As indicações do Spirit Awards foram anunciadas na tarde de hoje e Margot Robbie e I, Tonya foram indicados na categoria de Melhor Atriz e Melhor Edição! A premiação acontece no dia 3 de março na praia de Santa Mônica, Califórnia.

Durante o painel do Deadline The Contenders, Margot e o elenco de I, Tonya, junto com o diretor e roteirista do filme, compartilharam seus pensamentos sobre a vida de Tonya Harding, que inspirou o longa. Confira:

“Eu não planejei de modo nenhum fazer isso,” disse o roteirista de I, Tonya, Steven Rogers, no Deadline’s The Contenders no sábado em Los Angeles. “Então eu vi esse ótimo documentário sobre Tonya Harding.”

I, Tonya explora a realidade da vida da patinadora olímpica e as diferentes explicações do que aconteceu quando sua rival Nancy Kerrigan foi atacada e ferida. Com Margot Robbie no papel principal, Rogers mostrou um lado de Harding que ninguém sabia.

“Foi fascinante realmente conhecer a históra de Tonya,” o diretor Craig Gillespie contou para o moderador Pete Hammond do Deadline. Usando as contraditórias explicações das entrevistas de Rogers com Tonya e seu ex-marido Jeff Gillooly, o filme sabiamente apresenta diversos pontos de vista. “Nós descobrimos na edição que fizemos isso de um modo não muito claro, então o público teria que se concentrar para descobrir qual versão estávamos contando no momento,” Gillespie disse.

Robbie disse que ela decidiu como abordaria o papel antes de se encontrar com Harding porque ela queria “apenas conhecê-la como pessoa, eu não queria que parecesse uma pesquisa.” Harding foi “incrivelmente gentil,” disse Robbie. “Ela me perguntava, ‘Como você está aprendendo a patinar? Você quer minha ajuda com o treino?'”

Uma das coisas que realmente ajudou Robbie a apresentar Harding sem preconceitos foi que ela não sabia sobre o incidente com Kerrigan antes de ler o roteiro. “Foi melhor desse jeito, abordar isso com novos olhos,” ela disse. “A realidade é que ela teve uma vida muito difícil.”

Ao interpretar a mãe de Harding – um papel que Rogers escreveu com ela em mente – Allison Janney não teve muito material, já que a mulher da vida real não foi localizada. “Steve tentou,” Janney disse, “e Tonya não sabia onde ela estava estava. Ela acha que sua mãe foi vista morando em um trailer atrás de uma casa de penhores ou algo assim. Nós não sabíamos na época se ela estava viva ou morta, então isso é tudo a experiência de Tonya com sua mãe e licença poética.”

Uma coisa específica que Janney gostou sobre seu papel foi atuar com um pássaro vivo em seu ombro. “Eu trabalhei com muitos animais, mas nunca um pássaro,” ela disse. “Uma vez me disseram que um jeito de fumar um cigarro e parecer legal é nunca olhar para o cigarro, então eu pensei, ‘Eu não vou olhar para esse pássaro.'” O trabalho em equipe nem sempre era fácil, no entanto. “Ele ficava bicando minha orelha,” Janney disse. Mas o papel foi “muito divertido. Eu apenas pensei, ‘Vamos lá.'”

Para Sebastian Stan, interpretar Gillooly foi “um pouco surreal.” Baseando suas informações nas entrevistas de Rogers com ele, Stan disse: “Para ser honesto, eu queria conhecê-lo apenas porque eu não consegui achar uma foto dele sorrindo. Eu queria ver seu rosto iluminado.”

Sobre como Harding recebeu o filme, Rogers disse, “Ela riu e chorou, e algumas coisas ela não gostou, mas ela me mandou e-mail duas vezes somente para me agradecer, então eu acho que ela está feliz.”

Fonte | Tradução & Adaptação: Margot Robbie Brasil

O site Entertainment Weekly compartilhou um artigo onde eles comparam trechos do trailer de I, Tonya com os acontecimentos reais da vida de Tonya Harding. Confira abaixo:

Por dentro dos altos e baixos de Tonya Harding na grande tela:

O animado reconto de Craig Gillespie sobre os altos e baixos da famosa patinadora artística Tonya Harding pode ter várias licenças dramáticas (veja o novo trailer para uma Margot Robbie com o rosto ensanguentado fazendo careta para a câmera e em outra cena enquanto brandia uma espingarda para perseguir o ex marido de Tonya, Jeff Gillooly), mas, em sua raiz, I, Tonya é um filme cheio da rica e real história de uma problemática atleta lutando por seu lugar no mundo. Em frente, veja quão próximos os personagens do filme estão da vida real.

