Durante uma entrevista com o site Entertainment Weekly, Margot Robbie contou sobre sua preparação para sua personagem em Babilônia, Nellie LaRoy, e como testou 31 sotaques diferentes com o diretor Damien Chazelle. Ela também conta como conseguiu o papel no filme e muito mais. Confira:

ENTERTAINMENT WEEKLY: Houve algum filme do Damien que você assistiu e pensou: “Quero trabalhar com esse cara”?
Whiplash: Em Buscas da Perfeição
foi o primeiro que vi e fiquei tão maravilhada com a técnica. Sempre que você ouve falar sobre um diretor ou diretora que parece tão realizado em seu próprio estilo e ponto de vista, e depois você descobre a idade dele ou dela, você fica: “O que? É como saber quantos anos Paul Thomas Anderson tinha quando fez Boogie Nights [Anderson tinha 26 anos]. Você pensa: “Ah, esse será um dos melhores da geração.”
Definitivamente senti isso quando assisti Whiplash pela primeira vez, e depois ele nos impressionou de novo com La La Land e com a técnica em O Primeiro Homem. Toda vez, sinto que ele arrasa. E Babilônia é, com certeza, a maior tacada dele de muitas maneiras. E eu acho que ele acerta.

Como foram as primeiras conversas entre vocês?
Eu li o roteiro, não foi uma oferta feita a mim. Mas, de repente, o papel ficou disponível, e eu disse: “Preciso falar com ele imediatamente.”
Fiquei tão obcecada com a ideia de ser a Nellie. E acho que essa energia deve ter passado para mim de uma maneira bem Nellie, porque eu parecia uma maníaca durante a conversa. Eu estava tão animada, apaixonada e desesperada para fazer parte desse filme que provavelmente o convenci de que era a pessoa certa para a Nellie só pela pura energia que estava despejando nele.
Então, acho que era fim de semana e eu não ouvi resposta por alguns dias e, naquele momento, comecei a surtar. Lembro-me de ligar para minha equipe 10 vezes por dia, perguntando: “Já temos resposta? O que eu faço para conseguir esse papel? Devo ir até a casa dele para convencê-lo?” E eles respondiam: “Não, só espera.”

Isso é interessante porque, aqui está você, já com duas indicações ao Oscar, mas ainda sentindo a necessidade de correr atrás.
Ainda acontece. Ainda há situações em que precisa convencer outra pessoa quando você tem instinto. Não dá para perder o gingado.

Você acabou de usar a palavra “maníaca” para descrever a Nellie. Ela é meio que uma bagunça. Como você trabalhou para capturar essa mania e apresentá-la de uma maneira que não parecesse totalmente fora de controle?
Quando somos apresentados à Nellie, estamos em uma das maiores festas, e uma das mais loucas, que você verá, e ela precisa ser a pessoa em destaque. É assim que você consegue um trabalho. Esse é o começo do filme e precisamos intensificar a partir daí. Ela sabe o que possui e o que não possui, e ela joga com suas forças. Ela pensa: “Sim, eu vim do nada. Vou aparecer usando nada, conseguir sua atenção e vou ser a pessoa chocante que você pensa que não é culta, mas que também não consegue desviar o olhar.”

Obviamente a Nellie é muito ambiciosa. Você se relaciona com esse lado dela?
Sim, definitivamente me relaciono com essa vontade de fazer acontecer. Digo, é algo que você esconde, óbvio, e faz parece que isso tudo acabou de acontecer e que foi um belo acidente, porque é mais fácil para as pessoas ouvirem. É um pouco rude usar essa pura ambição de maneira tão óbvia.
Mas, não, eu sempre tive essa ânsia. Ainda tenho. Lembro, especialmente quando estava na Austrália, do sentimento de: preciso chegar lá. Como chego até a porta? Como vou até os Estados Unidos? Como consigo uma passagem de avião? Era uma coceira constante, apenas tentando chegar no próximo passo.
Você precisa querer muito. Precisa amar muito e querer demais. No fim do dia, precisa querer mais do que todo mundo.

Li que você tentou 31 sotaques diferentes para a Nellie — existe mesmo 31 sotaques diferentes? Quais foram os que quase foram escolhidos?
Estávamos tentando encontrar como ela soaria, o que é importante para a história porque, assim que os filmes falados começam, todo mundo diz: “Ugh, odeio sua voz.” A rota óbvia seria um tom de voz agudo e nasal, mas então você entra no caricato de Cantando na Chuva, o que também é estranhamente próximo da Harley Quinn para mim.
Então, comecei a procurar por pessoas como Fran Drescher e por aquela voz rouca, porque eu assisti muitos episódios de Jersey Shore. Todos que iam para muitas festas aos 20 anos de idade tinham aquela voz rouca. Eu tinha a voz quando festejava demais quando era mais nova. É um sinal tão claro de alguém que está vivendo sem se cuidar, não está dormindo, está bebendo demais, todas essas coisas que eu queria que as pessoas entendessem sobre a Nellie sem ter que mostrar demais.
Quando eu digo 31 sotaques, não estou exagerando. Poderia abrir as notas de voz do meu celular e mostrar minha imitação do Joe Pesci e da Snooki. Eu percorria por todas as variações e enviava para o Damien, e ele respondia: “Tá bom, você pode misturar a Drita de Esposas da Máfia com a Snooki de Jersey Shore? Coloque um pouco da Fran também. Ok, não, não gostei.”

