. A atriz e produtora ganhou capa e recheio da publicação que destaca seu trabalho na LuckyChap Entertainment, sua produtora fundada ao lado dos amigos Josey McNamara e Sophia Kerr e do marido Tom Ackerley. Confira fotos e o artigo traduzido abaixo:

“A loira mais gostosa que existe.” Era a famosa descrição dada para a personagem de Margot Robbie no roteiro de O Lobo de Wall Street (2013), dirigido por Martin Scorsese. Amplamente creditado como o primeiro sucesso de Robbie, o papel ajudou a estabelecê-la de maneira instantânea como uma das maiores estrelas do cinema.

No entanto, Robbie, nascida na Austrália e novata em Hollywood na época, diz que tinha pouco interesse em continuar no tema do mulherão: “Eu precisava mostrar para as pessoas que eu podia fazer algo diferente. Não queria ser rotulada.” De acordo, seus próximos papéis mostraram o dedo do meio para o paradigma da loira-gostosa.

No set de Suíte Francesa, em 2013: “Eu interpreto uma camponesa francesa e, acredite em mim, minha aparência era repugnante”, diz ela no Zoom. (Seu nome aparece como “Maggot”, seu apelido de infância, em vez de “Margot”.) “Depois, eu fiz Os Últimos na Terra… e, novamente, minha aparência era repugnante. Naquela época, eu pensei que já tinha provado meu ponto.” Como a Rainha Elizabeth I com varíola em Duas Rainhas, de 2018, Robbie recebeu feridas, crostas e cicatrizes.

Enquanto filmava Suíte Francesa, Robbie fez amizade com os assistentes de direção, Josey McNamara e Tom Ackerley. Ambos tornaram-se seus parceiros de negócios, junto com a amiga de infância, Sophia Kerr; mais tarde, ela casou-se com Ackerley. Os quatro discutiram suas aspirações mútuas pela produção e sobre o que viam como uma falta de papéis desejáveis no cinema para mulheres. “Me lembro de dizer: “Toda vez que leio um roteiro, quero interpretar o personagem masculino’”, relembra Robbie. “‘Não seria muito legal se as pessoas lessem os roteiros dos filmes que estamos fazendo e sempre quisessem interpretar a personagem feminina?’”

Eles decidiram criar sua própria produtora, chamada LuckyChap Entertainment. Robbie havia acabado de completar 24 anos de idade. (O nome da produtora surgiu enquanto eles estavam bêbados, diz Robbie; talvez seja uma referência a Charlie Chaplin, mas ninguém consegue lembrar de verdade.) A ordem da LuckyChap, desde o primeiro dia, era “contar histórias de mulheres.” Todos os projetos precisavam envolver uma história feminina ou narradora mulher. Eles também queriam, de acordo com Ackerley, “encontrar a próxima geração de talentos” enquanto ficavam “do lado certo da cultura.”

Conseguir fazer qualquer filme é difícil, mas Robbie, agora com 32 anos, diz que a equipe da LuckyChap não ficou intimidada. “Éramos muito jovens e estúpidos para saber o quanto seria assustador”, diz ela. “Começamos tudo em uma cadeira em uma cozinha em Londres e todo mundo pensava: “Eles são tão idiotas… Seria um milagre se fizessem algo.’”

Mas o grupo logo manifestou o tal milagre, na forma de um roteiro especulativo escrito por Steven Rogers que estava rodando por aí: um filme de redenção audacioso sobre a ex-patinadora olímpica Tonya Harding. Outras pessoas na indústria passaram o projeto, Robbie relembra. “Eles diziam: “Não dá para fazer esse filme… Tem por volta de 200 cenas, várias locações, é de época’”, diz Robbie. “Nós lemos e pensamos: “Mas é bom pra caralho, é o melhor roteiro do mundo, então, e daí?’” Eles agarraram a opção.

