A maquiadora de Margot Robbie em O Esquadrão Suicida, Heba Thorisdottir, recentemente conversou com o Bustle sobre suas inspirações para o novo look da Harley Quinn no filme. Leia:

A vilã favorita de todos vai estar um pouquinho diferente no dia 5 de agosto, quando O Esquadrão Suicida chegar nos cinemas. Para começar, seu cabelo está diferente: em vez de sua famosa maria-chiquinha alta com as pontas rosas e azuis, a nova versão da Harley Quinn – novamente interpretada por Margot Robbie – ela está com a maria-chiquinha mais baixa e em vermelho e preto. Sua icônica maquiagem azul e rosa também foi substituída por uma sombra vermelha sinistra. E aquela tatuagem “Rotten”? Sumiu.

As mudanças na aparência de Quinn refletem um novo lado da personagem de Gotham City, que está em uma missão para destruir um laboratório da época nazista ao lado do Sanguinário (Idris Elba), Pacificador (John Cena), Amanda Waller (Viola Davis) e outros membros da Força Tarefa X. ”Quando a Harley está em um grupo diferente de pessoas e em ambientes diferentes, você vai ver aspectos diferentes da sua personalidade dependendo de como ela se sente sobre essas pessoas e o que ela está fazendo”, Robbie disse sobre o filme em agosto de 2020.

Sua transformação física foi cortesia da maquiadora Heba Thorisdottir, quem conversou com o Bustle através do Zoom sobre a inspiração por trás da maquiagem da Harley Quinn e sua parceria com a Smashbox Cosmetics. Surpreendentemente, ela diz que ”aplicou a energia e poder” de Alice Cooper em Quinn. ”Tínhamos mais fotos de Alice Cooper na parede [para inspiração] do que qualquer quadrinho da DC”, ela adiciona. ”Para Harley, me inspirei mais no rock ‘n’ roll porque ela é uma rebelde.”

A procura de música para inspiração veio naturalmente para Thorisdottir, que trabalhou em clipes de Bruce Springsteen, R.E.M. e Red Hot Chilli Peppers antes de fazer maquiagem em filmes como Era Uma Vez em Hollywood, Avengers: End Game, Capitã Marvel e mais. ”Geralmente faço playlists para os personagens que estou trabalhando”, ela diz. ”Eu perguntei para a Margot: “O que a Harley ouviria? Nina Hagen?” e ela disse: “Sim! Nina Hagen’. Então ouvimos muito as músicas dela no trailer de maquiagem – mas não tanto pela manhã.”

Apesar da estética de Quinn estar um pouco diferente, ela ainda é vista em sua clássica maquiagem branca (um resultado de ter sido jogada no ácido pelo Coringa e ter a pele clareada, como a história conta). ”Margot trabalhou em Aves de Rapina e três semanas depois começou a trabalhar em O Esquadrão Suicida”, Thorisdottir conta. ”Então, por volta de oito meses do ano, ela estava com a maquiagem branca, que não era somente no rosto, mas no corpo inteiro. E ela não reclamou nem uma vez.”

Fonte | Tradução & Adaptação: Equipe Margot Robbie Brasil

Em entrevista ao The Geek of Steel, o diretor de O Esquadrão Suicida revelou qual foi o dia mais divertido no set do filme, além de falar sobre um movimento de ação peculiar performado por Margot Robbie. Confira:

É óbvio que você gosta muito de trabalhar no set, mas qual foi sua memória favorita sobre trabalhar no set de O Esquadrão Suicida?
Isso vai soar horrível, mas o dia mais divertido no set foi quando Harley Quinn estava sendo torturada! É uma cena muito simples, Joaquín Cosí está torturando Margot Robbie e tivemos o dia mais divertido no set. O trabalho de câmera é ótimo, a atuação da Margot é ótima. Aquele movimento onde ela coloca os dedos do pé em volta da chave, se inclina para trás e abre a fechadura com os pés – é Margot Robbie, ela realmente fez aquilo! É realmente ela colocando seu pé na chave e destrancando.

