O Gotham Awards estreou nesta segunda-feira (27) uma nova categoria, a Global Icon & Creator, e o filme escolhido para receber a homenagem foi Barbie! Margot Robbie esteve presente na premiação com o marido e produtor Tom Ackerley, a diretora Greta Gerwig e o roteirista Noah Baumbach. A atriz Laura Dern ficou encarregada da homenagem para as criadoras do maior filme do ano. Confira:

O jornal Financial Times elegeu Margot Robbie como uma das mulheres mais influentes de 2023 por seu trabalho em Barbie e Saltburn. A diretora Emerald Fennell ficou encarregada de escrever sobre a atriz e produtora. Leia:

“Não há ninguém como a Margot. Ela é uma das maiores estrelas de cinema do planeta, uma atriz indicada ao Oscar e uma produtora que comanda uma empresa, a LuckyChap, que está rapidamente se tornando uma das maiores de Hollywood. Ela e seus parceiros estão provando que existe um mundo em que filmes inteligentes, desafiadores e originais podem lucrar. Lucrar mesmo. Barbie, um projeto que muitos insistiram que era “impossível”, passou da marca de um bilhão de dólares em questão de semanas. Nada é impossível para a Margot. Ela supervisionou tudo, desde levar o projeto para Greta [Gerwig] e Noah [Baumbach] até caminhar no tapete vermelho como a estrela do filme. Eu tive sorte o bastante de trabalhar com ela (Margot produziu Saltburn e Bela Vingança), e sua sabedoria, compreensão, apoio e dedicação tornaram esses filmes possíveis. Ela usa seu poder formidável de forma tão leve e muito dele é usado para capacitar outros. Ter o apoio da Margot é como ter um exército. Eu mal posso esperar para ver o que sua mente brilhante irá produzir em breve.”

Fonte | Tradução & Adaptação: Equipe Margot Robbie Brasil

Margot Robbie adicionou mais uma função em seu já extenso currículo: empreendedora. Ao lado dos amigos Josey McNamara, Regan Riskas, Charlie Maas e do marido Tom Ackerley, a atriz e produtora lançou no último mês sua própria marca de gin australiano, a Papa Salt Coastal Gin. Produzido em Byron Bay, o gin promete te transportar para o litoral australiano através dos drinks. Conheça mais:

Havia acabado de bater cinco da tarde em uma sexta-feira no quintal ensolarado da casa de Josey McNamara em Los Angeles, onde acontecia um debate acirrado sobre decorações. McNamara tem uma laranja sanguínea em seu copo; Regan Riskas tem uma toranja e Tom Ackerley “está experimentando” com um raminho de lavanda e “uma merda rosa por cima”. O grupo de produtores de cinema concorda de maneira unânime, no entanto, no destilado: Papa Salt, o gin costeiro que criaram juntos com a atriz Margot Robbie e com o diretor e produtor Charlie Maas, por meio de muitas reuniões que acabaram se tornando rolês semelhantes ao de hoje.

Os amigos que se tornaram parceiros de negócios, e que agora vivem a dez minutos de distância uns dos outros, se conheceram por meio da indústria do cinema em Londres (Robbie e Ackerley e Maas e Riskas se casaram depois). Lá, durante os invernos tipicamente sombrios do Reino Unido, Robbie se encarregou de transportar o grupo mentalmente até as praias de areia branca de Gold Coast, onde cresceu, por meio de festas de aniversário com tema tropical (coquetéis e sutiãs de coco no porão de um apartamento de Londres) e afins — a ilusão estimulada por vários amigos falando com trejeitos australianos.

“Margot realmente trouxe esse amor pela natureza, por estar na água, pelo estilo de vida ativo para nossas vidas em Londres”, diz Ackerley, um britânico (e agora australiano honorário por matrimônio). “Isso e muita bebida durante o dia.”

O grupo logo percebeu que compartilhavam de um amor específico por gin — algo que Riskas, particularmente, herdou do pai, que bebia quase que exclusivamente martinis com gelo de Gin Hendrick. Depois de se mudarem para Los Angeles, a terra das margaritas e vodka martinis, eles não conseguiam encontrar um gin que gostassem, então, direcionados pela família de Maas, que possui uma destilaria em Wisconsin, eles começaram a brincar de fazer o próprio.

Existe um ditado sobre não misturar trabalho com lazer — ainda mais uma combinação de amigos, casamentos e antigos colegas de casa —, mas McNamara, Ackerley e Robbie já provaram que uma estratégia de negócios que coloca a amizade em primeiro lugar é algo que pode ser divertido e bem-sucedido. Depois de se conhecerem no set de um filme em 2013, os três moraram juntos e lançaram a produtora LuckyChap Entertainment (que está prestes a estrear um dos filmes mais aguardados do ano, Barbie) logo depois.