Como você acha que se sairia na era dos filmes mudos?
Eu pensei muito nisso. Será que estaria melhor do que agora? Não sei. Eu sou uma daquelas pessoas nostálgicas que romantizam o passado. Então, definitivamente sinto que uma grande parte de mim pensa que gostaria de estar viva naquela época, porque o cinema parecia tão diferente, maluco e sem regras.
Eu amo os filmes da década de 1930. Apenas amo aquele período em que era atuação da cabeça aos pés em todas as cenas. Sou uma atriz um tanto técnica, e eu amo coreografias e atuar com o corpo todo em vez de só com o rosto.

Trabalhar com alguém como Damien fez você aumentar um pouco o seu nível?
Damien, a busca dele por sua visão — não quero dizer busca pela perfeição porque ele não quer que as coisas sejam perfeitas na tela… “Bom o bastante” nunca é o suficiente para o Damien, e é isso que eu amo. É o que acho inspirador em um diretor. Um diretor que diz: “Não, ainda não conseguimos. Faça de novo.” Eu amo.
Eu amo uma pessoa que não vai se contentar com nada menos do que o melhor que imaginou. É por isso que só trabalho com diretores com os quais eu acredito. Eu farei qualquer coisa que me pedirem. Farei qualquer coisa, irei para qualquer lugar, darei absolutamente tudo o que eu tenho.

Alguma coisa que você faz em Babilônia foi assustadora ou aterrorizante?
Tanta coisa. Lendo o roteiro, de verdade, teve a cena do choro, a luta com a cascavel e a festa em que ela vomita em todo mundo. Foram as três coisas que me fizeram pensar: “Hmm, acho que não podemos fazer isso.” E, especialmente com a cena da cascavel e a do vômito, eu pensei: “Na verdade, não sei nem por onde começar com isso. Estou com medo de pegar esse papel por conta dessas cenas.”
E geralmente quando estou com medo é quando mergulho de cabeça. Precisa ser absurdo e exagerado, mas verdadeiro e te atingir de uma maneira emocional.

Brad Pitt é uma pessoa que está trabalhando há décadas, atingiu o auge, tem Oscar, já fez de tudo. Trabalhar com ele é inspirador para você?
Me deixa muito feliz porque ele faz isso há mais tempo do que eu. Eu ainda chego em cada set de filmagem como se fosse uma manhã de Natal. E sempre digo para mim mesma que no dia que eu não entrar em um set me sentindo assim, então tenho que parar e deixar que outra pessoa assuma o papel, porque muitas pessoas querem estar em um set e não têm a chance.
Nada me deixa mais triste do que trabalhar com pessoas que não querem estar lá tanto assim, ou não estão mais animadas. Tipo, então vá fazer outra coisa. Deixe outra pessoa tentar.
Brad não é essa pessoa. Temos sorte. Isso é muito bom.

Fonte | Tradução & Adaptação: Equipe Margot Robbie Brasil

Margot Robbie é capa e recheio da edição de dezembro/janeiro da revista Vanity Fair! A atriz e produtora conversou com a revista sobre seu papel como Nellie LaRoy em Babilônia, falou sobre as últimas fofocas inventadas por tablóides, sobre a LuckyChap Entertainment e muito mais. Veja as fotos e leia a entrevista traduzida abaixo:

Margot Robbie quer me levar para Nova York. Estamos no lote da Paramount em Los Angeles e ela está fazendo um tour comigo por alguns dos lugares em que filmaram Babilônia, seu próximo filme sobre a mudança vertiginosa que aconteceu em Hollywood no final da década de 1920. Estamos prestes a entrar no lote de Nova York — bairros falsos usados como cenário para várias cidades — quando um segurança nos interrompe dizendo: “Com licença, para onde estão indo?”

Tentamos dizer “para lá” e continuar caminhando como se fossemos donas do lugar. O segurança não acredita. Ele pergunta com qual produção estamos. É quando espero que minha guia turística diga: “Sou a Margot Robbie.” Em vez disso, ela murmura algo sobre estar com Babilônia e “fazendo pós-produção”. Em seguida, sua voz desaparece. O segurança claramente não reconhece que em sua frente está a atriz que deu vida à Harley Quinn e foi indicada a um Oscar por interpretar Tonya Harding. Ele nos diz para sair do set porque estão filmando. Robbie concorda educadamente. Ela ri quando viramos a esquina. “Eu deveria ter uma história melhor para a capa”, diz ela. “Você deve achar que eu seria melhor nisso.”

E eu realmente acho difícil acreditar que Robbie dá de cara com duros “nãos” com muita frequência. Não por conta de sua aparência — sim, ela é deslumbrante, já falamos muito sobre isso — mas por conta das histórias que ouvi sobre sua tenacidade. Seu primeiro grande trabalho, a novela australiana Neighbours, era para ter sido uma aparição especial, mas ela causou uma impressão tão boa que ficaram com ela por três anos. Robbie conseguiu seu primeiro papel bem-sucedido em O Lobo de Wall Street em parte porque teve a coragem de dar um tapa em Leonardo DiCaprio durante o teste. E ela escreveu uma carta não solicitada para Quentin Tarantino dizendo que esperava trabalhar com ele um dia, eventualmente se vendo no set de Era uma Vez em… Hollywood.