Aquele dia, por alguma razão, foi muito divertido, além do trabalho de câmera e tal. Acho que no meio de tantos dias que foram difíceis, esse não era tanto por ser em um lugar só e focamos em uma coisa durante o dia inteiro, isso foi menos estressante, apesar de que não me estresso mais como antigamente. Aquele dia foi divertido!

Fonte | Tradução & Adaptação: Equipe Margot Robbie Brasil

Em entrevista ao Game Spot, o diretor de O Esquadrão Suicida, James Gunn, falou sobre a Harley Quinn em seu filme e o motivo pelo qual acha que Margot Robbie é uma das melhores atrizes com quem já trabalhou. Leia:

A Harley Quinn se tornou algo como uma linha de produção para os filmes da DC, se é que existe tal coisa. A icônica versão de Margot Robbie apareceu em diversos filmes, incluindo Esquadrão Suicida de David Ayer, Aves de Rapina de Cathy Yan e agora O Esquadrão Suicida de James Gunn. Em todos esses elencos, ela roubou a cena. E em uma sessão de perguntas e respostas após o filme, Gunn disse que Robbie é a melhor atriz com quem já trabalhou.

”Fui até a Margot e conversamos sobre o roteiro quando ela terminou de ler”, disse Gunn. ”E quando dissemos algo sobre a Harley, ela sempre ficava: “É, mas você sabe mais sobre ela do que eu.” Porque eu li todos os quadrinhos em que a Harley aparece e vi todos os filmes animados. Margot não tem ego, por isso ela é provavelmente uma das melhores atrizes com quem já trabalhei – não porque ela diz que sei mais do que ela, mas porque ela aborda de um jeito onde está disposta a ir o mais longe possível com a personagem.”

“E ela é incrivelmente preparada, disciplinada, consegue fazer as cenas de ação, comédia, drama. Ela é uma atriz incrivelmente completa.”

Continuando no assunto, Gunn apontou que os personagens de quadrinho que geralmente adapta para seus filmes, incluindo O Esquadrão Suicida e Guardiões da Galáxia, tendem a ser menos famosos nas páginas do que os típicos super-heróis e vilões.

”Geralmente quando estou escrevendo a maioria dos personagens, estou meio que os recriando para o cinema”, disse o diretor. ”Provavelmente é o motivo pelo qual sou atraído por personagens que estiveram em poucos quadrinhos, ou personagens como o Senhor das Estrelas, que nunca teve uma personalidade bem definida… Digo, o Sanguinário, por exemplo, não é especialmente bem definido ou bem conhecido.”

Obviamente, esse não é o caso com a Harley Quinn, uma personagem que Gunn elogia muito mesmo assim. ”Uma das razões pelas quais as pessoas ficaram tão atraídas por Margot no papel desde o começo é porque ela incorporou perfeitamente o personagem, que é um dos mais bem escritos na história dos quadrinhos, desde sua primeira aparição em Batman: A Série Animada com Paul Dini (criador da Harley Quinn)”, ele diz. ”Então, é realmente sobre a personagem inicial de Paul Dini e sobre ser fiel à ela.”

Apesar da variedade de roteiristas e diretores envolvidos nos filmes em que Robbie interpretou Quinn até agora, parece que a personagem teve um arco, desde sua tumultuosa relação com o Coringa de Jared Leto em Esquadrão Suicida, até as consequências do rompimento em Aves de Rapina, e em O Esquadrão Suicida, que não menciona o Coringa em nenhum momento.

”Também senti que havia coisas que poderíamos trazer para esse filme que não vimos tanto nos outros dois. Ela é uma agente do caos”, Gunn diz. ”E para mim, Harley Quinn está na mesma parede do Batman, Homem-Aranha, Mulher-Maravilha, Super-Homem e Hulk quando se fala sobre os maiores super-heróis de todos os tempos – ou algo assim, ela não é uma super-heroína, mas, sabe, personagem de quadrinhos. Ela está lá em cima e merece estar lá, então dar a ela uma vida completamente caótica nas telas era um grande objetivo.”