Quando interpretou a Rainha Elizabeth I, Robbie diz que sentiu-se “muito restringida, tanto de maneira emocional quanto física.” Mas com Eu, Tonya, no qual ela interpretou o papel titular, ela chegou atirando e teve seu verdadeiro primeiro sucesso. Por meio da personificação improvável de Harding, ela transmitiu as qualidades que desde então definiram melhor um papel para Robbie: fisicalidade extrema, um desafio explícito do clichê e uma vontade de entrar de cabeça em um personagem.

Eu, Tonya também serviu uma declaração da intenção da LuckyChap. O jovem grupo havia acabado de estrear um filme que seria indicado a três Oscars em 2018, incluindo uma indicação de Melhor Atriz para Robbie e uma vitória para sua colega de elenco Allison Janney. A empresa e Robbie tinham certas coisas em comum: suas sensibilidades eram incomuns, até mesmo loucas. Ambas flertavam com o risco. E ambas viam valor e oportunidade infinitos no que outros haviam dispensado.

Com 8 anos de idade, a LuckyChap, agora com sede em Los Angeles, deixou de ser uma novata desconexa para uma gigante independente. A empresa possui entre 15 e 20 projetos cinematográficos em vários estágios de desenvolvimento, de acordo com a vice-presidente de cinema da LuckyChap, Bronte Payne. Eu, Tonya, Aves de Rapina (2020) e Bela Vingança (2020) arrecadaram juntos mais de 275 milhões de dólares, de acordo com a produtora.

A LuckyChap também expandiu-se em séries para a televisão e para o streaming, com um acordo de exclusividade com o Amazon Studios. Eles possuem entre 15 e 20 séries em desenvolvimento, de acordo com Dani Gorin, presidente de televisão da produtora. Tanto nas operações de filmes e séries, a empresa manteve a ordem original de promover criadoras de conteúdo e de contar histórias de mulheres. Gorin cita a série de 2021 da LuckyChap, Maid, criada para a Netflix e estrelada por Margaret Qualley como uma mãe solo e empregada doméstica lutando para sobreviver, como “uma representação dos tipos de histórias que queremos contar, com uma criadora e protagonista mulher.”

“É uma história muito direta e simples sobre alguém batalhando em um sistema que não é construído para ela”, adiciona. “Há uma qualidade subversiva… a série tinha um tema sombrio de comédia nela, e um elemento de realismo mágico.”

O atual leque de projetos da produtora varia amplamente em conteúdo e teor. O que eles procuram, de acordo com seus princípios: material que é deixado de fora. Novo. Experimental. Porém, comercial, eles logo explicam. Dos projetos apresentados para eles, apenas “1% são “sim para caralho’”, diz Robbie. O cofundador e codiretor da LuckyChap, Josey McNamara, adiciona: “Não diria que o resto é “nem pensar”, mas na maioria das vezes… não é a coisa certa para a gente.”

Robbie diz que o movimento #MeToo deu ainda mais força para a missão de longa data da empresa: “O efeito colateral disso foi que um turbilhão foi criado para as mentes criativas femininas. Consigo ver algumas de nós tirando vantagem disso e eu dou força para todas as mentes criativas femininas fazerem o mesmo.”

Entre os talentos incentivados pelo grupo da LuckyChap: a cineasta e roteirista Emerald Fennell, que ganhou um Oscar, um BAFTA e um WGA, todos por Melhor Roteiro Original, por seu filme de 2020, Bela Vingança. Fennell tornou-se uma diretora da casa e prova de conceito para a LuckyChap, que também está produzindo seu segundo filme, Saltburn, atualmente em pós-produção. Fennell diz que a empresa incentivou e defendeu seu trabalho.

“Eles não bajulam Hollywood ou ninguém”, diz ela. “Eles te apoiam e não se importam se isso traz problemas para eles.” Desde o começo de seu relacionamento com a Luckychap, “eles nunca me fizeram sentir-me como uma menininha. Acreditaram em mim e me ajudaram”, diz Fennell. “Me senti segura.” E em Hollywood, ela diz que “isso não é pouca coisa.”