Todos com quem falo sobre Robbie enfatizam sua ética de trabalho. “Seu superpoder e o que a torna um talento de uma geração só é que ela consegue fazer tudo”, diz Christina Hodson, uma boa amiga e roteirista de Aves de Rapina. “Se você assistir Margot aprendendo uma nova habilidade, é bem assustador. Quando ela fez as cenas de ação para Aves de Rapina, as equipes de dublês mostravam algo para ela uma vez só. Ela tenta uma vez e na segunda já está fazendo melhor do que eles.” A colega de elenco de Robbie em Eu, Tonya, Allison Janney, disse que ela a lembra de Katherine Hepburn, que organizou Núpcias de Escândalo sozinha quando sentiu que não estava recebendo os papéis que merecia. Martin Scorsese diz que ela o lembra de duas lendas, Carole Lombard e Joan Crawford: “Como Lombard, ela é vivaz, de uma beleza impressionante, e com um ótimo senso de humor, principalmente sobre ela mesma. Como Crawford, ela é completamente pé no chão e instantaneamente dominante — ela entra em cena e você presta atenção nela.”

Não é surpresa, então, que Robbie interpreta um ícone fictício de Hollywood em ascensão em Babilônia, a dramédia épica da Paramount liderada por ela, Brad Pitt e o novato Diego Calva. O filme, que chega aos cinemas em janeiro, se passa durante a época mais louca da indústria, quando o dinheiro estava fluindo, as regras eram poucas e as possibilidades de fama e sucesso pareciam infinitas. De acordo com a uma hora e pouquinho que assisti, o filme aspira ser uma visão caleidoscópica sobre a indústria do cinema quando os filmes falados estavam prestes a mudar tudo para sempre. Babilônia busca capturar a decadência e deprevação da época, junto com a loucura e — não querendo soar muito como a Nicole Kidman naquele comercial da AMC — a mágica do cinema. “O que você vê na tela é o caos de fazer um filme e como é foda, mas também como é a melhor coisa do mundo”, Robbie diz sobre Babilônia. “E, literalmente, filmar foi a mesma coisa. Tudo era tão descontrolado, divertido, incrível e absurdo. Definitivamente foi a melhor experiência da minha vida.”

Robbie pode estar sentada comigo porque ela tem um filme para divulgar, mas para constar, eu acredito nela. A Nellie LaRoy de Babilônia é sem dúvidas a personagem mais próxima dela mesma que ela já interpretou. Nellie é uma estranha em Hollywood, apimentada e cheia de vigor e de uma energia indomável. Ela tropeça em seu primeiro papel com um pouco de sorte, mas faz uma performance tão distinta que a coloca no caminho do estrelado. “Margot é capaz de explorar esse lado selvagem e essa bravura em que você não sabe o que vai acontecer, e continua a surpreender” diz Damien Chazelle, que dirigiu Babilônia. “Normalmente, quando você pensa em atores com esse tipo de energia crua, é uma energia sem instrução. Com a Margot, esse não é o caso.” Em outras palavras, ela é um tornado com uma verdadeira técnica.

Assim como Nellie, Robbie, que tem 32 anos de idade, ganhou a atenção de Hollywood com uma performance explosiva, em O Lobo de Wall Street, e construiu uma carreira que sugere o que uma estrela de cinema moderna pode ser. Ela é uma atriz e produtora que não leva desaforo e fica entre os filmes de grande orçamento e independentes obscuros, mesmo que ainda esteja um pouco desconfortável com a atenção. “O jeito que eu tentei explicar esse trabalho — e mundo — para as pessoas é que os altos são realmente muito altos,” diz ela, com a mão pairando acima de sua cabeça, “e os baixos são muito, muito baixos. E acho que, se você tiver sorte, encontra uma balança no meio.”

Robbie está usando uma jaqueta preta grande por cima de uma camiseta preta e calças xadrez marrom wide-leg, carregando uma braçada de cadernos e livros. É provavelmente por isso que, quando três carrinhos de golfe repletos de turistas passam por nós, ninguém a nota. Enquanto caminhamos pelo lote, falamos sobre como é louco que 100 anos de estrelas passaram por essas mesmas ruas, Clara Bow entre elas, o ícone da era dos filmes mudos. Bow foi a primeira it girl — um símbolo sexual e a principal bilheteria da Paramount por vários anos, estrelando em 46 filmes mudos, incluindo Asas, de 1927, o primeiro a ganhar o prêmio de Melhor Filme.

Bow também é a principal inspiração para Nellie LaRoy em Babilônia. Robbie estudou seus filmes e, principalmente, o começo de sua vida. “Sempre que estou tentando formar um personagem, tenho que entender sua infância. Posso justificar tudo o que fazem no resto da vida se apenas conseguir entender a infância”, diz ela. Uma vez que Robbie aprendeu sobre o quanto a juventude de Bow foi traumatizante — repleta de violência e pobreza, além do abuso cometido por sua mãe com problemas mentais — ela entendeu o que levou Nellie a fugir para os filmes. “Ela provavelmente teve a pior infância que eu poderia imaginar”, diz ela. “Você consegue justificar tudo o que Nellie faz e diz no filme se você imaginar que ela passou por algo assim quando criança.”