Demorou cinco anos e cinquenta e nove versões para o Papa Salt virar o produto que é hoje: um destilado que captura o gosto de um dia perfeitamente relaxante na praia através do nome, da garrafa e dos ingredientes — que incluem conchas de ostras australianas, para adicionar uma leve mineralidade, e botânicos da Austrália, como semente de acácia torrada e pimenta rosa, flor de cera, hibisco e cascas de frutas cítricas. “Nós não apressamos”, diz McNamara. “Porque estávamos fazendo por conta própria. Nós estávamos discutindo… nem tínhamos certeza se iríamos colocar à venda. Não sabíamos. Foi apenas muito divertido fazê-lo.”

O processo foi desacelerado por reuniões de negócios que se tornavam sessões de drinks, iniciadas por degustações às cegas em que o grupo provava a fórmula deles contra as das melhores marcas de gin do mundo. Eles não paravam de ajustar a receita até terem duas favoritas — ou até a sala de reunião começar a rodar.

“Mais ou menos cinco drinks depois, o Tom começava a sugerir umas coisas malucas”, diz Riskas.

Todos concordam que a marca provavelmente não teria saído dessa fase se Maas não tivesse interrompido a degustação quando inscreveu o Papa Salt anonimamente no LA Spirit Awards e o destilado ganhou a categoria de gin. “Ele disse: “Não vamos poder ficar com esse prêmio se mudarmos a receita de novo!’” disse McNamara.

Como descobri, o gin fica gostoso não somente na gin tônica, mas também em um martini e, de maneira mais impressionante, em um gin soda, que é o jeito favorito da equipe do Papa Salt de beber o destilado. “É muito fácil esconder um gin inferior por trás do gosto da tônica”, diz Riskas. “Foi muito importante para nós marcar as três opções, bem como criar algo que não te enjoa depois de uma dose, porque não é assim que nossos amigos bebem.”

Foi enquanto Robbie explicava a gíria australiana para rato de praia — “salty sea-dog” — que o grupo tropeçou no nome para o destilado. O exemplo que ela usou era a personificação do termo que ela, Ackerley e McNamara encontraram enquanto viajavam: um homem, também de Gold Coast, cujo nome era Papa Salt. Papa Salt tornou-se um apelido para a marca e pegou.

“Não é tradicional, o que se encaixa em como isso tudo aconteceu”, diz Ackerley.

O Papa Salt busca engarrafar o espírito dos dias lânguidos e ensolarados das praias na Austrália. “Um dia, se alguém estiver em um bar em Londres bebendo o Papa Salt e pensando: “Sinto que estou em uma praia na Austrália agora”, é o que esperamos”, diz McNamara. “Esperamos que evoque esse tipo de sentimento.”

Criar um produto que representasse o litoral da Austrália significava que o Papa Salt precisava deixar para trás a reputação rígida que o gin tem em lugares como o Reino Unido (porém não mais na Austrália, onde, no lugar de marcas tradicionais, há um crescente cenário de gin artesanal jovem). “Até mesmo a garrafa, não queríamos que fosse uma coisa delicada que fica na prateleira e ninguém toca”, diz Ackerley. “Queríamos que fosse familiar e resistente na sua mão, como se você pudesse jogar para um amigo do outro lado da praia.”

Usar a destilaria da família de Maas nos Estados Unidos teria sido um caminho fácil, mas, no fim, o único lugar em que o Papa Salta poderia ser produzido era na Austrália — terminando na destilaria Lord Byron em Byron Bay. “Margot sempre fala sobre como o cenário de comidas e bebidas é negligenciado internacionalmente”, diz Ackerley. “Por mais acessível e familiar que o Papa Salt seja, é uma bebida premium. É feito de uma maneira muito bonita em uma instalação familiar e de desperdício zero em Byron Bay, usando botânicos nativos da Austrália. Então, esperamos que possa ser um ponto de acesso para descobrir o quanto a saída é incrível aqui, inclusive quando se trata de gin. Estamos enfrentando algumas pequenas destilarias muito boas. O consumidor de gin australiano vai ser o mais exigente, então se fizer sucesso aqui, sentiremos confiança de levá-lo para qualquer lugar. Se os australianos gostarem, estamos feitos.”

Fonte | Tradução & Adaptação: Equipe Margot Robbie Brasil

Incorporando a Barbie para a capa e recheio da edição de junho/julho da Vogue, Margot Robbie fala sobre o filme em uma entrevista detalhando os passos da produção com participação da diretora, Greta Gerwig, da equipe e do elenco. Veja o ensaio e leia a entrevista abaixo:

Margot Robbie não era fanática pela Barbie quando era criança. Ela nem ao menos tem certeza se já teve uma Barbie. “Eu acho que não”, ela me diz no café da manhã em Venice Beach. “Eu sei que a minha prima tinha várias Barbies e eu ia para a casa dela.” Crescendo em Gold Coast, na Austrália, Robbie passou muito tempo ao ar livre. Ela e a prima faziam tortas de lama. Brincavam com carrinhos. E brincavam com Barbies. Na maioria das vezes, elas construíam fortes, “cubbies” em inglês australiano. “Era o que fazíamos todos os dias.”