A ascensão de Harding ao estrelato

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Antes de se tornar uma persona non grata no circuito profissional de patinação no gelo, Harding ganhou sua reputação através de uma série de apresentações fortes em nível internacional, ficando em primeiro lugar na Skate America em 1990 e 1992, e em segundo no Campeonato Mundial em 1991.

LaVona Golden (Allison Janney)

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Com doenças aviárias e tudo, a personagem mais colorida de I, Tonya vem na forma da mãe abusiva, boca suja e bêbada de Harding, LaVona Golden, cuja inclinação para casacos de pele e amigos com penas ganham vida com engraçada convicção vinda da destemida Allison Janney.

Campeonato Americano de Patinação Artística de 1991

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Considerado amplamente como seu maior ano como patinadora profissional, Harding fez um axel triplo no Campeonato Americano de Patinação Artística em 1991, se tornando a primeira americana a completar a difícil manobra na história da competição.

Jeff Gillooly (Sebastian Stan)

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Antes da conspiração de acabar com a chance olímpica de Kerrigan, o relacionamento de Harding e Gillooly estava repleto de supostos abusos. Eles se casaram quando Harding tinha 19 anos e se divorciaram três anos depois. Ela acustou Gillooly de abusar fisicamente dela durante a união.

O incidente com Nancy Kerrigan

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A atriz de ‘Cidades de Papel’, Caitlin Carver, interpreta um pequeno papel como Nancy Kerrigan no filme, uma performance que se destaca durante a emocionante recriação do escândalo bem documentado do joelho atacado (feito por conhecidos de Harding) que agitou o mundo dos esportes – e quase arruinou a chance de Kerrigan na competição em Lillehammer.

Shawn Eckhardt (Paul Walter Hauser)

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Gillooly e o segurança de Harding, Shawn Eckhardt, contrataram um assaltante para executar o ataque em Kerrigan durante um de seus treinos antes da competição em Detroit. Eckhardt cumpriu pena na prisão mais tarde e foi solto em setembro de 1995. Em uma entrevista para a televisão com Diane Sawyer, Eckhardt alega que Gillooly veio até ele, inicialmente querendo “acabar com Kerrigan”, mas Eckhardt sugeriu mais tarde que uma alternativa apropriada para matá-la seria atacar sua “perna de pouso” com um objeto sem ponta. Eckhardt morreu em 2007.

Olimpíadas de Inverno de 1994

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Apesar da grande oposição sobre continuar na competição, Harding manteve seu lugar no time americano nas Olimpíadas de Inverno de 1994 em Lillehammer, competindo no auge do famoso incidente de Nancy Kerrigan. Ela começou sua apresentação com um problema no cadarço, e implorou para os juízes darem a ela uma segunda chance, o que fizeram. Ela terminou em oitavo lugar, enquanto Kerrigan ganhou uma medalha de prata.

Harding na imprensa

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Enquanto a imprensa cobriu sua acensão nos pódios de patinação artística, eles também atacaram ferozmente sua queda do outro lado do incidente com Kerrigan.

Harding hoje em dia

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Gillespie constrói o filme como uma coleção de memórias ditas pelo olhar reflexivo de uma Harding mais velha e domesticada enquanto ela concede uma entrevista em uma cozinha em ruínas dentro de sua casa no subúrbio, anos após sair dos holofotes. A performance de Robbie nesses momentos sugerem uma mulher mais forte usada por um breve – mas exaustivo – momento pelo escrutínio da mídia, não muito diferente da mulher cuja vida inspirou o projeto.

Fonte | Tradução & Adaptação: Margot Robbie Brasil

Ontem foi liberado o primeiro trailer do longa I, Tonya, onde Margot interpreta a patinadora Tonya Harding que foi envolvida em um incidente com sua oponente nas Olimpíadas de 1994. Confira o trailer em sua versão para maiores e censurada: