Em entrevista ao Paris Match, Margot Robbie e Idris Elba falaram sobre seus papéis em O Esquadrão Suicida e sobre a dinâmica entre os dois. Margot também fala sobre como se sente interpretando uma vilã e como a pandemia afetou seu trabalho. Confira:

Os últimos dezoito meses foram muito difíceis para o mundo do cinema. Enquanto obviamente há coisas mais trágicas, a pandemia também impediu os atores e atrizes de trabalharem. Como foi a experiência de vocês?
Idris Elba:
Para ser completamente honesto, meu corpo estava me pedindo para desacelerar um pouco antes da pandemia. Até pegar COVID e parar de trabalhar por quase um ano, eu trabalhei muito, fiz muitas coisas. E não somente profissionais, coisas grandes na minha vida. Tudo aconteceu ao mesmo tempo. Então, esse tempo em que não trabalhei, foi para me acomodar e me encontrar. Senti falta de atuar, é claro, e sou viciado no meu trabalho, mas se vou ser completamente honesto, também sei que precisava do tempo.
Margot Robbie: Nunca parei de trabalhar desde que tinha 16 anos, e hoje tenho 31… Nunca tinha ficado presa em um lugar por tanto tempo. Foi louco e acho que meu corpo e mente precisavam desse tempo, também. É claro, não posso colocar isso no mesmo nível que as tragédias que tantas pessoas viveram nessa pandemia, então sem querer passar por cima disso, fui sortuda por esse ponto de vista. As filmagens voltaram em janeiro. Acabei o filme mais recente de David O. Russell e vou começar o próximo de Damien Chazelle. Filmar com os protocolos do COVID é muito estranho, muito restrito, mas todo mundo é muito respeitoso. Nossa profissão sabe que precisa cumprir essas regras.

Como a pandemia afetou seu trabalho como produtora?
MR:
Quanto à LuckyChap, se eu tivesse que achar um aspecto positivo, seria o tempo. Filmes levam anos para criar e a produção de verdade, as filmagens, só acontecem em alguns meses. Felizmente, não tivemos que desacelerar ou parar os projetos. Nos aproveitamos desse tempo para refinar as pré e pós-produções. E nos deu um tempo para refletir. O que estamos fazendo ou qual projeto queremos realmente gastar nosso tempo, concentrar nossos esforços e o que vamos fazer quando o mundo recomeçar.

E agora que o mundo recomeçou, você está de volta com O Esquadrão Suicida. Margot, você está interpretando o papel da Harley Quinn pela terceira vez, com um terceiro diretor diferente. O que você contou ao James Gunn sobre a personagem?
MR:
Acho que a coisa principal que eu disse foi como era importante para a Harley fazer parte de um grupo, como era importante a personagem fazer parte de uma dinâmica. Imagino que seja mais complicado interpretá-la se ela for a bússola moral do enredo. Felizmente, em sua história, James Gunn não viu necessidade dela nesse papel. Ela não era quem tomava decisões, não deveria fazer a coisa certa, não era a heroína. Ela faz coisas heróicas às vezes, mas faz baseada em seu próprio código moral, que claramente é diferente dos heróis e dos bonzinhos… Isso é o mais importante para mim: se ela vai fazer a coisa certa, tem que ser por suas próprias razões, seus próprios valores morais, que são particularmente ruins! (Risos)

Idris, pouco se sabe sobre seu personagem, o Sanguinário. James Gunn explicou que ele começou a escrever especificamente para você, sem ao menos te conhecer…
IE:
Quando falamos sobre isso pela primeira vez, James nem sabia qual personagem da DC eu interpretaria, mas ele tinha uma ideia para o filme. Ele queria fazer algo nostálgico para os mais velhos, um filme de ação dos anos 80 com seus personagens carismáticos e exagerados, mas imperfeitos, e ele queria que meu personagem fosse um resumo disso tudo, a incorporação da ideia. Nós fomos em busca desse cara muito raivoso, mas ao mesmo tempo com uma grande fraqueza. De primeira, ele é um mercenário, um assassino de verdade, um excelente soldado desde sua infância… Ele esconde suas fraquezas bem no fundo e possui algumas camadas, as quais descobrimos aos poucos. Ele também tem uma filha… É um ótimo personagem, bem antiquado, mas James se certificou de subverter isso.

A Harley Quinn é completamente desequilibrada e o Sanguinário é muito quadrado… Como vai acontecer a dinâmica entre os dois?
IE:
Para o Sanguinário, a Harley Quinn vem de um mundo de super-heróis. Ele é um cara muito pé no chão e ela parece que saiu de um conto de fadas… Ele não sabe com qual passo começa a dançar, mas no final os dois são bons antagonistas e bons parceiros um para o outro. Eles se dão nem? Ele é sério como uma porta de prisão e ela é muito louca! (Risos) Eles podem lutar lado a lado, dar ordens um para o outro, mas não acho que se entendem.
MR: Harley e Sanguinário não poderiam ser mais diferentes e o que funciona nesse relacionamento é que ela quer seguir um chefe. A origem da Harley Quinn é através de um mestre, o Coringa. Ela quer servir, algumas vezes com malícia, outras com traição, mas está em sua natureza ter um chefe. Ela procura quem é o alfa do grupo, considera se ele vale a pena, se está apto para o trabalho. Se não está, ela segue seu caminho, mas acho que ela fica convencida pelo Sanguinário. A Harley não escuta muitas pessoas, mas acredita nele.

