Margot Robbie compareceu ao tapete vermelho do filme Once Upon a Time in Hollywood durante o Festival de Cannes. Confira as fotos em nossa galeria:

Hoje aconteceu uma situação desconfortável na conferência de imprensa em Cannes, onde o diretor Quentin Tarantino respondeu grosseiramente uma jornalista que questionou a falta de falas da Margot no filme. O site Vulture fez um artigo para explicar o motivo da pergunta durante a conferência e você pode conferir abaixo:

Hoje, na conferência de imprensa em Cannes para seu novo filme Era Uma Vez em Hollywood, Quentin Tarantino foi mal humorado com uma jornalista do The New York Times que perguntou sobre a relativa falta de diálogo de Margot Robbie no filme. A única resposta que o diretor teve foi ríspida, ”Eu rejeito a sua hipótese,” antes de ficar sentado em silêncio e com o rosto ríspido enquanto Robbie entrava na conversa com uma resposta mais sutil e detalhada. ”Eu senti que eu tive muito tempo para explorar a personagem sem diálogo,” a atriz disse. ”Raramente eu tenho a oportunidade de passar tanto tempo sozinha com uma personagem.”

Isso pode soar um pouco como uma diplomacia pública da parte de Robbie, mas ela está certa. E também é absurdo para Tarantino rejeita a “hipótese” da jornalista, já que a personagem de Robbie está geralmente em silêncio no filme, mesmo durante suas cenas chaves.

O quanto do filme ela participa? Não muito, embora ela esteja o bastante para justificar o papel coadjuvante de Robbie. A maior parte do filme foca na estrela decadente Rick Dalton (Leonardo DiCaprio) e seu dublê Cliff Booth (Brad Pitt), com a história de Sharon Tate como uma jovem atriz com um marido famoso representando o outro lado da moeda: Ela é uma artista em ascensão, com o que parece ser um futuro brilhante.

Robbie é excelente, e ela tem pelo menos uma cena incrível que talvez possa ser o ponto alto do filme. Mas a pergunta da jornalista pode ser válida, e Tarantino, se estivesse prestando atenção, poderia ter justificado como ele escolheu interpretar Sharon Tate, o que isso revela sobre a fama em 1960 em Hollywood (e talvez até hoje). Porque no filme, Tate é uma personagem que olham e falam muito, mas quem raramente possui uma voz. Isso também coincide com a forma de sua carreira na época: Enquanto ela tinha muito talento, ela era escalada para os filmes geralmente por sua beleza, e era mais conhecida por suas sessões de fotos do que por suas performances.

Nas primeiras vezes que vemos Sharon, ela está quieta mas falam sobre ela e a observam: Rick nota que ela e Polanski se mudaram para a casa ao lado, e ele está animado para o que isso significa para sua carreira. Mais tarde, vemos Sharon e Polanski dirigirem para uma festa cheia de coelhinhas da Playboy. Na festa, Steve McQueen (Damian LewisEmile Hirsch) e afirma que ela claramente tem um tipo: ”Um cara fofo e talentoso que parece um menino de 12 anos.” McQueen então adiciona, melancolicamente, ”É, eu nunca tive chance.”

Mais tarde, quando Charles Manson (Damon Herriman) aparece na casa de Jay procurando por seu amigo, Dennis Wilson, Sharon aparece na porta e ela e Manson trocam um breve olhar, o que é de arrepiar já que sabemos o que aconteceu com a verdadeira Sharon Tate eventualmente. (Por falar nisso, essa é a única vez que vemos Charles Manson no filme.)

Sharon está ainda mais calada durante sua maior cena, o que talvez seja a parte mais comovente do filme. Em uma tarde, ela vê um cinema exibindo a comédia de ação de Dean Martin, The Wrecking Crew, onde ela tem um papel coadjuvante. Ela olha amorosamente para seu nome no pôster e para suas fotos espalhadas no lobby. Ela compra um ingresso, esperando que a menina da bilheteria a reconheça. Ela não reconhece, então Sharon pergunta timidamente quanto seu ingresso irá custar se ela estiver no filme. A funcionária ainda não a reconhece – há uma troca engraçada onde eles tentam lembrar o papel que Sharon interpretou em The Valley of the Dolls – mas eles eventualmente a deixam entrar e até tiram uma foto dela ao lado do pôster, para que as pessoas saibam quem é ela.