Fonte | Tradução & Adaptação: Equipe Margot Robbie Brasil

Em entrevista ao Paris Match, Margot Robbie e Idris Elba falaram sobre seus papéis em O Esquadrão Suicida e sobre a dinâmica entre os dois. Margot também fala sobre como se sente interpretando uma vilã e como a pandemia afetou seu trabalho. Confira:

Os últimos dezoito meses foram muito difíceis para o mundo do cinema. Enquanto obviamente há coisas mais trágicas, a pandemia também impediu os atores e atrizes de trabalharem. Como foi a experiência de vocês?
Idris Elba:
Para ser completamente honesto, meu corpo estava me pedindo para desacelerar um pouco antes da pandemia. Até pegar COVID e parar de trabalhar por quase um ano, eu trabalhei muito, fiz muitas coisas. E não somente profissionais, coisas grandes na minha vida. Tudo aconteceu ao mesmo tempo. Então, esse tempo em que não trabalhei, foi para me acomodar e me encontrar. Senti falta de atuar, é claro, e sou viciado no meu trabalho, mas se vou ser completamente honesto, também sei que precisava do tempo.
Margot Robbie: Nunca parei de trabalhar desde que tinha 16 anos, e hoje tenho 31… Nunca tinha ficado presa em um lugar por tanto tempo. Foi louco e acho que meu corpo e mente precisavam desse tempo, também. É claro, não posso colocar isso no mesmo nível que as tragédias que tantas pessoas viveram nessa pandemia, então sem querer passar por cima disso, fui sortuda por esse ponto de vista. As filmagens voltaram em janeiro. Acabei o filme mais recente de David O. Russell e vou começar o próximo de Damien Chazelle. Filmar com os protocolos do COVID é muito estranho, muito restrito, mas todo mundo é muito respeitoso. Nossa profissão sabe que precisa cumprir essas regras.

Como a pandemia afetou seu trabalho como produtora?
MR:
Quanto à LuckyChap, se eu tivesse que achar um aspecto positivo, seria o tempo. Filmes levam anos para criar e a produção de verdade, as filmagens, só acontecem em alguns meses. Felizmente, não tivemos que desacelerar ou parar os projetos. Nos aproveitamos desse tempo para refinar as pré e pós-produções. E nos deu um tempo para refletir. O que estamos fazendo ou qual projeto queremos realmente gastar nosso tempo, concentrar nossos esforços e o que vamos fazer quando o mundo recomeçar.

E agora que o mundo recomeçou, você está de volta com O Esquadrão Suicida. Margot, você está interpretando o papel da Harley Quinn pela terceira vez, com um terceiro diretor diferente. O que você contou ao James Gunn sobre a personagem?
MR:
Acho que a coisa principal que eu disse foi como era importante para a Harley fazer parte de um grupo, como era importante a personagem fazer parte de uma dinâmica. Imagino que seja mais complicado interpretá-la se ela for a bússola moral do enredo. Felizmente, em sua história, James Gunn não viu necessidade dela nesse papel. Ela não era quem tomava decisões, não deveria fazer a coisa certa, não era a heroína. Ela faz coisas heróicas às vezes, mas faz baseada em seu próprio código moral, que claramente é diferente dos heróis e dos bonzinhos… Isso é o mais importante para mim: se ela vai fazer a coisa certa, tem que ser por suas próprias razões, seus próprios valores morais, que são particularmente ruins! (Risos)

Idris, pouco se sabe sobre seu personagem, o Sanguinário. James Gunn explicou que ele começou a escrever especificamente para você, sem ao menos te conhecer…
IE:
Quando falamos sobre isso pela primeira vez, James nem sabia qual personagem da DC eu interpretaria, mas ele tinha uma ideia para o filme. Ele queria fazer algo nostálgico para os mais velhos, um filme de ação dos anos 80 com seus personagens carismáticos e exagerados, mas imperfeitos, e ele queria que meu personagem fosse um resumo disso tudo, a incorporação da ideia. Nós fomos em busca desse cara muito raivoso, mas ao mesmo tempo com uma grande fraqueza. De primeira, ele é um mercenário, um assassino de verdade, um excelente soldado desde sua infância… Ele esconde suas fraquezas bem no fundo e possui algumas camadas, as quais descobrimos aos poucos. Ele também tem uma filha… É um ótimo personagem, bem antiquado, mas James se certificou de subverter isso.