De forma geral, como foram as filmagens com todos esses personagens e o elenco muito impressionante? Houve espaço para improviso?
IE:
James é um mestre da alquimia, ele tem uma visão excelente para conseguir misturar vários elementos diferentes. E ele é muito inteligente quando se trata de colocar as personalidades lado a lado. Por exemplo, entre John Cena e eu, há muitas idas e vindas. Muitas coisas que falamos um para o outro não vai estar no filme, posso te dizer isso! Precisou ser cortado porque o John não para… Ele é muito, muito engraçado e eu realmente precisava acompanhar! Foi ótimo porque James permitiu que todos esses atores, todas essas personalidades vindas do mundo inteiro, trouxessem sua própria bagagem. Um ótimo grupo se uniu com o roteiro e personagens que ele escreveu, uma mistura única. Realmente era um Esquadrão Suicida.
MR: É um novo grupo, com pessoas do filme anterior e outros personagens novos que são inesperados e mais tradicionais. A beleza real do Esquadrão Suicida, tanto nos quadrinhos quanto nos filmes, é uma mistura de personalidades muito variadas, com seus métodos e estilos… E as histórias do James também são populadas por uma galeria de personagens tão bizarros com os quais a Harley pode interagir. James realmente fez muito bem, rapidamente percebi que estávamos em boas mãos.

Atrizes e atores que interpretam papéis de vilões em filmes sempre parecem sentir prazer nisso. Como você explica a atração por interpretar os caras ruins?
MR:
O que me interessa na minha profissão é entender o motivo pelo qual meus personagens fazem o que fazem, dizem o que dizem, especialmente se são coisas que eu não faria. Se você interpreta alguém que tem éticas e valores muito diferentes dos seus, você tem em sua frente um longo processo: você irá se perguntar o motivo, justificar o ponto de vista dele, terá que fazer o seu próprio, e finalmente encontrar alguma forma de empatia por seu personagem. Então, quanto mais cruéis eles são, quanto mais ambíguos, maior será o desafio. É um desafio muito real andar ao lado deles, ver o mundo por seus olhos, e eu realmente amo isso. E poder dizer e fazer coisas horríveis que você nunca faria na vida real! Mesmo se for só para as câmeras, ainda é muito divertido (risos).
IE: Mesmo antes dos atores, acredito que quando um roteirista está escrevendo um vilão, ele já está se divertindo. Ele pode fazer malabarismo com as coisas, o que quer que esteja em seu coração, de um jeito que só um vilão pode falar tão diretamente e que pessoas normais não podem expressar. Também acho que eles dão mais complexidade aos atores. Se você tem o papel principal, o de herói, você tem pouco a dizer. Se você é o vilão, você pode dizer para todo mundo ir se foder e isso é prazeroso! (Risos)

Fonte | Tradução & Adaptação: Equipe Margot Robbie Brasil

A revista Entertainment Weekly visitou o set de O Esquadrão Suicida em novembro de 2019 e conversou com o diretor e elenco do filme, incluindo Margot Robbie. Confira:

Em um set exterior em Atlanta, Idris Elba está fingindo disparar duas armas muito grandes e futurísticas enquanto ele e seus colegas de elenco Margot Robbie, Daniela Melchior e David Dastmalchian filmam uma das sequências de ação finais em O Esquadrão Suicida (nos cinemas dia 5 de agosto). Dada a natureza de spoiler do que está sendo filmado para a mais recente extravaganza de super-heróis da Warner Bros. nesse dia nublado de novembro de 2019, não podemos elaborar muito. Podemos dizer, no entanto, que há palmeiras. Há uma abundância de cascalhos. Há veículos militares e dúzias de figurantes uniformizados. Podemos dizer também que o diretor e roteirista do filme, James Gunn, está se divertindo muito enquanto monitora o procedimento na tenda de vídeo com um sorriso no rosto. ”Sinto que estive fazendo filmes independentes pequenos com Guardiões da Galáxia, porque esse filme é gigante”, diz Gunn.

A ideia de Gunn dirigir esse filme, e se divertir enquanto isso, teria sido absurda não muito tempo atrás. David Ayer, diretor do primeiro filme da franquia, foi infeliz com seu corte inicial sendo fortemente reformulado por insistência da Warner Bros. antes do lançamento. Enquanto esse filme – sobre um grupo de vilões que vão trabalhar para uma agência secreta do governo em troca de uma redução em suas sentenças – arrecadou 746 milhões de dólares ao redor do mundo, foi recebido de forma morna pelo público e desprezado pelos críticos. Enquanto para Gunn, um ano antes de começar a filmar O Esquadrão Suicida, o diretor sofreu uma queda de sua posição no auge do templo de Hollywood e se tornou persona non grata na empresa que o tornou famoso. Gunn simplifica quando a EW pergunta sobre o caminho que o trouxe aqui hoje. ”É,” ele diz. ”Fui despedido da Marvel.”