Então, vemos Sharon se acomodar no cinema e a assistimos assistir ao filme, sorrindo radiante de orgulho sempre que alguém no público ri de umas de suas falas ou cenas. Durante uma das sequências de luta em The Wrecking Crew (que foram tiradas do filme verdadeiro, com imagens da verdadeira Sharon Tate), nós até vemos um breve flashback para o treino de artes marciais que ela recebeu de Bruce Lee (o que foi uma coisa que realmente aconteceu na vida real). Essa sequência inteira é uma das partes mais comovente de Once Upon a Time in Hollywood, mas novamente, Sharon não tem muito diálogo. Margot Robbie faz um trabalho extraordinário aqui, e ela basicamente usa somente seu rosto para fazê-lo. Estamos sentados em um cinema, assistindo Margot Robbie como Sharon Tate sentada em um cinema, assistindo a verdadeira Sharon Tate na tela.

Ainda assim, é um filme sobre os assassinatos Manson, e Sharon Tate é basicamente o rosto desses assassinatos. Então, deve ter mais dela, certo?

Nós vemos mais um pouco das cenas finais de Sharon no filme, mas surpreendentemente, não muito. Assim como ele fez em Bastardos Inglórios, Tarantino reescreve a história aqui. Sem entrar em muitos detalhes, a conclusão do filme é muito repugnante, talvez até catártica, mas também tem o efeito de negar Sharon Tate um papel no filme supostamente sobre uma tragédia que veio para definir sua vida. De um jeito, a decisão de Tarantino de encerrar o filme desse jeito parece desapontadora, e outra razão pela qual sentimos que não vemos muito da Sharon durante ele.

Fonte | Tradução & Adaptação: Equipe Margot Robbie Brasil

Prestes a embarcar para o Festival de Cannes para a estreia de Once Upon a Time in Hollywood, Margot Robbie é capa da revista francesa Madame Figaro em sua edição especial do Festival. Confira:

Uma adolescente bonita e loira, criada perto das praias australianas – casa modesta, dois irmãos, uma irmã, uma mãe cansa – assistindo TV. Ela vê outra menina, atriz, seguindo suas falas estudadas. Sentada em sua sala, Margot Robbie, aos 15 anos, pensa, ”Eu posso fazer melhor do que ela.”

Treze anos depois, ela é a estrela do Festival de Cannes, pronta para subir as escadas ao lado de Brad Pitt e Leonardo DiCaprio na estreia mundial do novo filme de Quentin Tarantino, Era Uma Vez em Hollywood. Um novo ícone do cinema americano, revelada por um papel em O Lobo de Wall Street, de Martin Scorsese, e consagrada por sua interpretação forte e inteligente da patinadora Tonya Harding em Eu, Tonya. Essa é Margot Robbie, com 15 milhões de seguidores em seu Instagram, capaz de salvar o blockbuster clichê Esquadrão Suicida com sua interpretação da heroína punk Harley Quinn, e então entrar no corpete da Rainha Elizabeth I em Duas Rainhas.

A história da jovem Margot em frente à televisão explica o progresso. Você pensaria que ela possui um grande ego, de todo mundo, uma australiana crescida em uma fazendo, pensar que ela pode enfrentar a indústria de Hollywood. O que é preciso, no entanto, é quase o oposto: não ter nada a perder. O simples desejo de atuar e se divertir. ”Se outros conseguem chegar lá, por que não eu?”

No telefone, sua voz suave, educada, calibrada pelo exercício da entrevista de divulgação, diz exatamente isso. Por que esconder que, quando criança, ela achava a vida de seus amigos que tinham dinheiro ”agradável e tentadora”, e que ela decidiu que ia construir o mesmo para ela? A palavra que aparece constantemente em sua boca é oportunidade. A vida é cheia delas, precisamos pegá-las, e especialmente, criá-las. Foi ela quem escreveu para Quentin Tarantino para dizer que o admirava, culminando em seu papel em Era Uma Vez em Hollywood. Foi ela quem entrou em contato com a Mattel para se oferecer para co-produzir o filme sobre a Barbie, quem ela irá interpretar.

Em 2014, aos 24 anos, a atriz se tornou produtora. Enquanto outros seriam levados pelas críticas de seu papel em O Lobo de Wall Street, as portas de Hollywood abriram, e com os cenários que surgiram, ela viu que era urgente criar sua produtora com seus amigos: Luckychap Entertainment. Uma feminista proeminente, ela explica que a empresa tem o objetivo de criar mais papéis femininos fortes e dar mais oportunidade para escritoras e diretoras. Mas ela não esconde que também desejava participar das decisões importantes. ”Me coloque em uma posição que me permite conquistar o que eu quero conquistar,” ela diz em sua voz graciosa do outro lado da linha. Quatro anos depois, LuckyChap está no seu sexto filme (incluindo Eu, Tonya) e muitos projetos avançados. ”Quando não estou filmando, estou no escritório em Los Angeles,” ela diz. ”Eu trabalho o tempo todo, mas não tenho esse sentimento de estar no trabalho.”