Robbie trabalha com um instrutor de movimento para encontrar animais que inspirem o físico de seus personagens — ei, qualquer coisa que dê certo — e me diz que os animais de Nellie eram um polvo e um texugo do mel, porque ela é fluida e tátil, mas brutal quando necessário. Robbie abre um caderno preto e lê algumas anotações sobre polvos: “Eles são fluidos, são brincalhões. Muito inteligentes, ótimos sobreviventes e transformadores. Podem se transformar em qualquer coisa.” Posso confirmar que o polvo aparece em uma cena de festa no começo do filme, em que Nellie — usando um vestido vermelho justo e tendo acabado de usar cocaína — se move pela multidão em uma dança libidinosa e contorcida. O texugo do mel aparece mais tarde durante brigas. Robbie fecha o caderno. “Queria estar com o mapa da minha personagem também,” diz ela, “porque isso faria você ter certeza de que sou maluca quando visse aquilo.”

Nellie é sexy de um jeito natural. Em um momento, Robbie está usando um macacão sem nada por baixo, uma roupa inspirada em algo que Bow já usou uma vez, e ela tem alguns momentos em que está seminua no filme, embora isso não a desanime: Ela já mostrou tudo o que tinha para mostrar em O Lobo de Wall Street. “Eu realmente não tenho muita modéstia sobrando”, diz Robbie, rindo, antes de adicionar que consegue separar-se de seus personagens. “Não tenho vergonha quando é a Nellie fazendo alguma coisa. Teria se fosse eu, mas é tudo ela.” A cena da festa exigiu que Robbie dançasse por oito horas sem parar em dois dias consecutivos. Calva diz que quando terminaram a cena, toda a equipe do filme, os dançarinos e músicos a aplaudiram: “Ela deu tudo de si. Tudo é cru. Ela é uma atriz destemida.”

Adam McKay, que dirigiu Robbie em uma cena altamente memorável em A Grande Aposta em que ela explica os títulos garantidos por hipotecas enquanto toma um banho de espumas, concorda que o compromisso de Robbie é uma de suas maiores qualidades, junto com a vida sempre presente em seus olhos. “Com a Margot, tudo o que ela fizer vai ser sem parar, do começo ao fim”, diz ele. “Mas o que é tão legal nisso é que existe um senso de humor por trás. Há uma diversão que é irrestível.”

Antes do tour pelo lote, Robbie e eu nos sentamos na primeira fila do Paramount Theatre, o deslumbrante cinema de 500 lugares que fica logo após a fonte icônica e o portão de entrada ornamentada do lote. Seu cabelo está alguns tons mais escuros do que o loiro iluminado que já vimos nas telas. Seus livros e cadernos estão em pilha no seu colo. Robbie me conta sobre sua infância em Queensland, Austrália, onde ela e os irmãos foram criados apenas pela mãe. “Eu cresci em uma casa muito barulhenta e movimentada, então me sinto segura e confortável quando o caos está acontecendo ao meu redor”, conta ela. “Acho que é por isso que amo sets de filmagens.” Ela odeia ficar sozinha e muitas vezes convida amigos para ficarem em seu trailer entre as tomadas.

Depois de Neighbours, Robbie mudou-se para os Estados Unidos e interpretou uma comissária de bordo na série da ABC, Pan Am. A série só durou uma temporada, mas ela conseguiu o papel do mulherão que era Naomi Lapaglia em O Lobo de Wall Street de Scorsese. Robbie não estava preparada para ser uma it girl. A fama foi instantânea e intensa. Ela não estava preparada emocionalmente para a perda de sua privacidade e a estabilidade financeira ainda estava longe. Ela me disse que foi um de seus piores momentos: “Algo estava acontecendo naquele momento inicial e foi muito ruim, me lembro de dizer para a minha mãe: “Acho que eu não quero fazer isso.” E ela apenas olhou para mim, completamente séria, e disse: “Querida, acho que é tarde demais para não fazer.” Foi quando percebi que o único caminho era para frente.”

Robbie está lidando melhor com a fama. “Eu sei como passar despercebida em aeroportos e agora sei quem está tentando me foder e de quais jeitos”, diz ela. Mas ainda existem obstáculos. Antes da nossa entrevista, Robbie estava de férias na Argentina quando um paparazzo supostamente tentou tirar fotos dela e de sua amiga Cara Delevingne enquanto tentavam entrar em um táxi. Relatos iniciais afirmaram que Robbie havia se machucado. Quando pergunto sobre o episódio, ela diz que não pode falar nada por conta de questões legais em andamento entre as outras partes envolvidas. Pergunto se ela se machucou e ela diz: “Não, mas poderia ter me machucado.”

De maneira internacional, ela me diz que não há leis que protegem figuras públicas como há em Los Angeles. A família de Robbie na Austrália já passou por situações perigosas enquanto foram perseguidos por fotógrafos. “Se minha mãe morre em um acidente de carro porque você queria uma foto minha indo fazer compras, ou você derruba meu sobrinho da uma bicicleta — para que? Por uma foto?” diz ela. “É perigoso, mas estranhamente parece que nada vai mudar.”