Estamos a alguns quarteirões do calçadão de Venice, no Great White, um restaurante australiano, e eu perguntei para Robbie o que a levou a produzir e estrelar em um filme live-action da Barbie, que estreia em julho. “Não é que eu sempre quis interpretar a Barbie ou sonhava em ser a Barbie, nada do tipo”, disse a atriz de 32 anos. “Isso vai soar idiota, mas eu realmente nem pensava em interpretar a Barbie até anos depois do desenvolvimento do projeto.”

Não soa idiota, mas a noção de que Robbie, que teve seu papel de estreia em O Lobo de Wall Street descrito no roteiro do filme como “a loira mais gostosa do mundo”, não se via no papel da Barbie quando buscou os direitos para cinema da Mattel, parece contraditória. E, no entanto, a pessoa sentada do outro lado da mesa não parece um mulherão. Não no sentido convencional, de qualquer forma.

Robbie está usando uma blusa vintage de mangas longas da Harley-Davidson e um macacão curto e justo, o tipo de coisa que uma lutadora adolescente usaria para treinar. “Me faz parecer uma criançona”, diz ela sobre o macacão em um momento. (Não faz nada disso). Nos pés, ela usa tênis New Balance e meias listradas de academia que ela comprou recentemente no Japão, com os dizeres “Você é garoto da cidade?” em torno dos calcanhares. O cabelo dela está preso para trás em duas tranças francesas, exibindo brincos dourados de sereia que ela comprou em Ibiza. Embora ela seja incrivelmente linda, a aura de Robbie é como de uma fada e um pouco selvagem. É fácil imaginar que ela tenha acabado de fugir de um circo.

Uma certa fisicalidade praiana era evidente de longe. Para essa entrevista, Robbie queria ir andar de patins. Presumi que alugaríamos rollerblades. Acontece que Robbie tem os dela e achou que eu também tinha. (Não tenho.) Robbie então ofereceu-me um de seus pares porque ela também tem patins antigos. (Mais tarde, quando estou colocando os rollerblades, descubro que eles não possuem freio. “Espera, cadê os freios?” pergunto. “Ahhhhh,” responde ela, soltando uma risada rouca. “Esqueci. Tirei os freios porque odeio frear.”)

Os planos estavam feitos. Depois do café da manhã, iríamos andar de patins no calçadão, depois caminharíamos até a sorveteria favorita de Robbie, Salt & Straw. Robbie precisava sair às 14h em ponto, fui avisada. Ela tinha uma reunião às 15h com o roteirista de O Urso do Pó Branco, Jimmy Warden, cuja estreia como diretor está sendo produzida pela LuckyChap. Essa última combinação de detalhes começa a transmitir a atmosfera geral da verdadeira Margot Robbie: Ela chegará com vários patins sem freio, e sairá às duas em ponto.

Entre mordidas em torradas de abacate, sanduíches de queijo Halloumi e bacon à moda australiana — “Torra bastante”, diz ela para o garçom —, Robbie me conta a história de origem de Barbie em uma velocidade no estilo O Sucesso a Qualquer Preço. Houve tentativas anteriores de fazer um filme da Barbie. Amy Schumer esteve no elenco em um momento. Anne Hathaway, também. Esses projetos nunca saíram do papel. Robbie ficou vigiando o status. Como produtora, ela viu um grande potencial na marca Barbie. “A palavra em si é mais reconhecida ao redor do mundo do que praticamente qualquer outra coisa, exceto pela Coca-Cola.”

Em 2018, Robbie sentiu uma abertura. Então, ela se encontrou com o CEO da Mattel, Ynon Kreiz, no Polo Lounge. A reunião era para apresentar a Luckychap, produtora que ela dirige ao lado do amigo, Josey McNamara, e do marido, Tom Ackerley, para a Mattel. “Somos a Luckychap”, disse ela. “Essa é a nossa produtora. Isso é o que fazemos e o que defendemos. É por isso que deveríamos fazer o filme da Barbie. E faríamos dessa forma.”

A LuckyChap não tinha um conceito específico em mente, mas eles sabiam de uma coisa. “É claro que queríamos honrar o legado de 60 anos que a marca possui,” diz Robbie. “Mas temos que reconhecer que existem muitas pessoas que não são fãs da Barbie. Na verdade, não são apenas indiferentes à Barbie. Elas odeiam a Barbie de verdade. E possuem um problema sério com ela. Precisamos encontrar uma maneira de reconhecer isso.”

Houve reuniões maiores com a Mattel, depois com a Warner Bros., onde a LuckyChap tinha um contrato de exclusividade na época. Eventualmente, Robbie começou a falar com Greta Gerwig sobre escrever e dirigir o filme. “Eu estava com muito medo dela dizer não”, disse Robbie. “Naquela época, era assustador aceitar uma coisa assim. As pessoas diziam: “Você vai fazer isso?’” Mas Gerwig aceitou, com a condição que pudesse escrever com o parceiro, Noah Baumbach. “Parecia brilhante para mim de um jeito promissor”, disse Gerwig mais tarde. “Fui eu quem disse: “Noah e eu vamos escrever.” (Baumbach: “Ela me deu a notícia depois que já estávamos escrevendo.”)