Dado tudo o que aconteceu politicamente, socialmente e virologicamente durante os últimos três anos, é fácil esquecer a confusão que irrompeu após o presidente da Walt Disney Studios, Alan Horn anunciar no dia 20 de julho de 2018 que a empresa tinha “cortado” sua relação de negócios com Gunn. Ele aproveitou o grande sucesso com Guardiões da Galáxia em 2014 e com a sequência em 2017, transformando um grupo de personagens de quadrinhos obscuros e um ator de sitcom chamado Chris Pratt em ouro de bilheteria para os estúdios Marvel. Mas Gunn também era um crítico vocal de Donald Trump e no verão de 2018, sabichões conservadores fizeram reaparecer piadas que Gunn tweetou sobre estupro e assédio sexual uma década antes. A buzina rapidamente anunciou que Gunn estava sendo cortado por ”atitudes e declarações ofensivas”. ”Eu sabia que ia acontecer”, diz Gunn, que tinha completado o primeiro rascunho do roteiro de Guardiões da Galáxia Vol. 3 na época. ”Na noite anterior a me despedirem, eu estava sentado pensando: ‘Oh, merda.’ Foi um pesadelo.” Gunn brevemente se desculpou pelos tweets, postando em um fio no Twitter que seus dias ”falando algo só porque é chocante” acabaram.

Os amigos e colegas de Gunn se reuniram, incluindo o elenco de Guardiões da Galáxia, e publicaram uma declaração apoiando seu diretor. Por trás das cenas, o presidente da Warner Bros. Pictures Group, Toby Emmerich, e o produtor Peter Safran (Aquaman) juntaram forças para facilitar o retorno rápido de Gunn para os sets de filmes. ”Na terça-feira seguinte, eu vi Toby Emmerich na Warner Bros.”, diz Safran, um amigo de Gunn e produtor em O Esquadrão Suicida. ”Toby me disse: ‘Fale para o James que o que ele quiser fazer, queremos também. Achamos que ele foi tratado injustamente.’”

Apesar de Gunn conversar com a Warner Bros. sobre várias propriedades da DC, incluindo Super-Homem, ele admite que nunca considerou seriamente fazer um filme do Homem de Aço. ”Coisas como Super-Homem, Liga da Justiça, as pessoas têm tantas ideias sobre quem eles são que parece um parque menos divertido”, ele diz. O que parecia divertido era outra versão do Esquadrão Suicida, que estava na lista de desejos do estúdio. ”Após o sucesso financeiro de Esquadrão Suicida, a Warner Bros. estava definitivamente interessada em um novo filme”, diz Charles Roven, produtor em ambas versões.

Gunn levou vários personagens do filme de Ayer (a Harley Quinn de Robbie, o Cel. Rick Flag de Joel Kinnaman, a chefe do esquadrão Amanda Waller de Viola Davis e o Capitão Bumerangue de Jai Courtney), adicionou outros vilões da DC Comics e reenquadrou a franquia no contexto de filme de guerra como Os Doze Condenados e Os Guerreiros Pilantras. Outra diferença: Enquanto o filme de Ayer se passava nos Estados Unidos, Gunn envia seu Esquadrão para uma missão na ilha sul-americana fictícia chamada Corto Maltese. E enquanto o filme de 2016 era firmemente ligado ao DCEU, com aparições do Batman de Bem Affleck, do Coringa de Jared Leto e o Flash de Ezra Miller, esse será um filme independente focado nos membros do Esquadrão. Por fim, Gunn queria fazer um filme arriscado e violente diferente de qualquer outro de super-herói (a não ser que perdemos alguma cena em Shazam! onde um tubarão que anda literalmente parte um cara em dois). Então… definitivamente não é uma sequência. ”É realmente um filme sozinho”, diz Gunn. Depois de escrever o roteiro, ele contou para a Warner Bros. que só iria dirigir se fosse para maiores, diferente da classificação do filme de Ayer. ”O estúdio definitivamente hesitou”, ele diz, mas eventualmente concordaram.

As filmagens começaram em setembro de 2019. De acordo com Steve Agee, que anteriormente trabalhou com Gunn em Guardiões da Galáxia Vol. 2 e interpreta, através de captura de movimento, o membro metade-homem metade-tubarão do Esquadrão, Tubarão-Rei: ”James parece mais feliz e menos estressado nesse filme.” O fato de que ele sabia que teria outro emprego depois de terminar essas filmagens provavelmente ajudou: em março de 2019, ele foi reestabelecido como diretor de Guardiões da Galáxia Vol. 3. Com os dois primeiros filmes arrecadando mais do que 1.5 bilhão de dólares ao redor do mundo, fez sentido para Horn recontratar Gunn – e o diretor ajudou em não criticar publicamente a Disney por sua demissão. Mas, de acordo com Gunn, Horn disse que ele ”estava fazendo isso 100% porque pessoalmente sentia que era o certo. Fiquei comovido.”