No outono, a mãe de Robbie ligou para ela após um paparazzi fotografá-la supostamente chorando do lado de fora da casa de Cara Delevingne. Os tabloides teorizaram que Robbie estava preocupada com sua amiga e colega de elenco em Esquadrão Suicida, que recentemente havia sido fotografada parecendo transtornada. Então, a mãe dela ligou. Margot estava bem? E a Cara? “Eu disse: “Primeiramente, sim e sim’”, diz Robbie, furiosa. “‘Em segundo lugar, não estou na casa da Cara… Estou do lado de fora de um Airbnb que eu estava alugando por cinco dias! E não estou chorando!” Tinha alguma coisa no meu olho. Estava tentando pegar minha máscara, tentando segurar um copo de café e não conseguia tirar um cabelo do meu olho.”

Antes de entrar para a indústria, Robbie presumiu que a imprensa só publicava a verdade. Então, os tablóides começaram a anunciar diariamente que ela estava grávida quando não estava, e as pessoas ligavam para dar os parabéns. Eventualmente, Robbie aceitou o fato de que ela não pode refutar todas as histórias falsas, uma tarefa de Sísifo, se já existiu alguma. “Você quer corrigir, mas não pode. Você precisa, não sei, olhar para o outro lado.” Quanto a entrevistas, ela admite que a deixa estressada. “Eles querem uma manchete e eu entendo, eles só têm três minutos”, diz ela. “Mas é como fazer sapateado em um campo minado porque você está tão cansada e deu entrevistas por horas e horas, então ter que ficar atenta o tempo todo… Você pode falar a coisa certa centenas de vezes, mas se disser uma coisa errada uma vez, está fodido.”

Quando encontro com ela, Robbie havia acabado de completar a turnê de imprensa de Amsterdam, de David O. Russell, um filme estranho ambientado na década de 1930 em que ela estrela ao lado de Christian Bale e John David Washington. Russell é conhecido por, como posso dizer, seu comportamento intenso no set. Para começar, ele fez Amy Adams chorar enquanto faziam American Hustle e gritou de modo profano com Lily Tomlin no set de Huckabees – A Vida é uma Comédia em um vídeo tão horrível que agora virou lenda. Pergunto para Robbie se ela teve receio em trabalhar com ele, especialmente nessa “nova” Hollywood em que, idealmente, comportamento tóxico não é tolerado. “O processo com David começou anos atrás”, diz ela, completando que eles criaram o personagem juntos. “Uma conversa levou para outra que levou para outra que durou anos e anos. Então, não foi um momento do tipo: “Você diria sim para um filme do David O. Russell?’” Ela gostou do brainstorming, dizendo: “Nunca me envolvi tanto apenas como atriz. Nunca um diretor quis ouvir tanto o meu ponto de vista no processo de desenvolvimento.”

Eu pergunto se alguma vez foi desconfortável no set. Ela balança a cabeça em negação. “Eu tive uma experiência bastante incrível”, diz ela. “Outra coisa que gostaria que as pessoas entendessem é que quando você faz um filme, não está fazendo apenas com o diretor e com os atores. Está fazendo com tantas pessoas.” Ela destaca o cinegrafista ganhador do Oscar Emmanuel “Chivo” Lubezki e diz que trabalhar com ele foi um dos “melhores momentos” de sua carreira.

À medida que nos falamos, Robbie é sincera e generosa, muitas vezes divagando em histórias apaixonantes sobre suas experiências no set de filmagens ou seus filmes e podcasts favoritos (ela ama Team Deakins, um podcast sobre filmes com o cinegrafista Roger Deakins e sua esposa, James Ellis Deakins). Ela é mais cuidadosa quando desviamos para sua vida pessoa. “É uma coisa tão irônica”, diz ela. “Quando você é ator, o ponto principal é que você está mostrando outras pessoas para as pessoas, então é uma coisa tão sem lógica falar sobre si mesmo quando você passa esse tempo todo se escondendo.”

Mesmo assim, ela parece estar escondendo nada mais do que decência humana (ela pagou toda a hipoteca da mãe com seu primeiro grande salário) e um gosto por se divertir com amigos (ela viaja com as amigas para surfar na Nicarágua e vai para a Espanha em grupos). Alguns outros detalhes que sugerem que estamos lidando com uma pessoa em três dimensões: Robbie consegue abrir uma garrafa de cerveja com outra garrafa de cerveja. Ela quer aprender a tocar banjo. Sua festa de aniversário teve a temática de Love Island. “Ela realmente ama Love Island, o que é surpreendente porque ela tem muita classe”, diz Hodson. “Mas, sim, definitivamente é um prazer culposo que gastamos muitas e muitas horas.”

Em um momento, Robbie diz que gostaria de ter sido atriz na década de 1920 ou até mesmo na década de 1970. Mas ela pôde interpretar uma variedade de papéis — colocando furúnculos no rosto para interpretar a Rainha Elizabeth I em Duas Rainhas, usando patins e enchimento para Tonya Harding e maquiagem exagerada e um taco de beisebol para a Harley Quinn — enquanto produzia os tipos de projetos que desejava. Clara Bow podia interpretar apenas um tipo de personagem e tinha pouco controle sobre sua carreira — o que, posso dizer com certeza, incomodaria Robbie. Ela pega outro caderno e lê Walt Whitman: “Eu me contradigo? Muito bem, então me contradigo. Sou grande. Contenho multidões.” Ela olha para cima e sorri. “‘Contenho multidões” é uma coisa bem legal de se lembrar.”