A escritora e diretora Greta Gerwig, que coescreveu e dirigiu o próximo projeto da LuckyChap, Barbie, também descreve Robbie e a produtora como defensores do talento feminino com os quais trabalham. “Assim que eles começam um projeto, vão até o fim”, diz ela. Como atriz e produtora, “Margot tem um lampejo de certeza e se dedica”, Gerwig diz. “Ela não tem um aspecto vago em sua psique.”

Robbie e seus colegas são parte de uma onda de líderes do cinema e da televisão que ajudam mulheres a comandar os principais papéis criativos e contar histórias de mulheres nas telas. A atriz e diretora Eva Longoria fundou a UnbeliEVAble Entertainment, dedicada a contar histórias latinas roteirizadas e não roteirizadas. A escritora e diretora Ava DuVernay fundou a Array, uma cooperativa que produz conteúdo que busca “contar histórias inclusivas e divertidas que irão ampliar pessoas não brancas e mulheres de todos os tipos por todos os formatos narrativos.” Hello Sunshine, uma empresa criada pela produtora e atriz ganhadora do Oscar Reese Witherspoon, “coloca as mulheres no centro de todas as histórias que criamos, celebramos e descobrimos.” (Whiterspoon vendeu a produtora em 2021 por aproximadamente 900 milhões de dólares para uma nova empresa apoiada pela firma de capital privado Blackstone Group). A empresa da produtora, roteirista e showrunner Shonda Rhimes, Shondaland, fez parceria em 2019 com a SeriesFest para lançar a Women Directing Mentorship, uma competição projetada para descobrir aspirantes a diretoras.

É uma área de jogo cada vez mais lotada. Embora a LuckyChap às vezes deva competir por projetos com outras empresas com ordens parecidas, “não parece uma competição prejudicial”, diz Robbie. “Eu ficaria emocionada se cada vez mais produtoras lideradas e incentivadas por mulheres abrissem as portas. Quanto mais melhor.”

Nos primeiros anos da indústria cinematográfica, as mulheres trabalhavam de forma regular como diretoras e produtoras. No começo do século XX, a diretora Alice Guy Blaché comandava seu próprio estúdio, Solax, e produzia três filmes por semana; Dorothy Arzner dirigiu aproximadamente 20 filmes entre 1927 e 1943. No entanto, assim que os filmes mostraram sinais de se tornarem lucrativos como um entretenimento de massa, a Wall Street notou, o sistema de estúdios surgiu e rapidamente fechou a indústria. As mulheres que eram diretoras e produtoras foram exiladas.

“Hollywood era um espaço aberto na época e uma nova indústria”, diz Stacy Smith, professora associada de comunicação na University of Southern California e fundadora da Annenberg Inclusion Initiative da faculdade. “Mas quando o dinheiro entra, as comunidades marginalizadas são colocadas para fora… Esse é um tema comum que vai até os dias atuais.”

Durante as décadas, com a mudança da indústria, algumas atrizes determinadas fundaram suas empresas ou atuaram como produtoras em uma tentativa de garantir o controle sobre suas carreiras. A atriz Mary Pickford fundou sua própria produtora em 1916 para criar melhores projetos e colaborações para si mesma e ajudou a fundar a United Artists em 1919 em parte para distribuir seus filmes. Depois de ser chamada de “repelente de bilheteria” em 1938, Katharine Hepburn conseguiu optar pelos direitos de Núpcias de Escândalo e usar como um veículo para seu retorno em seus próprios termos. O filme deu uma indicação ao Oscar para ela; Robbie o cita como um de seus favoritos.

Embora estimulantes, esses triunfos e outros que vieram depois também contradizem a luta histórica por igualdade de gênero da indústria. Apenas cinco mulheres ganharam um Oscar por Melhor Roteiro Original desde 1956, quando a Academia estabeleceu sua atual configuração das categorias de roteiro; apenas três mulheres ganharam Melhor Direção, de um total de oito indicações. (Jane Campion foi indicada duas vezes.) Mesmo com a atual proliferação de empresas dedicadas a estimular o talento feminino, Smith destaca que as estatísticas mostram que a desigualdade continua tenaz.