Gunn foi fundo nos seus conhecimentos sobre a DC Comics para achar os novos membros do Esquadrão. Ele escalou seu frequente colaborador Michael Rooker como o vigilante Sábio e seu próprio irmão Sean Gunn, que interpreta fisicamente o Rocket nos filmes dos Guardiões, para outra performance através de captura de movimento, como o roedor de tamanho humano Weasel. Outros novatos incluem Daniela Melchior como a controladora de animais Caça-Ratos 2 (o pai da personagem, o Caça-Ratos original, é interpretado por Taika Waititi) e o ator de Homem-Formiga, David Dastmalchian, como Bolinha, que pode matar pessoas com, sim, bolinhas. ”Eu coleciono quadrinhos desde que tinha 12 anos”, diz Dastmalchian. ”James disse que queria que eu interpretasse o Bolinha, e eu disse: “Espera, quem?” Gunn inicialmente pensou em escalar Dave Bautista como o Pacificador. Quando o ator optou por estrelar em Army of the Dead de Zack Snyder, o diretor escolheu outro antigo lutador: John Cena. ”Não me vejo como uma segunda opção, apenas como uma chance de fazer o melhor que posso”, diz Cena. No filme, o Pacificador bate a cabeça com o expert em armas de Idris Elba, Sanguinário. ”Há uma cena particular onde meu personagem e o Pacificador realmente brigam”, diz o ator de Luther. ”Se torna a maior competição de tamanho de pau que você já viu.”

Durante a visita da EW no set, Gunn diz que seu comportamento otimista durante a produção foi abastecido com o amor por seu elenco, mesmo se algumas vezes uma certa ganhadora do Oscar colocasse medo nele. ”Viola Davis é a pessoa mais doce que se transforma nessa força do mal como Amanda Waller”, diz Gunn. ”Não estou brincando. Ela me assusta pra caralho.” Apesar dos medos de Gunn, filmar O Esquadrão Suicida parece ser divertido e uma experiência de ligação para todos, como a EW descobre durante uma conversa entre as cenas com Elba, Melchior, Agee e Dastmalchian. Enquanto Melchior brinca com Elba sobre sua antipatia por ratos de verdade, os quais tiveram que atuar juntos em uma cena recente, Dastmalchian lembra da vez em que deixou seu celular desbloqueado perto de Agee. ”Ele mandou uma mensagem para minha esposa: “Steve Agee é muito mais legal do que eu pensei e meu cocô está queimando agora”, diz o ator.

Falando sobre queimaduras, apesar da maior parte do filme ser filmada no Trilith Studios (antigo Pinewood Studios) em Atlanta, algumas cenas externas foram filmadas no Panamá, onde as temperaturas elevadas adicionaram um nível de sujeira no procedimento. ”Tudo fica mais real na tela”, diz Margot Robbie. ”Sua maquiagem está escorrendo, seu cabelo está verdadeiramente grudado no seu rosto por causa do suor. Tirando isso, descobrimos uns bares de rum legais nos nossos dias de folga e nos divertimos muito.”

Os fãs estão “se divertindo muito” com o material que foi lançado até agora. O trailer de bandeira vermelha lançado em abril quebrou o recorde de 150 milhões de visualizações uma semana depois de seu lançamento. Kinnaman está feliz que, dessa vez, é a visão do diretor que está chegando nos cinemas de forma descomprometida. ”Quando vi o filme completo, senti que era o que nos mandaram fazer”, diz o ator de For All Mankind. Os chefes da empresa tiveram confiança suficiente na visão de Gunn para encomendar uma série spin-off do Pacificador, a qual Gunn e Cena passaram a pandemia filmando em Vancouver; estreará no HBO Max em janeiro.

Enquanto estaremos definitivamente ganhando mais do personagem de Cena, Robbie admite que não tem planos de reprisar Harley Quinn, seja em um outro filme do Esquadrão ou em uma sequência de Aves de Rapina. ”Eu preciso de umas férias da Harley porque ela é cansativa”, diz a atriz, que irá interpretar a Barbie no filme de Greta Gerwig inspirado na boneca. ”Eu não sei quando a veremos novamente”. Mas, Margot, o que você pensa sobre a revelação no começo desse ano, em uma cena ambientada no futuro no final de Liga de Justiça de Zack Snyder, sobre sua personagem morrendo? ”O queee?” diz Robbie, verdadeiramente em choque. ”Eu não sabia disso.” Ela ri. ”Obrigada por me contar!”

Robbie deve ficar menos surpresa se acabar reunindo-se com Gunn, que está aberto à ideia de fazer outra aventura com o Esquadrão Suicida. ”Tive algumas ideias, na verdade”, ele diz. ”Se eu fizesse uma sequência, não seria como: ‘Hey, vamos juntar outra equipe e fazer isso!” Seria muito diferente.” Parece um ótimo squad goals para nós.

Fonte | Tradução & Adaptação: Equipe Margot Robbie Brasil

Em entrevista para a EW, Margot Robbie disse não saber quando e onde veremos a Harley Quinn novamente. Além disso, ela também disse não ter visto Liga da Justiça de Zack Snyder e compartilhou seus pensamentos sobre o universo cinematográfico da DC. Confira:

Margot Robbie interpretou a Harley Quinn em três filmes durante cinco anos no papel principal em Esquadrão Suicida (2016), Aves de Rapina (2020) e agora em O Esquadrão Suicida de James Gunn (nos cinemas dia 5 de agosto). Mas a atriz diz que vai tirar uma folga de interpreta a supervilã e não sabe quando retorna como Quinn.

”Eu filmei Aves de Rapina e esse filme em sequência, então foi tipo: “Oof, preciso de férias da Harley porque ela é cansativa”, a atriz contou para a EW em junho. ”Não sei quando a veremos novamente. Estou tão intrigada quanto todo mundo.”