Hollywood não esperava que ela fosse conter multidões. Quando ela ganhou destaque depois de O Lobo de Wall Street aos 22 anos, Robbie recebeu ofertas de papéis previsíveis da loira gostosa, e ela recusou todos. Digo que Hollywood ama colocar as mocinhas em uma caixa e ela vai ainda mais longe: “Acho que as pessoas gostam de colocar outras em caixas.” Até mesmo hoje em dia, Robbie não recebe os créditos suficientes por seu trabalho como produtora. Em 2014, ela fundou a LuckyChap Entertainment com três de seus melhores amigos — um deles, Tom Ackerley, tornou-se marido dela em 2016. A primeira estreia da produtora foi Eu, Tonya em 2017, um sucesso em críticas que rendeu três indicações ao Oscar e uma vitória para Allison Janney. Em 2021, Bela Vingança trouxe mais cinco indicações ao Oscar e uma vitória em Melhor Roteiro Original para Emerald Fennell. A produtora, que defende histórias e talentos femininos, produziu cinco filmes neste ano, incluindo o próximo de Fennell.

E então, há Barbie. O filme estava essencialmente morto depois de mudar de atrizes principais (Amy Schumer e Anne Hathaway) e roteiristas até que Robbie assinou para estrelar e produzir. Ela trouxe Greta Gerwig para coescrever (com seu parceiro, Noah Baumbach) e dirigir, buscando uma visão subversiva da boneca mais icônica do mundo. “Fazer um filme óbvio sobre a Barbie seria extremamente fácil,” diz Robbie, “e tudo o que é fácil provavelmente não vale a pena fazer.” Gerwig ficou tão impressionada com Robbie a ponto de ficar perplexa: “Uma vez, queria filmar a Margot em câmera lenta, mas fazer todo o resto continuar rápido, então fui até ela e disse: “Você pode se mover em 48 quadros por segundo, mesmo que estejamos filmando em 24 quadros por segundo e todo mundo se movendo na velocidade normal?” Ela fez algum cálculo de cabeça e conseguiu. Ela literalmente se moveu em uma taxa de quadros mais alta. Não sei em que categoria isso se encaixa além de mágica.”

Robbie está ciente de que há muitos olhos nesse filme, o que ela vivenciou em primeira mão enquanto filmava em Venice Beach com seu colega de elenco Ryan Gosling usando maiô neon e patins: “As pessoas têm sentimentos intensos. Eu prefiro isso do que indiferença. Agora, deixe-me destruir suas expectativas. É muito mais assustador, mas é um ótimo lugar para começar.”

Para deixar claro, Robbie é uma produtora que realmente trabalha. Ela está nas reuniões de pré-produção, está no set, está apagando incêndios e recebendo “gritos dos agentes”. Quando aponto que muitos atores que conseguem créditos como produtores realmente não, hm, fazem nada na produção, ela diz: “É, isso me tira do sério. É tão irritante porque eu tenho que lutar toda vez.” Por lutar, ela quer dizer lutar para ser levada a sério como produtora. No começo de todos os projetos, ela é deixada de fora dos e-mails ou não é convidada para as reuniões porque as pessoas presumem que é apenas um título de vaidade para ela. “Então, depois de alguns meses, as pessoas percebem: “Ah, ela realmente é produtora’”, diz ela. “Mas ainda assim, as pessoas dirigem todas as perguntas sobre dinheiro aos meus parceiros, nunca a mim. E muitas vezes Tom e Josey precisam falar: “Isso é com ela, na verdade.’”

Passeamos por quase todas as ruas no lote da Paramount. Robbie me mostrou onde ela fez ensaios de dança (e escola de palhaço) por meses para Babilônia, e onde ela filmou uma de suas cenas favoritas, uma briga voraz e acirrada entre sua personagem e o de Calva. (Ela acidentalmente quebrou uma janela e machucou as costelas de Calva — e então a cena foi cortada do filme.) Robbie mostrou alguns dos 31 sotaques que ela tentou para a Nellie em algumas gravações em seu celular. Em uma delas, ela soa exatamente como Fran Drescher. Em outra, é como se a Snooki de Jersey Shore encontrasse o Joe Pesci. Eles eventualmente concordaram em um sotaque de Jersey com uma voz rouca de tanto festejar. Quando as filmagens de Babilônia terminaram, Robbie estava desnorteada: “Foi a personagem com mais desgaste físico e mental que já interpretei, em disparada. Ela exige tanto de você que me deixou em frangalhos.”

Robbie e o marido estão se mudando para uma nova casa em Los Angeles — eles também têm uma casa em Londres — e, para completar os cinco filmes que está produzindo, ela está preparando Barbie para o próximo verão. Robbie também está em pré-produção com a prequência de Onze Homens e Um Segredo que ela irá estrelar e produzir. O outro spin-off de outra franquia, Piratas do Caribe, que ela esteve envolvida está morto, ela me conta. “Tínhamos uma ideia e estávamos desenvolvendo por um momento, um tempão atrás, de ter um filme mais comandado por mulheres — não totalmente, mas só um tipo diferente de história — o que achamos que seria bem legal, mas acho que eles não queriam”, diz ela sobre a Disney.