Hoje em dia, estúdios e produtoras estão considerando mais mulheres como diretoras e roteiristas, diz Robbie. “Mas é fácil colocar nomes de mulheres em uma lista”, diz ela. “É um obstáculo maior conseguir alguém que financie um projeto. Ainda temos um longo caminho a percorrer nesse sentido; vai levar muito mais tempo para corrigir esse percurso.”

Ela diz que ajuda quando um filme dirigido por uma mulher obtém bons números de bilheteria: “Como aconteceu com o primeiro filme da Mulher Maravilha [de 2017 dirigido por Patty Jenkins e estrelado por Gal Gadot], você conseguia ver quase na mesma semana como as conversas eram diferentes. Quando alguma coisa realmente funciona na bilheteria é quando você vê uma mudança positiva.” Por outro lado, ela continua, se um filme liderado por mulheres não vai bem, esse fracasso tem uma repercussão negativa. “Quando uma diretora perde, todos voltam para a mentalidade inicial”, diz Robbie. “Eles dizem: “Ah, viu, talvez não funcione mesmo.” E então temos que nos recuperar de novo.”

Smith concorda com a declaração e diz que existem dados que a apoiam. Financiamento para projetos liderados por mulheres permanecem “incrivelmente difíceis” e ela teme que a indústria possa estar recuando nos aumentos das tentativas de inclusão dos anos recentes. “Mas é claro que Margot Robbie está continuando”, diz Smith. “Ela vê a falta de inclusão e está fazendo escolhas que são influências contrárias ao que vemos muitos outros na indústria fazendo.”

Comandar a LuckyChap poderia dominar a vida de Robbie; ela diz que também gostaria de, talvez, dirigir algum dia. Mas por agora, ela diz que continua dedicada à atuação, o que começou a fazer aos 17 anos de idade. Nativa da Gold Coast da Austrália, onde foi criada por uma mãe solo e com três irmãos, ela tinha muitos empregos quando adolescente, incluindo o de fazer sanduíches no Subway. Quando Robbie decidiu que deveria entrar para o elenco da novela australiana Neighbours, ela entrou em contato com a diretora de elenco e disse o que desejava. Eles acabaram escalando-a para um papel regular. Três anos depois, ela colocou os olhos em Hollywood, mudando-se para Los Angeles e garantindo um papel na série da ABC, Pan Am, e chamando a atenção de Scorsese.

Desde então, ela continuou trabalhando com os maiores diretores da indústria enquanto defendia os novatos. Neste ano, ela fez parte do elenco grandioso de Amsterdam, filme de David O. Russell, e estrela ao lado de Brad Pitt e Diego Calva em Babilônia, escrito e dirigido por Damien Chazelle, que será lançado em breve.

Chazelle diz que ele abordou Robbie para interpretar o papel de Nellie LaRoy, uma estrela de Hollywood na década de 1920, quando ocorreu a mudança dos filmes mudos para os falados. Para o filme, Chazelle diz que criou um “clima sem barreiras, com nenhuma regra e muitos comportamentos extremos” e que o papel de LaRoy era “completamente animalesco.”

“Eu precisava de alguém… totalmente destemido. Tinha um pressentimento de que ela viria para o ataque”, diz ele. “Ela tem esse tipo de bravata física insaciável. Por outro lado, também é a atriz mais habilidosa tecnicamente com a qual você poderia trabalhar como um diretor.”

“Eu nunca trabalhei tanto na minha vida”, diz Robbie sobre seu papel em Babilônia. “Fiquei destruída no final desse trabalho.” Ela adiciona que muitas vezes usa animais para ajudá-la a entrar nos papéis. A Nellie, de Babilônia, precisou de dois: um polvo (“Ela podia ser tanto fluida quanto transformadora”) e um texugo do mel (“Ela está pronta para brigar, o tempo todo. Os dois são casca grossa”).

Na série de filmes de Robbie, de Eu, Tonya até a homicida Harley Quinn em Aves de Rapina e em Babilônia, o empenho físico exigido em alguns deles é impressionante. Sobre sua preferência por papéis exaustivos, ela diz: “Sou masoquista.” Não importa o quanto um papel seja esgotante, ela continua: “Sempre consigo encontrar uma quinta marcha.”

