Na manhã de segunda feira, Margot Robbie recebeu sua primeira indicação ao Golden Globes por seu papel como Tonya Harding em I, Tonya e o site EW conversou brevemente com a atriz pouco tempo depois de sua indicação. Confira:

Margot Robbie encontrou Tonya Harding várias vezes enquanto estrelou e produziu I, Tonya, mas ela ainda não soube exatamente o que ela achou de sua performance.

“Eu acho que eu fiquei com muito medo de perguntar seus pensamentos sinceros sobre o filme,” a atriz admite. “Eu perguntei coisas como, ‘Nós fizemos essa parte certa?’ E ela disse que estava incrivelmente no ponto com suas memórias.”

Mesmo que Harding não tenha dado uma crítica para Robbie, a Hollywood Foreign Press Association certamente pensou que ela era merecedora, indicando-a para um Golden Globe na categoria Melhor Atriz em Musical ou Comédia. Robbie e a equipe de I, Tonya comemoraram imediatamente na manhã de segunda feira após descobrirem que o filme conseguiu três indicações no total – para Robbie, a parceira de cena Allison Janney na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante, e o filme por Melhor Musical ou Comédia – criando uma corrente de mensagem de texto que deixou o celular dela “explodindo”.

Nós começamos a ligar um para o outro assim que descobrimos,” ela diz. “Eu nunca fui parte desse tipo de conversa, então é muito louco, de verdade. Eu nem sei o que dizer.”

E, Robbie adiciona, é um pouco estranho ver o filme – uma comédia de humor negro e drama irônico – forçado em uma categoria para musicais e comédias. (Os Golden Globes possuem história em indicar filmes que nos fazem levantar a sobrancelha nessa categoria.) “É difícil classificar nosso filme em um gênero específico,” ela explica. “Realmente não entra em somente uma categoria, mas existem momentos engraçados, então eu entendo o motivo.”

Ainda assim, a inclusão de I, Tonya nas conversas das premiações poderia trazer algum material humorístico. Afinal de contas, Robbie agora possui quatro rivais na, se você permitir, a corrida pelo ouro – mas por enquanto, ela não vai fazer nenhum trocadilho sobre suas oponentes. “Há tantas piadas boas e ruins para fazer nesse momento, mas…” ela desconversa, rindo. “Eu não vou fazer nenhuma.”

Fonte | Tradução & Adaptação: Equipe Margot Robbie Brasil

Durante uma entrevista com o site Collider, o parceiro de cena da Margot em I, Tonya, Sebastian Stan, comentou sobre como foi trabalhar ao lado da atriz no novo filme. Confira:

O relacionamento entre Tonya Harding e Jeff Gillooly é muito intenso e violento, em certos momentos. Como foi ter Margot Robbie passando por isso ao seu lado?
Eu não poderia pedir por uma parceira de cena melhor. Eu realmente gostei de trabalhar com ela. Eu acho que ela trouxe o que há de melhor em mim, e eu gosto de pensar que trouxemos o melhor um do outro. Há muita confiança aqui. Eu sabia que Margot estava se sentindo bem sobre levar o filme para onde ela precisava ir. Se precisássemos improvisar em algum lugar, nos podíamos. Se precisássemos aumentar o volume na violência, nós podíamos. Se precisássemos encontrar o humor nisso, nós podíamos. Era um diálogo muito aberto e uma comunicação contínua entre nós, o que foi importante.

Fonte | Tradução & Adaptação: Equipe Margot Robbie Brasil

Margot conversou com o Yahoo Entertainment sobre como a equipe de cabelo e maquiagem de I, Tonya criou o visual de Tonya Harding para o filme. Confira:

Não é exatamente no nível de Gary Oldman como Winston Churchill, mas Margot Robbie está ganhando elogios por desaparecer na pele da patinadora Tonya Harding no novo filme I, Tonya.

“Eu trabalhei bastante com minha professora de movimento para alterar meu físico e criar certas maneiras para a personagem de Tonya,” Robbie contou para o Yahoo Entertainment no dia de imprensa do filme em Los Angeles. “Eu também estudei muito. Estudei suas maneiras, sua voz, seu dialeto. Nossos cabeleireiros, maquiadores e estilistas tiveram muito trabalho para replicar todas as roupas de patinação e momentos específicos tirados de fotos de paparazzi e mapearam uma jornada desse jeito.”

Considerando que Harding, cuja carreira acabou em 1994 após sua associação com o famoso ataque na rival Nancy Kerrigan, subiu para a fama da classe baixa de Oregon no começo dos anos 90, a estilista do filme extraiu de uma fonte bem específica para caracterizar Robbia para o papel.

“Nossos cabeleireiros e maquiadores só compravam produtos de lojas baratas,” Robbie explicou. “Tinha que ser algo que Tonya poderia ter comprado na época. Todos realmente se jogaram nessa personagem e ajudaram a criá-la.”

Fonte | Tradução & Adaptação: Equipe Margot Robbie Brasil

Margot Robbie falou com o EW sobre as cenas de violência doméstica que seu novo filme I, Tonya apresenta e explicou o uso necessário da quebra da quarta parede nesses momentos. O diretor Craig Gillespie e o roteirista Steven Rogers também participam da entrevista, confira:

Durante uma exibição de I, Tonya no Festival de Toronto em setembro, Margot Robbie, a estrela do filme, ficou desconfortável.