Há diretores que ela ainda espera trabalhar, é claro: Paul Thomas Anderson, Bong Joon Ho e Céline Sciamma. Mas mais do que nunca, o foco de Robbie está no legado. Ela fala sobre os filmes que ela assiste e reassiste em suas noites de cinema com o marido e amigos — os de 1920 ou de 1970 que “décadas e décadas depois, ainda conseguem te emocionar de novo.” Robbie fará alguns. Apenas espere.

Fonte | Tradução & Adaptação: Equipe Margot Robbie Brasil

A Vanity Fair divulgou com exclusividade as primeiras imagens de Babilônia, grandioso filme de Damien Chazelle com Margot Robbie no elenco principal. O diretor também revelou alguns detalhes do longa para a revista. Leia:

Damien Chazelle esteve trabalhando no enredo de Babilônia, pelo menos em sua cabeça, desde que se mudou para Los Angeles há 15 anos. “A ideia básica era simplesmente fazer um filme grande, épico e com muitos personagens ambientado nos primeiros dias de Los Angeles e Hollywood, quando ambas estavam se tornando o que conhecemos hoje”, diz ele para a Vanity Fair na primeira entrevista sobre o filme, que está marcado para estrear em dezembro pela Paramount.

A década de 1920 foi um momento crucial para a história de Hollywood. Los Angeles estava se transformando em uma metrópole e a indústria cinematográfica — passando pela transição incerta de filmes mudos para falados — estava explodindo com pessoas procurando por fama, riqueza e poder.

Uma década e meia depois, Chazelle não tinha nenhuma dessas coisas vivendo como um aspirante a roteirista e diretor que havia se mudado recentemente de Nova York para L.A. Ele ainda não havia feito sua grande estreia com Whiplash no Festival Sundance — que deu um Oscar de Melhor Ator Coadjuvante para JK Simmons por sua interpretação como um instrutor de jazz explosivo — ou havia se tornado a pessoa mais nova a ganhar um Oscar de Melhor Diretor, por La La Land. “Eu continuava adiando porque era um pouco grande demais”, diz Chazelle sobre o projeto. Ele finalmente abordou o roteiro depois de finalizar seu filme de 2018, O Primeiro Homem, com Ryan Gosling interpretando Neil Armstrong.

Baseado nos primeiros vídeos e imagens, Babilônia parece ser uma farra extravagante durante a Idade Dourada emergente de Hollywood, estrelando um Brad Pitt descarado, uma Margot Robbie desinibida e o novato Diego Calva. Mas por trás de todo o confete e glamour, Chazelle queria que Babilônia enfatizasse a rápida mudança da cidade e um crescimento que veio com um preço. “Tudo está mudando sob os pés das pessoas,” diz ele, “e eu fiquei realmente fascinado com o custo humano da disrupção dessa magnitude, em uma época em que não havia um plano de ação, quando tudo era apenas novo e bárbaro.”

Escalar duas das maiores estrelas de Hollywood para os papéis principais de Babilônia fez sentido tanto tematicamente quanto financeiramente. Pitt e Robbie, que estrelaram juntos em Era Uma Vez… em Hollywood, interpretam atores em momentos bem diferentes de suas carreiras, e Chazelle sabia que suas estrelas veriam ecos de suas próprias vidas nos personagens. “Parte da mágica de trabalhar com eles nesses papéis foi que cada um conseguiu realmente tornar a performance a coisa mais pessoal que já fizeram”, diz ele.

A maioria dos personagens de Babilônia são fictícios, embora Chazelle tenha usado estrelas de Hollywood como inspiração. O personagem de Pitt, Jack Conrad, é uma “grande estrela de cinema” festeira, como Chazelle coloca, inspirado por John Gilbert, Clark Gable e Douglas Fairbanks: “Ele está alcançando um momento em sua vida e carreira em que está começando a olhar para trás e se perguntar o que está por vir.” (Pitt expressou um sentimento similar sobre seu próprio trabalho em uma entrevista recente para a capa da GQ).

Quanto a Robbie, ela interpreta Nellie LaRoy, uma aspirante a atriz que é uma mistura de estrelas como Clara Bow, Jeanne Eagels, John Crawford e Alma Rubens. Nellie é nova em Hollywood e de repente está nos holofotes, uma experiência que a revelação de O Lobo de Wall Street consegue entender. “Margot é uma pessoa que tem essa vantagem atrevida, corajosa e voraz — é algo muito australiano — e por isso conseguiu realmente explorar e fazer muitas coisas divertidas”, diz Chazelle.

Calva, o novato do elenco, interpreta Manny Torres, um ator mexicano que, como um estranho em Hollywood, serve como o olhar do público no mundo de Babilônia. Chazelle diz: “De muitas formas, ele também estava passando por uma experiência muito parecida com o personagem que estava interpretando, tropeçando em um lugar enorme e pensando: “Que porra está acontecendo?’”

O rico elenco coadjuvante de Babilônia — incluindo Jovan Adepo, Li Jun Li, Jean Smart e Tobey Maguire — também interpreta personagens fictícios (o único personagem com nome verdadeiro no elenco principal é o produtor Irving Thalberg, interpretado por Max Minghella), cujos sonhos de fama e sucesso depende de navegar em uma cidade perigosa.