Robbie também ficou intrigada ao descobrir o destino final de Harley Quinn, ou pelo menos o destino da personagem que foi detalhado no final da Liga da Justiça de Zack Snyder. SPOILER:Como aqueles que assistiram ao filme sabem, uma das sequências concluintes do filme se passa em um futuro apocalíptico onde o Batman de Bem Affleck descreveu como Quinn morreu em seus braços.

Na verdade, quando a EW conversou com Robbie, ela não tinha visto a sequência e não estava ciente da morte de sua personagem, até que contamos para ela.

”O queee?” disse Robbie, genuinamente em choque. ”Eu não sabia disso. [Risos] Obrigada por me contar!”

Então, uh, o que ela acha?

”Acho que é como os quadrinhos”, disse Robbie. ”Acho que a versão cinematográfica do universo da DC é muito parecida com os quadrinhos. Você pega um quadrinho e algo está acontecendo, você pega outro e talvez aquele personagem não esteja vivo, talvez aquele personagem não esteja com aquela pessoa, talvez aquele personagem esteja com a aparência completamente diferente. Cada filme é sua propria coisa e acho que isso funciona no mundo dos quadrinhos e dos filmes da DC. Não é como na Marvel onde tudo é obviamente mais ligado de uma forma linear. Parece que temos tantas histórias, mundos e filmes adjacentes acontecendo ao mesmo tempo, assim como nos quadrinhos. Então, é, eu não sabia disso, mas não muda necessariamente o que outras pessoas podem fazer com esse universo, não acho. O que um diretor decide não dita o que outro pode pegar e fazer com o mundo e com os personagens, o que é legal. Acho que é um aspecto atraente para os diretores do mundo da DC, eles podem fazer o próprio filme, do jeito que o James fez. Ele não foi obrigado a continuar a versão que David Ayer (diretor de Esquadrão Suicida) começou. Ele pôde pegar e fazer sua própria versão, o que tenho certeza que foi mais atraente para ele.”

Fonte | Tradução & Adaptação: Equipe Margot Robbie Brasil

Faltando um mês para a estreia de O Esquadrão Suicida, a revista Empire colocou a Força Tarefa X na capa da edição de agosto e entrevistou o elenco e equipe do filme para saber mais sobre a produção. Confira a tradução abaixo:

Ele fez um filme de super-herói e ficção científica estrelando um guaxinim falante e uma árvore viva, pelo amor de Deus. Mas com O Esquadrão Suicida, ele se superou. É sua homenagem aos filmes de guerra de antigamente, como Os Doze Condenados e Os Guerreiros Pilantras. Só que conta com um cara em uma roupa de poá. E um tubarão que anda. E uma estrela-do-mar enorme e monstruosa. Chamada Starro. O que?

Uma não-muito sequência para um original não-muito querido, O Esquadrão Suicida é um filme bagunçado em uma missão – assim como sua variada seleção de antagonistas protagonistas. Eles são soltos em uma ilha sul-americana dominada por um golpe, chamada Corto Maltese, para destruir um laboratório da época nazista. E o filme? ”Eu só queria que fosse o mais divertido possível”, Gunn conta para a Empire. ”Tem coisas emocionais nele, mas queria que fosse uma jornada divertida acima de tudo. Então, essa doideira toda é o que acho divertido.”

Ao conversar com Gunn e uma dúzia de seus colaboradores, é mais claro do que nunca que o que ele acha divertido é apenas estranho pra caramba. E louco. E muito ambicioso – fazendo desse o filme mais perturbado que qualquer um deles já fez…