A Harley Quinn é completamente desequilibrada e o Sanguinário é muito quadrado… Como vai acontecer a dinâmica entre os dois?
IE:
Para o Sanguinário, a Harley Quinn vem de um mundo de super-heróis. Ele é um cara muito pé no chão e ela parece que saiu de um conto de fadas… Ele não sabe com qual passo começa a dançar, mas no final os dois são bons antagonistas e bons parceiros um para o outro. Eles se dão nem? Ele é sério como uma porta de prisão e ela é muito louca! (Risos) Eles podem lutar lado a lado, dar ordens um para o outro, mas não acho que se entendem.
MR: Harley e Sanguinário não poderiam ser mais diferentes e o que funciona nesse relacionamento é que ela quer seguir um chefe. A origem da Harley Quinn é através de um mestre, o Coringa. Ela quer servir, algumas vezes com malícia, outras com traição, mas está em sua natureza ter um chefe. Ela procura quem é o alfa do grupo, considera se ele vale a pena, se está apto para o trabalho. Se não está, ela segue seu caminho, mas acho que ela fica convencida pelo Sanguinário. A Harley não escuta muitas pessoas, mas acredita nele.

De forma geral, como foram as filmagens com todos esses personagens e o elenco muito impressionante? Houve espaço para improviso?
IE:
James é um mestre da alquimia, ele tem uma visão excelente para conseguir misturar vários elementos diferentes. E ele é muito inteligente quando se trata de colocar as personalidades lado a lado. Por exemplo, entre John Cena e eu, há muitas idas e vindas. Muitas coisas que falamos um para o outro não vai estar no filme, posso te dizer isso! Precisou ser cortado porque o John não para… Ele é muito, muito engraçado e eu realmente precisava acompanhar! Foi ótimo porque James permitiu que todos esses atores, todas essas personalidades vindas do mundo inteiro, trouxessem sua própria bagagem. Um ótimo grupo se uniu com o roteiro e personagens que ele escreveu, uma mistura única. Realmente era um Esquadrão Suicida.
MR: É um novo grupo, com pessoas do filme anterior e outros personagens novos que são inesperados e mais tradicionais. A beleza real do Esquadrão Suicida, tanto nos quadrinhos quanto nos filmes, é uma mistura de personalidades muito variadas, com seus métodos e estilos… E as histórias do James também são populadas por uma galeria de personagens tão bizarros com os quais a Harley pode interagir. James realmente fez muito bem, rapidamente percebi que estávamos em boas mãos.

Atrizes e atores que interpretam papéis de vilões em filmes sempre parecem sentir prazer nisso. Como você explica a atração por interpretar os caras ruins?
MR:
O que me interessa na minha profissão é entender o motivo pelo qual meus personagens fazem o que fazem, dizem o que dizem, especialmente se são coisas que eu não faria. Se você interpreta alguém que tem éticas e valores muito diferentes dos seus, você tem em sua frente um longo processo: você irá se perguntar o motivo, justificar o ponto de vista dele, terá que fazer o seu próprio, e finalmente encontrar alguma forma de empatia por seu personagem. Então, quanto mais cruéis eles são, quanto mais ambíguos, maior será o desafio. É um desafio muito real andar ao lado deles, ver o mundo por seus olhos, e eu realmente amo isso. E poder dizer e fazer coisas horríveis que você nunca faria na vida real! Mesmo se for só para as câmeras, ainda é muito divertido (risos).
IE: Mesmo antes dos atores, acredito que quando um roteirista está escrevendo um vilão, ele já está se divertindo. Ele pode fazer malabarismo com as coisas, o que quer que esteja em seu coração, de um jeito que só um vilão pode falar tão diretamente e que pessoas normais não podem expressar. Também acho que eles dão mais complexidade aos atores. Se você tem o papel principal, o de herói, você tem pouco a dizer. Se você é o vilão, você pode dizer para todo mundo ir se foder e isso é prazeroso! (Risos)

Fonte | Tradução & Adaptação: Equipe Margot Robbie Brasil