Terceira em uma família de quatro, Margot Robbie nasceu na cidade rural de Queensland, na Austrália. Seus pais se separaram cedo e ela foi morar com a sua mãe, seus irmãos e irmã em Southport, uma cidade pequena na costa leste onde a atividade principal é o surf. A mãe, uma fisioterapeuta, tenta colocar comida na mesa com dificuldade, enquanto o pai já não está presente. Os avós maternos possuem uma fazenda, onde Margot passa a maior parte de seu tempo. Sua mãe é seu exemplo, onde ela admira sua ”calma e resiliência”: ”Tudo o que eu tenho de bom em mim, veio dela.” Aos 17 anos, com o diploma do ensino médio do bolso, ela decide deixar os estudos para se tornar atriz. Viaja para Melbourne, 1.700km de casa, e vai para testes e trabalhos incomuns – vendedora e garçonete em um Subway. Sua mãe, conformada, a deixa ir. ”Ela me conhece bem o bastante para saber que quando eu quero alguma coisa, seja boa ou ruim, eu faço. Sem pedir permissão.” Aos 18 anos, após encher o diretor de elenco da novela australiana Neighbours de ligações, Margot conseguiu o papel de Donna, uma garota entusiasmada e um pouco travessa. Três anos depois, ela anuncia sua saída para os produtores, que imploram para que ela fique. Antes de viajar para Hollywood, seu objetivo desde sempre, ela sugere que sua personagem morra de forma brutal, para que ela não volte. Os produtores preferiram que Donna viajasse para Nova York…

Donna não vai voltar. E Margot, recém chegada em Los Angeles após praticar seu sotaque americano com um treinador, consegue um papel na série Pan Am, da AFB. E então chega o elenco de Wall Street, onde um tapa que ela deu em DiCaprio durante o teste deu a ela o papel. Entre os dois, ela foi para Londres para filmar Suíte Francesa. Pouca coisa de acordo com os críticos, mas muita coisa na vida de Margot Robbie. Ela conhece seu futuro marido, Tom Ackerley, assistente de direção, assim como seus amigos que nunca a deixarão. É com eles que ela monta a produtora, e confessa que ”não saberia fazer isso sozinha. Eu não vivo sozinha, não trabalho sozinha, não viajo sozinha,” ela ri no telefone.

Em Era Uma Vez em Hollywood, Margot Robbie interpreta a atriz Sharon Tate, esposa de Roman Polanski, assassinada em 1969 pelos seguidores de Charles Manson. Estudiosa, ela mergulhou nos arquivos, vendo todos os vídeos, desejando absorver a atriz que, de acordo com ela, ”é a personificação da inocência e alegria dos anos 60.” Sobre Quentin Tarantino, ela admira ”como ele transformou cada detalhe da Hollywood Boulevard em uma versão dos anos 60.” A ida para Cannes será sua primeira vez – ela só estava no Festival até agora para vender filmes como produtora.

Ela se maravilha antecipadamente com as lantejoulas e os flashes, assim como ela está encantada com sua ”experiência maravilhosa” como embaixadora da Chanel há um ano. A pequena australiana na frente de sua TV não está longe, ela estaria errada em dar seu sonho como realizado. Mas não se engane. As poses em frente aos fotógrafos são somente uma parada breve, onde ela não demora.

Margot Robbie já filmou dois filmes desde o fim de Tarantino. Fair and Balanced, uma história real sobre assédio sexual que toca seu coração, e Birds of Prey, produzido por sua empresa, onde ela encontra novamente sua fantasia de Harley Quinn. Um terceiro, completado em paralelo, Dreamland, está prestes a ser lançado. Sem mencionar uma série de TV e uma dúzia de filmes em gravação ou em pré-produção na LuckyChap. Com esse turbilhão de coisas, ela consegue tirar um tempo para acampar com seus amigos (no fim de semana passado) e ir rapidamente para a Austrália. Mas antes: doze horas em Miami no mês passado para a despedida de solteira de uma amiga. Nós não deixamos uma oportunidade de dançar de lado quando sabemos fazer isso tão bem.

Fonte | Tradução & Adaptação: Equipe Margot Robbie Brasil

Foi divulgado o primeiro pôster e teaser trailer do nono filme de Quentin Tarantino, Once Upon a Time in Hollywood, que conta com Margot Robbie interpretando a atriz Sharon Tate. Confira:

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Hollywood. 1969. #OnceUponATimeInHollywood

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