Não foi sua performance ou a de outra pessoa que a fez se contorcer. Foi o jeito que o público reagiu a uma cena entre ela, como a patinadora Tony Harding, e o ex marido de Harding, Jeff Gillooly, interpretado por Sebastian Stan.

“Em um momento particular, bem abusivo, onde Jeff dá um soco no rosto de Tonya, é uma das poucas cenas que ela não quebra a quarta parede para deixar o público saber que ela está bem,” ela lembra. “O público teve uma reação bem vocal sobre essa cena, e eu pensei, ‘Wow, eles não vão perdoar o Jeff de jeito nenhum depois desse momento.’ Mas alguns minutos depois ele teve um momento doce com a Tonya e todo mundo fez, ‘Awwww’, eles pensaram que ele era o cara mais fofo do mundo. E eu pensei, ‘Meu Deus! Vocês perdoaram ele tão rápido!'”

Mas esse é o ponto de I, Tonya, a sátira sobre o reinado curto de Harding no gelo: O filme pode estar pronto para apresentar as perspectivas de Harding, Gillooly, e outras festas envolvidas em sua queda, mas também é um jeito dos espectadores sobre seus próprios pontos de vista.

Pelo menos, é assim que o diretor Craig Gillespie viu. Com 265 cenas para trabalhar, o diretor de Uma Garota Ideal teve que descobrir como contar uma história sem torná-la uma saga de várias partes, e se inspirou em filmes como Um Sonho sem Limites, Os Bons Companheiros, Trapaça e A Grande Aposta – todos que usaram voiceover ou cenas diretas com a câmera. O truque, ele encontrou, era convidar o público a “fazer uma escolha,” ele diz. “Nós temos essa noção de que os personagens estão falando com o público e escutando o que as outras pessoas estão falando nas entrevistas.” É uma estratégia que mostra o quão contraditórias as histórias de Harding e Gillooly continuam sendo.

Ainda assim, apesar de Harding e Gillooly se dirigem a câmera durante as entrevistas, eles também fazem isso durante as cenas – incluindo as que contam a violência doméstica do casal, com Gillooly de Stan batendo em Harding de Robbie algumas vezes antes dela virar para a câmera e contar com que frequência esses incidentes aconteciam. Essa escolha controvérsia, Gillespie diz, foi mais difícil de alcançar. “Quebrar a quarta parede pode tirar você de um filme, então é sempre um risco,” ele admite. “Enquanto eu estava trabalhando nesse filme e tentando descobrir como contar a história, a única situação que eu sabia que seria um desafio era a violência doméstica.”

“Analizando como Tonya iria processar isso, meu sentimento é que crescendo com a violência, ela estava acostumada com isso e ela estava anestesiada,” Gillespie continua. “Era parte de como ela vivia com o abuso em seu casamento. Eu pensei que o jeito de mostrar a violência seria se ela quebrasse a quarta parede enquanto isso acontecia. Mostra o quão imune ela está com o que está acontecendo e o quão desconectada do momento ela está na cena, que ela pode se desligar disso e falar conosco. Eu senti que isso reforçou como seu estado mental estava na época.”

Para sua parte, Robbie, como produtora, falou extensivamente com Gillespie sobre como atingir o tom certo em um filme como esse. Em sua primeira reunião, Robbie pediu a Gillespie para explicar exatamente como ele queria lidar com a violência no filme – e ele explica, em uma conversa de 45 minutos que cobriu inteiramente sua estratégia. “Eu senti que muitas pessoas não podiam articular como eles executariam o tom,” ela diz. “Ele teve a ideia de quebrar a quarta parede, o que foi perfeito. Vê-la desconectada do que está acontecendo no momento e se dirigindo ao público normalmente, eu acho que foi um jeito inteligente de deixar o público perceber que ela estava separada do que estava acontecendo, e mais fácil de lidar.”

Ela adiciona, “Isso também é um vislumbre do ciclo vicioso de como é um relacionamento abusivo, onde isso se torna rotina e você realmente fica anestesiado. De uma perspectiva de fora, as pessoas pensam, ‘Por que alguém ainda fica em um relacionamento abusivo? Por que eles voltam para essa pessoa?’ Mas usando essa estratégia pelo filme, eu acho que mostra como esse ciclo pode continuar.”

E se o público começa a rir em outras coisas algumas cenas depois ou interpretar eventos de modo diferente, então essa reação é pessoal, o roteirista Steven Rogers explica. Ter múltiplas perspectivas “faz você pensar mais, descobrir por si mesmo, tipo, ‘De quem é o ponto de vista agora?'” ele diz. “Todos vão assistir o filme com ideias preconcebidas. Estamos dizendo, ‘Na verdade, essas são pessoas reais. Eles são humanos. Eles não eram apenas piadas.” Portanto, a verdade sobre Tonya Harding está nos olhos do espectador.

Fonte | Tradução e Adaptação: Equipe Margot Robbie Brasil