Margot foi entrevistada na manhã de hoje pelo jornal LA Times e falou sobre sua indicação ao Golden Globes, assim como de sua parceira de cena Allison Janney, e mais! Confira:

Onde você está?
Estou aqui em Los Angeles, estou em casa.

Você estava acordada esta manhã para assistir as indicações?
Não, eu estava dormindo. Eu acordei para me preparar antes de algumas reuniões nesta manhã e meu celular estava explodindo, eu tinha 70 mensagens. E eu pensei, meu Deus, o mundo acabou? E quando eu abri as mensagens vi que todo mundo estava me dando parabéns.

O que você acha que as pessoas estão respondendo no filme?
Eu não sei, não é uma biografia tradicional, o roteiro e o filme realmente quebram o molde quando se trata do que você espera ver em um filme. E eu acho que as pessoas gostam disto, é mais original e atraente esse jeito.
Tivemos uma resposta extraordinária. Estávamos fazendo um Q&A ontem no Dome, no Arclight, e estava completamente lotado e foi louco perceber que tantas pessoas estavam interessadas no nosso filme.

Considerando seu papel como produtora, não só atriz, isso deve ser bem melhor.
Absolutamente, quando você produz um filme você dedica anos da vida a isso. A ideia de colocar tanto tempo e esforço em algo e ninguém ir ver seria de partir o coração, então ter tantas pessoas não só querendo ver mas respondendo tão positivamente é incrível.

Por que Tonya? O que está conectando a história dela com o público agora?
Há tantos elementos da história, do roteiro e do nosso filme especificamente. É um filme muito interessante, as pessoas se envolvem nele, mas também há uma grande conversa sobre as classes na América, a privação dos direitos, a mídia e como consumimos isso sem questionar. E a ideia do que uma mulher deve ser, o que nos dizem para ser para conseguirmos nos encaixar. Há tantas conversas grandes, tanto que quando estávamos filmando nós não tínhamos percebido o quão atual seria. Agora parece que veio tudo para a nossa mente, tanto quando o filme saiu como com o ponto que a sociedade atingiu esse ano. Eu acho incrivelmente relevante, assustadoramente relevante, na verdade, mas também divertido, que é o que queremos fazer como cineastas, divertir e desafiar o público. Se você consegue fazer os dois em um filme, eu acho que isso é muito especial.

As pessoas falaram sobre como há tantos filmes centrados em mulheres esse ano, com I, Tonya, Lady Bird, Wonder Woman, Molly’s Game e outros. O que isso significa para você? O que você pensa quando vê tantos filmes centrados em mulheres tendo sucesso esse ano?
Eu fico muito animada, obviamente. É engraçado, não estou surpresa, porque eu conheço tantas mulheres brilhantes. Não somente nessa indústria, minhas amigas na Austrália estão fazendo coisas incríveis e provando novamente que mulheres são tão subestimadas e desconsideradas.
Todas estão deixando suas vozes serem ouvidas esse ano, e eu acho isso fantástico. Quando você vê Sofia Coppola ganhar em Cannes, e você vê Mulher Maravilha arrasar na bilheteria, isso dá muita coragem para todos que estão tentando fazer suas vozes serem ouvidas.

I, Tonya é dirigido por um homem, Craig Gillespie, e muitas pessoas hoje estão falando sobre o fato de que nenhuma mulher foi indicada por direção. Então mesmo quando as coisas parecem estar avançando, você ainda esbarra com algum tipo de bloqueio.
Ainda há muito caminho a percorrer e, claro, sempre há coisas que precisamos trabalhar e fazer melhor como sociedade, indústria e indivíduos. Mas eu também acho que precisamos tirar esse tempo para comemorar as conquistas maravilhosas, e hoje é um dia para comemorar.

Deve ser emocionante para você ver Allison Janney indicada também.
É incrível. Desde o primeiro segundo em que li sua personagem, eu pensei que ela ia arrasar, e ela arrasou. Ela realmente fez algo espetacular com essa personagem e trabalhar com ela honestamente foi um dos destaques da minha carreira.

Fonte | Tradução & Adaptação: Equipe Margot Robbie Brasil