OS PARTICIPANTES INSANOS
James Gunn (roteirista-diretor):
Warner Bros. entrou em contato não muito tempo depois da demissão de Guardiões da Galáxia: Vol. 3 [temporariamente, após uma fúria nas redes sociais por conta de uns tweets ofensivos antigos] e me ofereceu praticamente o catálogo inteiro da DC. Eles ficaram incrivelmente surpreses que eu não queria fazer Super-Homem ou Lanterna Verde. Eu queria Esquadrão Suicida. Pensei que poderia fazer algo completamente bizarro nunca visto antes, com um grupo de supervilões de segunda categoria forçados a lutar com algo que provavelmente não acreditam.
Peter Safran (produtor): James tinha carta branca, mas claramente havia alguns elementos interessantes no primeiro filme e ele pôde escolher. Quero dizer, quem não ama Margot Robbie como Harley Quinn?
Margot Robbie (Harley Quinn): Eu estava curiosa para ver a Harley na versão do James. Ela está um pouco mais pé no chão nesse filme e está no modo missão. Essa é a versão dela de um dia de trabalho, acho. Sim, ela está de volta em Belle Reve [prisão] e precisa fazer essa missão para diminuir sua sentença, mas acho que Harley vê isso como uma excursão divertida. Ela não se importa em receber aquela ligação da Amanda Waller porque algo louco acontece sempre que ela atende, e ela entra nesse grupo de pessoas novas para implicar e brincar.
Gunn: Muito disso foi minha parte, porque eu estava penas jogando esses personagens lá. Mas penso que o personagem do Idris Elba está no centro do filme de muitos jeitos. Apesar disso, sua escalação foi uma situação rara. Sabia que queria trabalhar com o Idris. Eu o amo desde que era Stringer Bell em A Escuta. E eu sabia quem esse personagem seria, em termos de características, e a super masculinidade que ele tem e que é confrontada por essas outras forças, a maioria delas feminina. Mas eu não sabia qual super-herói ia usar.
Idris Elba (Sanguinário): James e eu deixamos claro que não estávamos reprisando o Pistoleiro do Will Smith e não era uma substituição, também. Houve muita discussão sobre isso. Mas eu estava confortável com o fato de que James ainda não sabia exatamente o que era. Nós realmente só queríamos trabalhar um com o outro e confiei que James tinha uma visão.
Gunn: Na verdade, liguei para Geoff Johns[antigo chefe de comunicações da DC Entertainment] e disse: “Quem são os caras que usam armas?” Porque eu já tinha o Pacificador e sabia que eles teriam as mesmas habilidades e uma briga causada pela masculinidade tóxica. Então eventualmente cheguei no Sanguinário.
Elba: Ele é um mercenário que é incrivelmente habilidoso em lutas, tiros e assassinatos, basicamente. Foi muito divertido trabalhar com John Cena como Pacificador. Ele é um gênio do improviso, então foi muito bom fazer repetições com ele e construir essa rivalidade natural.
John Cena (Pacificador): No primeiro dia de filmagens, eu estava tentando ser como Lee Ermey em Nascido para Matar: muito rígido, condescendente, disciplinado pela destrução. Mas James disse: ”Para, esse não é esse cara. Ele é como um Capitão América idiota.” E esse foi o começo do Pacificador. Me deram muita liberdade para ser idiota, e acho que é de onde vem tantas piadas. Mas, cara, todos no set eram muito melhores do que eu e me fizeram ser melhor. Margot, Idris, até o dublê do Tubarão-Rei, Steve Agee. Todos me fizeram um artista melhor.
Steve Agee (Tubarão-Rei no set): O Tubarão-Rei é apenas um grande tolo. Ele realmente é o que você imaginaria se um tubarão pudesse andar: motivado por seus instintos básicos.
Gunn: É divertido trabalhar com o Tubarão-Rei porque sua habilidade emocional é incrivelmente limitada. Afinal, ele é um peixe. Escrevi pensando no Sly [Stallone, para dublar], quem eu conheço há um tempo e gosto muito. Mas me convenceram a não falar com ele e nós contratamos dois outros dubladores que não eram certos. Eu pensei: ”Cara, esse personagem é ruim?” Estava procurando aquele momento Vin Diesel como Groot. Então, finalmente liguei para o Sly pessoalmente e disse: ”Criei esse personagem canibalístico e incrivelmente estúpido que é um híbrido de humano com tubarão, e escrevi para você…”
Peter Safran: A resposta imediata foi sim. Foi o sim mais rápido e fácil que já ouvi. Acho que o Stallone amou o papel integral do Tubarão-Rei no filme, e o fato de que ele é claramente um dos favoritos dos fãs ajudou. Na verdade, estou usando uma blusa do Tubarão-Rei agora enquanto nos falamos.
Daniela Melchior (Caça-Ratos 2): Minha personagem é uma típica millennial. Assim como eu, ela é de Portugal. Ela é preguiçosa e tem postura ruim, não sabe como correr, como atirar em alguém ou como chutar traseiros. Mas acho que ela tem o maior coração de todos do Esquadrão. Ela sempre está tentando encontrar amor nos outros membros e pode controlar ratos. Você pode achar que ela não é forte o bastante para estar no Esquadrão Suicida, mas no final do filme você entende o motivo.
Peter Capaldi (O Pensador): Sou um gênio do mal! Sempre quis interpretar um. O Pensador é muito inteligente, muito manipulador e malvado, além de um tanto decadente.
Agee: James faz um ótimo trabalho em pegar esses personagens que ninguém nunca ouviu falar – Bolinha? – e torná-los tão complexos e trágicos para que as pessoas os amem.
David Dastmalchian (Bolinha): Se você pesquisar Bolinha no Google, acho que ele aparece como o pior vilão da DC de todos os tempos. Mas, nesse filme, seu poder é uma maldição. É algo que ele resiste. Eu mesmo tenho vitiligo, tenho manchas sem pigmento por todo o meu corpo, e é algo que me zoavam muito quando eu era criança. Então, quando comecei a ler e aprender sobre o Bolinha, senti todas essas conexões entre nós. Não há nenhum personagem descartável nos filmes do James. Ele não cria pasto.

