Margot Robbie participou do podcast da revista virtual Movie Maker onde falou sobre Bombshell e seus trabalhos anteriores. Clique aqui para ouvir e confira abaixo os destaques da entrevista:

Sobre Bombshell: “Quando eu aceito um projeto, geralmente é pelo personagem primeiro e depois olho para o resto. Nesse caso, eu assinei pela mensagem do filme e depois voltei e fiquei pensando quem era a Kayla e como eu iria interpretá-la. Eu não entendo ela de jeito nenhum. E eu não tinha muita experiência pessoal porque não cresci nos Estados Unidos, minha família não assistia a Fox News, eu não entendia o ponto de vista político dela. Para seu ponto de vista político, eu pesquisei muito e comecei uma conta falsa no Twitter e segui várias meninas conservadoras que são extremamente vocais nessa rede social, e isso ajudou muito. E sobre sua jornada emocional já estava mapeada. Não foi difícil me colocar no lugar dela e entender como me sentiria ou reagiria naquela situação.”

“Eu acho que o personagem se torna real para mim quando eu atuo com outros atores. Eu dependo completamente dos meus colegas de elenco quando se trata de construir um personagem porque o jeito que eles interpretam os deles afeta o meu. Eu tive muita sorte de trabalhar com os atores que trabalhei, mas sou particularmente grata obviamente por estar em uma cena com Nicole Kidman, Charlize Theron e John Lithgow. Mas eu também passei muito tempo com Kate McKinnon e eu realmente encontrei a Kayla nas minhas interações com a Kate. Ela é tão fantástica e nos demos bem imediatamente, nossas personalidades combinaram. A Kayla obviamente tem uma jornada extremamente perturbadora e desconfortável, mas também tem muita alegria, risadas e diversão nesses momentos com a personagem da Kate e foi onde ela se tornou real para mim.”

Sobre sotaques: “As pessoas não ficam mais impressionadas com isso. Eu ganhei muito crédito depois de O Lobo de Wall Street porque as pessoas achavam que eu era do Brooklyn. Eu deveria lembrá-los… Honestamente, isso é tão integral no meu processo atual, eu nem sei se eu conseguiria atuar com sotaque australiano. Eu acho tão estranho. Já me ofereceram a oportunidade antes mas eu estou tão enferrujada porque não faço isso tem tanto tempo, nem sei se consigo mais. Eu acho mais fácil improvisar com um sotaque diferente porque me distancio do personagem. Tudo o que eu puder fazer para me distanciar do personagem me ajuda muito, por isso amo quando o personagem não se parece comigo.”

Sobre trabalhos antigos: “Eu trabalhei no Subway antes de me mudar para Melbourne. Eu trabalhava em uma loja de surf, trabalhava de faxineira e no Subway enquanto estava terminando meu último ano no ensino médio. Um mês depois que me formei, consegui o trabalho em Neighbours e pedi demissão do Subway e eu lembro de 6 meses depois o Subway me pagou para fazer um comercial para eles.”

Conselho para quem quer atuar e produzir: “Vá em frente. Eles funcionam juntos lindamente. Eu costumava falar que esperava que meu papel como atriz não fosse prejudicado pelo de produtora e vice versa. Mas hoje eu acho que sou melhor nas duas coisas porque estou fazendo os dois. Eu perguntei para a Tina Fey em Whiskey, Tango, Foxtrot como era fazer os dois e ela disse que era como um casamento: se você se preparou antes, você pode aproveitar o dia. E eu levei isso no meu coração.”

Fonte | Tradução & Adaptação: Equipe Margot Robbie Brasil