A Luckychap queria que Gerwig e Baumbach tivessem liberdade criativa completa. “Ao mesmo tempo,” diz Robbie, “temos duas empresas gigantes, Warner Bros. e Mattel, nervosas dizendo: “Quais são os planos deles? O que vão fazer? Qual vai ser o enredo? O que ela vai falar?” Eles tinham milhões de perguntas.” No fim, a LuckyChap encontrou uma maneira de estruturar um acordo para que Gerwig e Baumbach tivessem a liberdade de escrever o que quisessem, “o que foi muito difícil.”

Gerwig e Baumbach compartilharam um mimo, Robbie adiciona: “Greta escreveu um poema abstrato sobre a Barbie. E quando digo abstrato, quero dizer muito abstrato.” (Gerwig se recusa a ler o poema para mim, mas diz que “possui semelhanças com o Credo dos Apóstolos.”) Ninguém na LuckyChap, Mattel ou Warner Bros. viu qualquer página do roteiro até estar finalizado.

Quando peço para Gerwig e Baumbach para descrever o processo de escrita de Barbie, as palavras “desimpedido” e “livre” são usadas muitas vezes. O projeto parecia ter “uma grande abertura”, Gerwig me conta. “Realmente havia um tipo de caminho desimpedido, livre, que podíamos continuar seguindo”, diz Baumbach. Parte disso teve a ver com o fato de que seus personagens eram bonecas. “É como se você estivesse brincando de boneca quando você escreve algo, e nesse caso, é claro, havia essa camada extra de que eram realmente bonecas”, relata Baumbach. “Foi uma brincadeira literalmente imaginativa”, disse Gerwig. O fato de estarem escrevendo o roteiro durante o lockdown também foi importante, relata Baumbach. “Estávamos na pandemia e todos estavam com aquele sentimento de quem sabe o que será do mundo. Isso também deu um gás. O sentimento de bom, não vai dar em nada.”

Robbie e Ackerley leram o roteiro de Barbie ao mesmo tempo. Uma certa piada na primeira página os deixou de queixos caídos. “Nós olhamos um para o outro, puro pânico em nossos rostos,” lembra Robbie. “Pensamos: “Puta merda.’” Quando Robbie terminou de ler, “acho que a primeira coisa que eu disse para o Tom foi: “Isso é genial. Que pena que não vamos conseguir fazer esse filme.”

A LuckyChap fez o filme, é claro, e é realmente aquele que Gerwig e Baumbach escreveram. (Infelizmente, a piada da primeira página já era.) Se você viu o trailer lançado em dezembro, você viu o começo do filme. É uma paródia da cena A Aurora do Homem de 2001: Uma Odisseia no Espaço. Porém, em vez de macacos descobrindo ferramentas na presença de um monólito, menininhas quebram suas bonecas bebês na presença de uma Barbie gigantesca. Robbie, caracterizada como Barbie, aparece usando um maiô preto e branco e saltos altos. Ela abaixa lentamente um par de óculos de sol branco e dá uma piscadinha.

Eu vi mais um pouco do filme em uma manhã no lote da Warner Bros. Depois da paródia de Kubrick, nós seguimos para uma experiência na Barbielândia, “uma louca fantasia de beleza”, como Sarah Greenwood, a cenógrafa do filme, descreve mais tarde. A Barbie acorda em sua Casa dos Sonhos e embarca no Dia Perfeito, acompanhada de uma canção original que serve de trilha sonora. (Não posso contar quem canta.) Tudo em todos os lugares é rosa. “Nunca mergulhei tão fundo no rosa em toda minha vida”, disse Greenwood. O mundo perfeitamente falso e saturado da Barbie possui muitas das peculiaridades e limitações físicas da versão em brinquedo. O ambiente nem sempre é tridimensional e a escala de tudo é um pouco estranha. Barbie é um pouco grande demais para a casa dela e para o carro. Quando ela toma banho, não tem água. Os pés descalços permanecem arqueados.

O maiô que Robbie usa na sequência da Aurora da Mulher é uma réplica do que foi usado pela primeira boneca Barbie em 1959. Durante o Dia Perfeito, a Barbie muda de roupas constantemente. A progressão — uma saia de poodle, um look disco — equivale a uma pesquisa sobre a moda da Barbie durante os anos, diz Jacqueline Durran, figurinista do filme. (De maneira sensata, a pesquisa não inclui roupas mais retrógradas do passado da Barbie, como a da Festa do Pijama de 1965, que vinha com uma pequena balança de banheiro parada em 49kg e um livro intitulado Como Perder Peso que aconselhava: “Não coma.”)

“O principal sobre a Barbie é que ela se veste com uma intenção”, Durran me conta. “A Barbie não se veste para o dia, ela se veste para uma tarefa.” A tarefa pode ser uma atividade de lazer ou um emprego. Uma cena zomba da maneira como o universo da Barbie parece misturar as duas coisas. “Meu trabalho é só a praia”, explica o Ken.