OS VISUAIS INSANOS
Gunn:
Gostei da ideia dessas estéticas diferentes, como se você estivesse trazendo cada um desses personagens de um filme ou série de TV diferente. O Pacificador é de uma série de TV de 1970; o Sanguinário é um personagem mais moderno e assustador; Caça-Ratos 2 é de algum filme de Jogos Mortais; Dardo (Flula Borg) parece ridículo; Savant (Michael Rooker) é um pouco descolado, mas também Def Leppard de jeitos errados; a Harley é a Harley! E eles são enviados juntos para esse mundo natural e real que apresentamos com Corto Maltese, que é bem pé no chão.
Robbie: Era evidente que James estava buscando essa vibe de filme de guerra dos anos 70, que é absolutamente um dos meus gêneros favoritos.
Judianna Makovsky (figurinista): Decidi começar com o figurino mais difícil: Bolinha. Como você faz isso sem parecer idiota? Então, me baseei em uma roupa de verdade. Não é uma meia-calça ou um macacão, é uma roupa de piloto, o que penso que ajudou a tornar o personagem mais acessível.
Gunn: Uma semana depois, entrei no escritório da Judianna e olhei para o computador onde tinha o desenho do Bolinha exatamente como está no filme hoje. Pensei: ”Ora, acho que esse filme não vai ser tão difícil de planejar como achei!”
Cena: Lembro de ver o capacete do Pacificador e o James tinha esse olhar malandro, pensando que eu ia odiar. E eu amei pra caralho. É incrível.
Makovsky: Fizemos tantas variações do capacete dos quadrinhos – que, como o Sanguinário diz no trailer, realmente parece um assento de vaso sanitário – até que chegamos em algo que você pudesse realmente usar. Pensamos que o John usaria só algumas vezes no filme, mas ele queria usar o tempo todo!
Cena: Não tenho medo de me zoar e não tenho medo de ficar envergonhado. Se você está investido no que você faz, fica mais absurdo.
Melchior: Acho que eu tenho o melhor figurino com todos os cintos, bolsos e coisas. Amo o fato de não ser sexy. Isso é muito legal para uma atriz em seu primeiro papel americano. Não estou mostrando nada!
Makovsky: O figurino mais difícil foi o do Sanguinário porque não tínhamos certeza de quais eram seus poderes no início.
Gunn: Nos quadrinhos, ele entra em um cofre secreto de guerra em outra dimensão e pode escolher qual arma usar. Pensei: ”Como posso adaptar isso para as telas de um jeito legal?” Então nosso equivalente cinematográfico a isso é seu uniforme que tem todas essas peças diferentes que se transformam em várias armas.
Makovsky: James queria tudo prático. Não tem muito CGI. Ele me pediu por algo em que peças do figurino se soltassem e virassem suas armas. Pensei: ”Eu nem sei como fazer isso.” Foi um desafio sério, mas foi muito colaborativo com o departamento de acessórios, entendendo como essas coisas funcionavam.
Kelvin McIlwain (supervisor de efeitos visuais): Venho de um lugar onde realmente acredito em fazer as coisas fisicamente sempre que possível e tentar capturar com a câmera. Mas um dos grandes desafios era o Tubarão-Rei. James realmente queria que as pessoas acreditassem nesse personagem, e há muitos jeitos de pegar um tubarão, juntar com um humano e dar errado. Precisou de muito esforço e tempo ajustando ele para que você pudesse encontrar emoção em seus olhos.
Capaldi: Trabalhar com um tubarão falante e uma estrela-do-mar gigante? Uma vez que você esteve em Doctor Who, isso é só outro dia de trabalho. Embora, espero que eles sejam mais convincentes!
Elba: Havia uma piada sobre a estrela-do-mar. Eu dizia: ”Sério? Não podia ser outro animal? Por que uma estrela-do-mar?” E James sempre tinha esse olhar malicioso.
Gunn: Pensei que Starro, o Conquistador, seria um antagonista perfeito para o Esquadrão Suicida porque eu o amava quando era criança. Ele é geralmente um antagonista da Liga da Justiça, então gosto da ideia de deixar o Esquadrão Suicida lutar com um vilão que foi feito normalmente para os ‘grandões’. Eu tinha muito medo dele, ainda que ele seja completamente ridículo.
McIlwain: Starro foi um desafio único. Ele é esse personagem rosa choque com azul atrás e um olho gigante no meio. Mesmo antes de começarmos a filmar, trabalhamos com a Weta Digital para entender como essa coisa anda? É uma criatura de aparência tão bizarra. Mas tudo é sempre enraizado na realidade. Fomos até Colón, no Panamá, para filmar essa sequência enorme do terceiro ato. Foi um lugar muito difícil de filmar, mas escaneamos 500 prédios lá e construímos no nosso trabalho em CGI.
Beth Mickle (designer de produção): Filmamos muitas externas no Panamá para Corto Maltese, mas quase todo o resto construímos no Pinewood Studios em Atlanta. Incluindo um set gigante em uma área adjacente, que era o exterior de Jotunheim [laboratório e prisão da época nazista]… e uma praia.
Capaldi: Um dia, os outros atores disseram: ”Vamos para a praia agora!” Pensei: ”Oh, que legal. Não sabia que tinha praia em Atlanta.” Mencionei isso para alguém e disseram: ”Não, eles construíram uma praia.” Eu disse: ”O que?”
Safran: Foi o maior orçamento para construção que a Warner Bros. já aprovou. Nós construímos os interiores do palácio. Construímos a selva. E a equipe da Beth construiu uma praia de 80 metros na área adjacente.
Gunn: É insano. Tínhamos um oceano com ondas. Foi um lugar incrivelmente prazeroso de estar porque era como estar em uma praia de verdade, mas sem ter que se preocupar com os geradores, as ondas e a mudança de maré.
Robbie: Lembro que estávamos tentando resolver a agenda e eles disseram: ”Temos que começar nessa data porque as palmeiras vão morrer se ficar muito frio em Atlanta.” E eu pensei: ”Palmeiras? Quantas estão trazendo?”