No ano que vem, a LuckyChap vai estrear Barbie, que Gerwig coescreveu com Noah Baumbach. Robbie interpreta o papel titular e Ryan Gosling estrela ao seu lado como Ken. “Ela é uma atriz que chega armada com todo o tipo de preparação e todo tipo de possibilidade explorada”, diz Gerwig. Mesmo que Robbie estivesse “completamente presente como produtora” em Barbie, Gerwig diz que ficou “impressionada com a habilidade dela de se entregar totalmente a ser atriz” ao mesmo tempo.

Para o papel da Barbie, Robbie diz que em vez de um animal, escolheu um arquétipo que parecia incorporar a personagem. Muitos escritores e atores escolhem entre os arquétipos clássicos quando criam um papel, como o guerreiro, o herói, o bobo da corte, entre outros. Para Robbie, Barbie era o arquétipo “da criança”. Ela não vai elaborar. O filme da Barbie está envolto em segredo. Revelações públicas até mesmo dos mínimos detalhes acabam “explodindo em manchetes”, diz Robbie.

Respondendo sobre por que o assunto da Barbie provoca reações imediatas e interesse, Robbie pensa bem para não revelar nada sobre o filme. O projeto tem certas coisas em comum com aquele que ajudou a começar a LuckyChap em primeiro lugar, ela diz: isto é, que as pessoas aparentemente possuem ideias preconcebidas sobre os dois assuntos que Robbie e a equipe da LuckyChap dizem que estão determinados a mudar.

“Por isso que Eu, Tonya nos intrigou tanto, porque as pessoas tinham uma reação tão imediata e forte ao nome Tonya Harding”, diz Robbie. “É um tanto incrível começar dessa forma.” Barbie também será incomum; McNamara diz que irá “subverter as expectativas.”

Fonte | Tradução: Equipe Margot Robbie Brasil

A Vanity Fair divulgou com exclusividade as primeiras imagens de Babilônia, grandioso filme de Damien Chazelle com Margot Robbie no elenco principal. O diretor também revelou alguns detalhes do longa para a revista. Leia:

Damien Chazelle esteve trabalhando no enredo de Babilônia, pelo menos em sua cabeça, desde que se mudou para Los Angeles há 15 anos. “A ideia básica era simplesmente fazer um filme grande, épico e com muitos personagens ambientado nos primeiros dias de Los Angeles e Hollywood, quando ambas estavam se tornando o que conhecemos hoje”, diz ele para a Vanity Fair na primeira entrevista sobre o filme, que está marcado para estrear em dezembro pela Paramount.

A década de 1920 foi um momento crucial para a história de Hollywood. Los Angeles estava se transformando em uma metrópole e a indústria cinematográfica — passando pela transição incerta de filmes mudos para falados — estava explodindo com pessoas procurando por fama, riqueza e poder.

Uma década e meia depois, Chazelle não tinha nenhuma dessas coisas vivendo como um aspirante a roteirista e diretor que havia se mudado recentemente de Nova York para L.A. Ele ainda não havia feito sua grande estreia com Whiplash no Festival Sundance — que deu um Oscar de Melhor Ator Coadjuvante para JK Simmons por sua interpretação como um instrutor de jazz explosivo — ou havia se tornado a pessoa mais nova a ganhar um Oscar de Melhor Diretor, por La La Land. “Eu continuava adiando porque era um pouco grande demais”, diz Chazelle sobre o projeto. Ele finalmente abordou o roteiro depois de finalizar seu filme de 2018, O Primeiro Homem, com Ryan Gosling interpretando Neil Armstrong.

Baseado nos primeiros vídeos e imagens, Babilônia parece ser uma farra extravagante durante a Idade Dourada emergente de Hollywood, estrelando um Brad Pitt descarado, uma Margot Robbie desinibida e o novato Diego Calva. Mas por trás de todo o confete e glamour, Chazelle queria que Babilônia enfatizasse a rápida mudança da cidade e um crescimento que veio com um preço. “Tudo está mudando sob os pés das pessoas,” diz ele, “e eu fiquei realmente fascinado com o custo humano da disrupção dessa magnitude, em uma época em que não havia um plano de ação, quando tudo era apenas novo e bárbaro.”