O Ken é interpretado com uma desenvoltura idiota por Ryan Gosling. “A melhor versão de Ryan Gosling já exibida nas telas”, na avaliação de Robbie. (Gosling: “Ken não estava realmente na minha lista de desejos. Mas, para ser justo, não tenho uma lista de desejos. Então pensei em dar uma chance.”) Na Barbielândia, o Ken é basicamente outro acessório de moda. “A Barbie tem um ótimo dia todos os dias”, ouvimos em uma narração feita por Helen Mirren. “O Ken só tem um ótimo dia se a Barbie olhar para ele.” A Mattel introduziu o primeiro boneco Ken em 1962, em resposta a cartas exigindo que a Barbie tivesse um namorado. “A Barbie foi inventada primeiro”, aponta Gerwig. “O Ken foi inventado depois da Barbie, para abrilhantar a posição dela aos nossos olhos e aos olhos do mundo. Esse tipo de mito da criação é o oposto do mito da criação em Gênesis.”

Assim como a Barbie recebeu grandes seios sem mamilos, o Ken ganhou uma “protuberância” suave, como a Mattel se referiu na época. Juntos, sua anatomia parcial peculiar sugere um mundo escondido de coisas de adultos. Gerwig: “Você sente que há algo lá, o que faz parte do fascínio. Não está claro como tudo isso funciona, mas não passa batido.” Esse sentimento vago de mistério é capturado em uma troca cômica que a Barbie e o Ken têm na frente da Casa dos Sonhos. “Pensei em ficar aqui essa noite”, diz o Ken. “Por quê?” pergunta a Barbie. “Porque somos namorada e namorado”, responde o Ken. “Para fazer o que?” questiona Barbie. “Não sei direito”, afirma o Ken.

Barbie conquistou amigas durante os anos. Primeiro veio Midge, sua melhor amiga de anos, e depois Christie, uma das primeiras amigas negras da Barbie. (A Mattel não apresentou uma Barbie negra até 1980 e um documentário futuro, Black Barbie, explora seu legado.) Quando Gerwig fez um tour pela Mattel, ela descobriu que a maioria das bonecas da linha Barbie se chamam Barbie. “Nem todas as bonecas se chamam Barbie. Todas são a Barbie e a Barbie é todas elas. Filosoficamente, pensei: “Bem, isso é interessante.’” Quando mais ela pensava nisso, mais a multiplicidade das Barbies sugeria “uma ideia expansiva de identidade com a qual todos poderíamos aprender.”

Durante o processo de elenco, Gerwig e Robbie procuraram pela “energia da Barbie”, uma certa combinação indescritível de beleza e exuberância que elas concluíram estar incorporada em Gal Gadot. Robbie: “Gal Gadot é a energia da Barbie. Ela é tão incrivelmente linda, mas você não a odeia por ser assim, porque ela é tão sincera e gentil de uma maneira tão entusiasmada que chega a ser boba. É um passo antes de se tornar boba.” (Gadot não estava disponível.) Elas encontraram suas Barbies em Issa Rae, Hari Nef, Emma Mackey, Dua Lipa, Sharon Rooney, Ana Cruz Kayne, Alexandra Shipp, Kate McKinnon e outras. (Há vários Kens também). Nessa coleção, Rae é a Barbie Presidente. Robbie é a Barbie Estereotipada.

Antes das filmagens começarem em Londres, Gerwig deu uma festa do pijama para as Barbies no Hotel Claridge. Os Kens foram convidados para dar uma passadinha, mas não para ficar a noite. (Gosling não pôde comparecer, então mandou um telegrama musical na forma de um idoso escocês usando um kilt que tocava gaita de fole e fazia o discurso de Coração Valente.) Quando a produção estava em andamento, a LuckyChap organizava sessões semanais de filmes no Eletric Cinema em Notting Hill. Todo domingo de manhã, o elenco e a equipe eram convidados para assistir a um filme que serviu de referência para Barbie. Eles chamavam de “igreja do cinema.”

Gerwig teve a sensação de que Barbie estava sendo guiado por antigos musicais Tecnicolor gravados em estúdios, então eles assistiram vários do gênero, os mais úteis sendo Os Sapatinhos Vermelhos e Os Guarda-Chuvas do Amor. “Eles possuem um nível tão alto do que chamamos de artificialidade autêntica”, diz Gerwig. “Você tem um céu pintado em um estúdio. É uma ilusão, mas também está realmente lá. O cenário pintado está realmente lá. A tangibilidade do artifício é algo que sempre revisitamos.” O diretor de fotografia, Rodrigo Pietro, que filmou O Lobo de Wall Street, Babel, Argo e O Segredo de Brokeback Mountain, criou uma paleta de cores especial para Barbie mantendo isso em mente. Gerwig chamou de Tecni-Barbie.