Chazelle trouxe muitos de seus colaboradores anteriores, incluindo o cinegrafista Linus Sandgren e o compositor Justin Hurwitz, ambos vencedores do Oscar por La La Land. Ele tinha em mente um filme repleto de espetáculos que refletiam a extravagância e hedonismo da época: “Eu queria capturar o quanto aquele mundo era grande, vibrante, descarado e sem remorsos.”

Mas Chazelle também queria sondar lugares mais profundos — para justapor os cenários deslumbrantes e cheios de glamour de Hollywood de La La Land e a inspeção mais sombria do preço da ambição de Whiplash. “Foi realmente um período maluco para essas pessoas, essa galeria de personagens, enquanto eles sobem e descem, sobem e descem, sobem de novo e descem de novo,” diz ele, acrescentando que “o que estão construindo está se voltando contra eles e os mastigando vivos.”

Espere uma história que explora os níveis de transformação, desde a própria cidade até a indústria, e das pessoas que querem chegar lá. Chazelle faz referência à “ambição precipitada e descuidada” daquela época como um tema central de seu filme. E, não por coincidência, ele diz que Babilônia é seu trabalho mais ambicioso até agora: “Definitivamente foi a coisa mais difícil que já fiz. Apenas a logística, o número de personagens, a escala do cenário, o período de tempo que o filme cobre — tudo conspirou para torná-lo particularmente desafiador, mas foi um desafio muito emocionante de aceitar.”

Fonte | Tradução & Adaptação: Equipe Margot Robbie Brasil

O último dia de CinemaCon começou com o painel da Paramount Pictures, responsável pela distribuição do próximo filme de Damien Chazelle, Babylon, que conta com Margot Robbie e Brad Pitt no elenco principal. Embora não tenha sido liberado para o público geral, o trailer do filme exibido na convenção foi descrito por veículos internacionais que estavam presentes no evento. Saiba mais:

• Variety: Do diretor Damien Chazelle, Babylon, uma homenagem cheia de estrelas para a era de ouro de Hollywood, trouxe o brilho glamuroso para a CinemaCon.

Aqueles que estavam presentes no evento, uma convenção anual para donos de cinemas que está atualmente acontecendo em Las Vegas, foram mimados com imagens inéditas de Babylon, que destaca Brad Pitt como a estrela dos filmes mudos, John Gilbert, e Margot Robbie como o ícone dos anos 20, Clara Bow.

Antes da apresentação da Paramount na CinemaCon, pouco se sabia sobre Babylon, um filme de época ambientado no fim dos anos 20 durante a transição da indústria cinematográfica dos filmes mudos para os sonoros.

Baseando nas primeiras imagens de festas glamurosas contra um cenário de negócios de entretenimento em fluxo, Babylon parece uma mistura entre O Grande Gatsby de Baz Luhrmann e Era Uma Vez em… Hollywood de Quentin Tarantino. Pense em música alta, figurino deslumbrante e maquiagem de alto nível.

“Sabe o que temos que fazer… temos que redefinir o molde”, diz o personagem de Pitt. “Quando me mudei para Hollywood, as placas nas portas diziam: “Não é permitido atores e cães.” Mudamos isso.” Mais tarde, ele se torna poético sobre o poder dos filmes. “O que acontece na tela significa algo.”

Clara Bow de Robbie está menos preocupada com seu lugar no showbiz. “Você não se torna uma estrela”, ela diz. “Ou você é… ou não é.”

Em uma cena engraçada enquanto o personagem de Pitt está no set de um grande filme de gladiador, ele desvia de uma lança que quase o espeta. “Senhor, acho que sua barraca está na linha de fogo”, alguém do departamento de arte avisa, e Gilbert responde: “Vamos editar na pós-produção.”

Tobey Maguire, que também serve como produtor executivo, interpreta Charlie Chaplin, enquanto Max Minghella interpreta Irving Thalberg. O elenco de estrelas de Babylon também inclui Spike Jonze, Jean Smart, Flea, Samara Weaving e Olivia Wilde.

• Deadline: Entre os destaques está Babylon, de Damien Chazelle, no que parece ser um filme engraçado e provocante da era do jazz, das festas e do começo de Hollywood. Margot Robbie aparece interpretando o que parece uma atriz torturada, exigindo seu close-up, dizendo: “Você não se torna uma estrela, ou você é ou não é.”

Algumas cenas se passam no set de um filme épico com espadas e sandálias enquanto a câmera se move entre clubes noturnos e outros sets de filmes. Jack Conrad de Pitt contribui: “Quando me mudei para Hollywood, as placas nas portas diziam: “Não são permitidos atores e cães.” Nós mudamos isso.” Um corte o mostra se dirigindo a alguém desconhecido, dizendo: “Então, o que acontece na tela significa algo.” O filme estreia no Natal com uma expansão planejada para o dia 6 de janeiro.

• THR: A personagem de Margot Robbie é vista na prévia em sets de filmagem e dançando em quintais gigantes das festas de Hollywood. Quando no set, enquanto a câmera se move para focar em seu rosto, Robbie diz: “O que acha de fazermos o meu close-up agora?”