A AÇÃO INSANA
Makvosky:
O primeiro dia de filmagem foi na praia e com explosões. Pensei: ”Esse realmente é como um filme antigo onde tudo é prático. Estamos soltando rojão nas pessoas, tem sangue. Não fazemos mais isso!”
Safran: Nosso gênio dos efeitos especiais é Dan Sudick, que fez todos os filmes da Marvel. Ele disse que nesse filme há mais efeitos especiais do que todos os da Marvel juntos.
Charles Roven (produtor): Há uma quantidade tremenda de destruição.
Robbie: Era meu primeiro dia no set e tive meu momento ao correr pela praia enquanto bombas e coisas estavam explodindo ao meu redor. Minha adrenalina estava bombeando porque as pirotecnias eram reais. A pólvora era de verdade. As explosões eram reais. Tive meu momento filme de guerra que sinto que as meninas nunca têm.
Dastmalchian: Me senti no meio de O Resgate do Soldado Ryan com Os Vingadores. Essa foi a coisa emocionalmente e fisicamente mais desafiadora que já fiz. E é também uma das experiências mais alegres que já tive até agora.
Elba: A sequência em Jotunheim foi incrivelmente complexa, com palcos inclinados e grandes instalações de água. Parece incrível, especialmente quando você sabe que não há muito CGI nesses momentos.
McIlwain: Um aquário explode em cima de um escritório, então Dan Sudick manipulou esses tanques enormes e mangueiras de circulação. Em questão de segundos, conseguimos inundar o set inteiro, e fizemos várias vezes. Foi um grande feito de engenharia.
Agee: Nosso diretor de segunda unidade é Guy Norris, que fez Mad Max: Estrada da Fúria. Eu pude ir até o estúdio adjacente e assisti-lo explodir carros e prédios no set de Jotunheim – sendo completamente Mad Max, enquanto eu esperava pela minha próxima cena.
Gunn: Eu conheço Guy há 20 anos porque trabalhei com ele no primeiro filme de Scooby-Doo, e ele é um coordenador de ação que vejo completamente de acordo. Há um pensamento desconfortável sobre ação que aconteceu em grandes filmes recentemente onde acaba sendo uma luta completa no final sem nenhum movimento. Mas o Guy realmente entende os aspectos da ação que contam uma história.
Guy Norris (diretor de segunda unidade/coordenador de ação): Cada pedaço da ação possui sua própria estrutura, uma estrutura de três atos, assim como o roteiro. Há uma sequência com a Harley onde ela avança entre esses cômodos diferentes e cada um conta uma história.
Gunn: Harley batendo naqueles guardas foi minha sequência de ação favorita. Eu apenas amo a Margot. Muitos atores faltam os ensaios de ação e de luta, mas ela trabalhou muito duro.
Norris: Margot é incrível. Ela é uma atleta. Um dos meus mantras é: quero filmar o ator de frente em vez de filmar o dublê de costas. E a Margot se jogou com tudo.
Robbie: Eu sabia que James estava muito animado para essa sequência, então não queria desapontá-lo. Mas foi muito divertido filmar. Lembro de assistir pela primeira vez. Foi tipo: ”Puta merda, essa é uma das sequências mais legais que vou fazer na minha vida.”

O DIRETOR INSANO
Cena:
Quando as pessoas me perguntam: ”Ei, o que podemos dizer para os fãs sobre O Esquadrão Suicida?” O melhor que posso fazer é só dizer: ”Eles não estão prontos para assistir. Eles precisam do filme em suas vidas, mas não estão prontos para assisti-lo.”
Norris: Não existe normal no mundo do James. Ou melhor, rapidamente se torna normal se encontrar falando sobre personagens loucos e exagerados como Starro ou Tubarão-Rei.
Safran: Ele disse que esse foi o máximo de diversão que já sentiu fazendo um filme e essa alegria passou para a produção inteira. Foi uma experiência alegre porque é realmente uma versão sem edição de James Gunn.
Roven: Ele tem uma vibe incrível e sempre se diverte muito enquanto está filmando.
Melchior: Ele estava preparado todos os dias. Senti que podia confiar nele porque ele estava pronto para filmar meses antes. Somos os brinquedos dele, entende?
Robbie: James é capitão de um grande navio, mas há música e você ri e se diverte. É muito legal estar no set com alguém que está se divertindo enquanto está lá.
Elba: Ele tem um senso de humor perverso. Ele se senta na cadeira com um microfone e retruca os atores, apenas nos encorajando a ir mais fundo na improvisação. Sua imaginação é muito louca, mas ele é bem preciso como diretor. Ele tem terabytes de imagens em sua cabeça, do que ele quer ver ser feito.
Gunn: Em O Esquadrão Suicida, eu podia ir para qualquer lugar que quisesse. Digo, a Marvel realmente me deixa ter muita liberdade, mas ainda estou fazendo um filme para menores. Então, amei a abordagem sem tabus de conseguir fazer esse filme enorme – sem regras!
Dastmalchian: Quando assisto James no monitor e vejo seu rosto se iluminar quando consegue o que esperava, meu coração se enche de alegria. Não existe ninguém melhor para contar essa história. Por isso que estou tão animado para fazer parte de sua visão do Esquadrão Suicida, por ser tão obscura, dramática, engraçada e grande. É todas essas coisas na escala cem. É o James.

Fonte | Tradução & Adaptação: Equipe Margot Robbie Brasil