Todo protagonista precisa ter uma jornada de herói e a Barbie Estereotipada não é exceção. O primeiro sinal de problema aparece durante uma coreografia de dança em grupo. Dançando a coreografia na frente do grupo, ela de repente vira para outra Barbie e pergunta: “Vocês já pensaram na morte?” Mais tarde, ela acorda e descobre que seus pés não estão mais arqueados. “Não tenho contexto para isso, mas meus calcanhares estão tocando o chão”, diz ela. “Você está com defeito”, responde outra Barbie.

Eventualmente, a Barbie Estereotipada vai para o “mundo real”. Não sei por que ela faz essa aventura em particular porque só me permitiram assistir os primeiros 20 minutos do filme, e então, avançando, os primeiros momentos no mundo real. Eu sei que o Ken vai com ela. Se você viu as fotos de Robbie e Gosling andando de patins no calçadão de Venice no ano passado usando neon da cabeça aos pés — as fotos que começaram uma tendência de rosa choque com a hashtag Barbiecore no TikTok e nas passarelas —, você viu um pouco do pouso alienígena de Barbie e Ken.

Depois do café da manhã, Robbie e eu passeamos de patins no calçadão. Como esperado, Robbie está completamente à vontade. Ela aprendeu a andar depois que patinou no gelo em Eu, Tonya, a biografia da LuckyChap sobre Tonya Harding, e por isso ela não gosta de freios. “Nunca tive freios nos patins de gelo, então isso me atrapalharia.”

Passamos pelo lugar em que ela filmou as cenas do mundo real no ano passado, depois paramos no parque de dança de patins e assistimos os dançarinos rodopiarem. “Já fui uma vez”, diz Robbie quando pergunto. “Em Babilônia, uma das figurantes era uma patinadora muito descolada no Instagram e estávamos conversando sobre patins. Eu perguntei: “Você quer me ensinar algumas manobras no fim de semana?” E ela respondeu: “Sim, claro.” Então, fomos e ela fez a gentileza de me ensinar a dançar de patins.”

Durante o dia, pergunto várias vezes para Robbie como ela encontrou sua personagem como Barbie. Mais tarde, entrevistando o resto do elenco, começo a entender que, em um filme com um elenco nessa escala, nenhum personagem existe sem os outros. Como Ana Cruz Kayne explica, consiste em encontrar o seu espaço no grupo. “É como quando uma criança mais nova pergunta na Festa da Libertação: “O que torna essa noite diferente das outras?” É tipo, o que torna essa Barbie diferente das outras?”

Hari Nef tomou uma decisão particular sobre o dono de sua Barbie. “Um colecionador de bonecas”, Nef me conta. “Um homem gay de 50 anos que vive em um apartamento alugado em West Village.” Ela pegou essa dica de seus figurinos. “Fiquei com os figurinos mais exagerados, fashion e loucos. E eu pensei: “Essa não é uma boneca de uma criança.” Além disso, sua Barbie parece bem preservada. “Tenho a sensação de que toda semana ele convida dois ou três amigos, talvez ele seja um pouco solitário, e mostra minha nova roupa. E eu fico dentro da minha caixa.”

Gosling desvia quando pergunto como ele encontrou seu personagem — “Não seria muito Ken da minha parte falar sobre o Ken” —, porém diz que Robbie deu uma ajuda. “Ela deixava um presente rosa com um laço rosa, da Barbie para o Ken, todos os dias enquanto filmávamos. Todos os presentes tinham relação com praia, como um colar de conchas ou uma placa que dizia “Reze pelo surf” porque o trabalho do Ken é só a praia. Eu nunca entendi o que isso significa. Porém, senti que ela estava tentando ajudar o Ken a entender por meio desses presentes.”

A Barbie Estereotipada foi dura de roer. Geralmente, Robbie acha algo chamado “trabalho animal” útil. Tonya era um pitbull na vida e uma égua selvagem no gelo. Nellie, a personagem de Robbie em Babilônia, era um polvo e um texugo do mel. Um polvo porque eles são sobreviventes, possuem muitas terminações nervosas, fluidez e mudam de aparência. Um texugo do mel porque possuem costas quadradas e pele grossa. “São animais insanos”, diz Robbie. “Você pode bater em um texugo do mel com um facão.” Com a Barbie, o trabalho animal não foi útil. Robbie tentou um flamingo, mas não chegou a lugar algum. Em um momento, ela estava realmente com dificuldade. “Eu disse: “Greta, preciso passar por essa jornada de personagem.” E a Greta disse: “Ah, eu tenho um podcast muito bom pra você.’” Gerwig enviou um episódio de This American Life, sobre uma mulher que não faz introspecção, para Robbie. “Sabe como você tem uma voz na sua cabeça o tempo todo?” diz Robbie. “Essa mulher, ela não tem essa voz na cabeça dela.”