Escalar duas das maiores estrelas de Hollywood para os papéis principais de Babilônia fez sentido tanto tematicamente quanto financeiramente. Pitt e Robbie, que estrelaram juntos em Era Uma Vez… em Hollywood, interpretam atores em momentos bem diferentes de suas carreiras, e Chazelle sabia que suas estrelas veriam ecos de suas próprias vidas nos personagens. “Parte da mágica de trabalhar com eles nesses papéis foi que cada um conseguiu realmente tornar a performance a coisa mais pessoal que já fizeram”, diz ele.

A maioria dos personagens de Babilônia são fictícios, embora Chazelle tenha usado estrelas de Hollywood como inspiração. O personagem de Pitt, Jack Conrad, é uma “grande estrela de cinema” festeira, como Chazelle coloca, inspirado por John Gilbert, Clark Gable e Douglas Fairbanks: “Ele está alcançando um momento em sua vida e carreira em que está começando a olhar para trás e se perguntar o que está por vir.” (Pitt expressou um sentimento similar sobre seu próprio trabalho em uma entrevista recente para a capa da GQ).

Quanto a Robbie, ela interpreta Nellie LaRoy, uma aspirante a atriz que é uma mistura de estrelas como Clara Bow, Jeanne Eagels, John Crawford e Alma Rubens. Nellie é nova em Hollywood e de repente está nos holofotes, uma experiência que a revelação de O Lobo de Wall Street consegue entender. “Margot é uma pessoa que tem essa vantagem atrevida, corajosa e voraz — é algo muito australiano — e por isso conseguiu realmente explorar e fazer muitas coisas divertidas”, diz Chazelle.

Calva, o novato do elenco, interpreta Manny Torres, um ator mexicano que, como um estranho em Hollywood, serve como o olhar do público no mundo de Babilônia. Chazelle diz: “De muitas formas, ele também estava passando por uma experiência muito parecida com o personagem que estava interpretando, tropeçando em um lugar enorme e pensando: “Que porra está acontecendo?’”

O rico elenco coadjuvante de Babilônia — incluindo Jovan Adepo, Li Jun Li, Jean Smart e Tobey Maguire — também interpreta personagens fictícios (o único personagem com nome verdadeiro no elenco principal é o produtor Irving Thalberg, interpretado por Max Minghella), cujos sonhos de fama e sucesso depende de navegar em uma cidade perigosa.

Chazelle trouxe muitos de seus colaboradores anteriores, incluindo o cinegrafista Linus Sandgren e o compositor Justin Hurwitz, ambos vencedores do Oscar por La La Land. Ele tinha em mente um filme repleto de espetáculos que refletiam a extravagância e hedonismo da época: “Eu queria capturar o quanto aquele mundo era grande, vibrante, descarado e sem remorsos.”

Mas Chazelle também queria sondar lugares mais profundos — para justapor os cenários deslumbrantes e cheios de glamour de Hollywood de La La Land e a inspeção mais sombria do preço da ambição de Whiplash. “Foi realmente um período maluco para essas pessoas, essa galeria de personagens, enquanto eles sobem e descem, sobem e descem, sobem de novo e descem de novo,” diz ele, acrescentando que “o que estão construindo está se voltando contra eles e os mastigando vivos.”

Espere uma história que explora os níveis de transformação, desde a própria cidade até a indústria, e das pessoas que querem chegar lá. Chazelle faz referência à “ambição precipitada e descuidada” daquela época como um tema central de seu filme. E, não por coincidência, ele diz que Babilônia é seu trabalho mais ambicioso até agora: “Definitivamente foi a coisa mais difícil que já fiz. Apenas a logística, o número de personagens, a escala do cenário, o período de tempo que o filme cobre — tudo conspirou para torná-lo particularmente desafiador, mas foi um desafio muito emocionante de aceitar.”

Fonte | Tradução & Adaptação: Equipe Margot Robbie Brasil