Para resolver a questão da sensualidade, Robbie precisou destrinchá-la. “Tipo, tudo bem, ela é uma boneca. É uma boneca de plástico. Ela não possui órgãos. Se ela não possui órgãos, ela não possui órgãos reprodutivos. Se ela não tem órgãos reprodutivos, ela sentiria desejo sexual? Não, acho que não poderia.” Portanto: “Ela é sexualizada. Porém, ela nunca deveria ser sexy. As pessoas podem projetar sexo nela.” Logo: “Sim, ela pode usar uma saia curta, mas porque é divertido e é rosa. Não porque ela quer que você olhe para a bunda dela.”

Tentei extrair mais detalhes sobre o resto de Barbie. O enredo é parcialmente inspirado em algo que Gerwig leu quando era criança, no bestseller de 1994, Reviving Ophelia. “Minha mãe pegava uns livros na biblioteca sobre maternidade e depois eu lia”, diz Gerwig. O livro descreve uma mudança abrupta que acontece com as meninas americanas quando elas chegam na adolescência e começam a se curvar às expectativas externas. “Elas são engraçadas, ousadas, confiantes e então, elas só… param”, relata Gerwig. Essa memória apareceu no começo da escrita e Gerwig achou “chocante”, a percepção de que era para onde a história precisava ir. “Como essa jornada é a mesma de uma menina adolescente? Do nada, ela pensa: “Ah, eu não sou boa o bastante.’”

Há uma paleta de cores completamente diferente para o mundo real, Pietro menciona quando nos falamos. Tecni-Barbie é apenas para o mundo da Barbie. “Queríamos criar um visual diferente para a Barbie, para o mundo dela, em oposição ao mundo real”, diz Pietro.

Além disso, o padrão de fala de Robbie muda. Ela menciona isso quando descreve a falta de sotaque da Barbie. (A Barbie não deveria soar como se fosse de algum lugar particular, portanto: “Sotaque General American. É chamado de GenAm.” No começo do filme, Barbie fala em uma nota mais alta e “tudo é muito definido. Não existe pensar duas vezes. Não há hesitação.” Depois, a voz dela abaixa e há mais pausas.

Algo importante parece acontecer com os Kens. Quando pergunto para Gerwig como ela e Robbie definiram a energia do Ken, ela não consegue formular uma resposta sem rir. “Os Kens passam por uma jornada”, diz ela eventualmente. “No começo do filme, ninguém pensa no Ken. Ninguém se preocupa com o Ken. O Ken não tem uma casa. Ou um carro. Ou um emprego. Ou qualquer poder. E isso vai ser, hm, insustentável.”

Novos personagens são introduzidos no mundo real. Um deles é o CEO da Mattel, interpretado por Will Ferrell. Robbie descreve o personagem como: “Equivocado, mas de um jeito inocente. Ele se importa com as crianças e com os sonhos delas do jeito menos assustador possível.” Outra personagem é Gloria, interpretada por America Ferrera. Não se sabe ao certo quem é Gloria, mas ela definitivamente não é uma Barbie. “Acho que posso dizer que minha personagem tem uma conexão muito forte cm a Barbie”, Ferrera me conta. Nas fotos que viralizaram das gravações de Venice, há algumas de Robbie e Ferrera andando de patins lado a lado, de mãos dadas. Robbie usa uma roupa de cowgirl em jeans rosa.

Quando Robbie estava no último ano da escola, precisou preencher um questionário sobre suas esperanças e seus sonhos. Ela recentemente encontrou as respostas e abriu no celular quando perguntei como ela começou a atuar. Estamos voltando da Salt & Straw, casquinhas de sorvete de sal marinho e caramelo nas mãos. Robbie lê na voz aguda de sua versão mais nova. “Interesses: Sair com meus amigos. Sonhos futuros: Atriz de Hollywood, gestora de eventos, dona de hotel.” A combinação a faz rir. “Hm, pois é, tenho vários empregos de atriz de Hollywood, dona de hotel e gestora de eventos.”

Uma maneira de mapear a ascensão subsequente de Robbie é como uma série de movimentos corajosos. Em seu teste para O Lobo de Wall Street, ela saiu do roteiro e deu um tapa no rosto de Leonardo DiCpario. Ela nunca havia conhecido Quentin Tarantino quando escreveu uma carta dizendo que gostaria de trabalhar com ele e, logo depois, estava interpretando Sharon Tate em Era Uma Vez em Hollywood. Quando filmou uma certa cena em Babilônia, ela saiu do roteiro novamente e beijou Brad Pitt. Talvez Gosling expresse melhor: “Ela tem o tipo de coragem que você só consegue se literalmente passa a infância nadando em águas infestadas de tubarões.”

Robbie tem uma longa lista de diretores com quem gostaria de trabalhar, como atriz e produtora. Ela está trabalhando na lista. “Greta esteve nela por um longo tempo”, diz ela. “Damien também estava há muito tempo”, diz se referindo a Damien Chazelle, diretor de Babilônia. Robbie recentemente riscou outro nome na lista, Wes Anderson. Ela tem um papel pequeno em Asteroid City. “PTA é um grande nome que ainda não risquei”, diz ela, se referindo a Paul Thomas Anderson. “Ele está ciente?” pergunto. “Ele está ciente”, responde ela.

Quando Robbie não está trabalhando, ela costuma checar os sites de empresas de trem ao redor do mundo. “Tudo o que eu quero é morar em um trem”, afirma. O Expresso do Oriente esteve em sua lista de desejos por muito tempo, e ela e Ackerley finalmente riscaram esse item no ano passado. Eles começaram no British Pullman — Wes Anderson decorou um dos vagões e Robbie queria andar nele — e depois pegaram o Expresso Oriente durante a noite de Paris para Veneza. “Eu estava assistindo a versão de Sidney Lumet de Assassinato no Expresso do Oriente enquanto estava a bordo, só porque sou uma idiota, e ficava verificando os fundos de cada cena”, disse Robbie. De manhã, eles acordaram na Suíça. “Você literalmente acorda, abre a janela e parece que está em A Noviça Rebelde.”

A viagem recente do casal até o Japão foi parcialmente para andar no Seven Stars, um trem de sete vagões que atravessa a ilha de Kyushu. Eles também ficaram um tempo em Tóquio e Kyoto atrás de restaurantes de macarrão que Robbie havia lido em blogs de comida. Eles esperaram na fila por três horas e meia em um lugar em Tóquio para provar um udon carbonara, o que parece um sacrilégio, mas acabou sendo “a melhor coisa que já aconteceu comigo.”

O macarrão era grosso e cremoso, vinha com pimenta moída, um pedaço de manteiga, bastante queijo parmesão, ovo cru e cebolinha. “E eles tinham um pedaço enorme de tempura de bacon que era, tipo, desse tamanho”, Robbie faz um gesto para indicar a magnitude do bacon. “Era tipo um sanduíche de trinta centímetros do Subway.” (Antes de conseguir um papel grande em uma novela australiana, Robbie trabalhou no Subway em Melbourne.)

O interesse de Robbie por comida não se estende até a cozinha. “No nosso grupo de amigos em Los Angeles e Londres, todos os meninos cozinham, amam cozinhar e são bons nisso”, diz ela. “E nenhuma das meninas cozinha, nós amamos beber e somos muito boas nisso.” Robbie acha estressante cozinhar. Ela se distrai facilmente. “Tudo pode pegar fogo na cozinha. Não tô brincando.” Ela já colocou fogo em três tenderes de Natal. A última vez foi porque o tender cozido não estava torrado o bastante. Ackerley tem muitos utensílios de cozinha, incluindo um maçarico. “Então, eu pensei: “Ótimo, vou usar o maçarico’,” diz Robbie. “De alguma forma, até isso eu fiz errado. A parte de cima caiu inteira. O fluido de isqueiro derramou na minha mão. Todo mundo começou a gritar. Estranhamente, não me machuquei. Ele pegou fogo, então fiz assim…” Ela esfrega uma mão na outra, imitando como apagou o fogo. “Foi como um truque de mágica.”

Eu me encontro com Robbie mais uma vez algumas semanas depois, em uma gravação para uma campanha de beleza da Chanel. (Ela é embaixadora da grife.) A filmagem acontece em um estúdio em East Hollywood. A equipe de Robbie está reunida ao redor de um grande monitor exibindo a gravação sendo filmada em outro cômodo. A Robbie que está na tela parece estar em um cinema. Ela está usando óculos de sol preto da Chanel e batom vermelho, seu rosto ocupa a maior parte do quadro. Parece que estamos vendo Robbie assistindo a um filme. A luz do filme de mentirinha ilumina o rosto dela.

Quando a gravação faz uma pausa para o almoço, encontro Robbie no camarim dela. Ela está usando uma blusa preta de chiffon de bolinhas, calça combinando e botas pretas de couro envernizado. Estou tão imersa em tudo sobre a Barbie que só consigo pensar em: Barbie Chanel. “Você mudou de forma”, digo enquanto nos sentamos. “É uma versão bem diferente”, afirma ela. O conceito da campanha é abstrato, diz Robbie quando pergunto se existe algum. “É tipo: Estou em um carro! Estou numa boate. Estou em quarto! É um hotel? Não sei! Estou em um cinema. Estou assistindo o que filmamos. E agora, volto a passar o batom.”

Entre gravações para a Chanel, Robbie está no modo produtora. A LuckyChap está terminando Saltburn, o segundo filme de Emerald Fennell, que escreveu e dirigiu Bela Vingança. (Fennell interpreta a Midge em Barbie.) E eles estão próximos de finalizar Barbie. Eles têm três dias de fotografia adicional e muita mixagem pela frente. “Você precisa começar a finalizar as coisas para começar a enviar os rolos”, diz ela. Eles ainda estão editando o segundo trailer. Depois, precisam organizar o resto da estratégia de marketing e de estreia. O lançamento vai ocupar a agenda de Robbie durante todo o verão. “Eu sou completamente Barbie daqui até o lançamento de Barbie.”

Fonte | Tradução & Adaptação: Equipe Margot Robbie Brasil