Margot conversou com o USA Today durante os dias de imprensa para I, Tonya e falou sobre o novo filme e, claro, Harley Quinn. Ela também falou mais sobre como sua produtora ajudará mulheres no auge dos escândalos em Hollywood. Confira:

Enquanto Margot Robbie pode não patinar tão bem quanto Tonya Harding, mas as duas possuem uma coisa em comum: jovens meninas que são suas fãs.

Interpretada por Robbie na biografia de humor negro I, Tonya, Harding tem altos e baixos durante sua carreira, mas abre um sorriso enorme quando uma menina se aproxima dizendo que quer ser patinadora que nem ela.

Isso lembra Robbie, 27, da época que Esquadrão Suicida estreou ano passado e uma amiga mandou para ela uma foto de uma menina no metrô de Nova York lendo um dos quadrinhos da Harley Quinn, a colorida anti heroína de Robbie em Esquadrão.

“Os pés dela não estavam nem tocando ao chão, ela era tão pequena,” Robbie relembra. “E (minha amiga) ficou tipo, ‘Hey, cara, olha o que você está fazendo. Você está mudando o mundo ou algo assim.'”

Ela pode não estar mudando ainda, mas Robbie está construindo seu ninho com papéis transformativos como Harley, Tonya e Rainha Elizabeth I (em Mary, Queen of Scots, esperado para novembro de 2018) e sua produtora LuckyChap Entertainment (co-fundada com seu marido Tom Ackerley).

Não que ela se preocupa sobre isso tudo quando ela está usando aparelho como a estranha Tonya de 15 anos de idade ou tendo um colapso nervoso nas Olimpíadas de Inverno de 1994 como a Tonya de 23 anos. “Quando estou no set, eu esqueço que o mundo todo vai ver o que estamos fazendo,” Robbie diz.

A nativa de Gold Coast, na Austrália, estava mais apta a surfar do que patinar durante a infância, e seu treinamento para I, Tonya foi um “um rude despertar,” ela diz. Harding era o rosto da patinação mundial – e um rosto vilão seguido do famoso ataque ao joelho de Nancy Kerrigan – por isso Robbie passou muito tempo no gelo. (Dublês foram usados nas coreografias mais difíceis.)

“O que eu achei viciante foi ser boa o bastante para ser muito rápida, e quando você sabe que o seu corpo é forte para sustentar essa velocidade, você se sente invencível. E eu não estava nem fazendo os saltos triplos,” diz Robbie, que também conversou com Harding como parte do trabalho preparatório. A antiga patinadora mostrou apoio desde o começo, garantindo entrevistas para a atriz e cineastas e até compareceu a premiere em Los Angeles.

O Oscar ama quando uma atriz vive uma figura real com um ponto de vista, e Hollywood já notou, diz Dave Karger, correspondente especial para o IMDb. “É a melhor coisa que ela já fez e o próximo passo para seu triunfo meteórico.”

Um dos queridinhos do Toronto Film Festival em setembro, I, Tonya pode ser a força rebelde durante a temporada de premiações: É um cavalo negro da categoria de Melhor Filme, Allison Janney (como a mãe abusiva de Tonya) é certa na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante e Karger diz que Robbie está “nas conversas” para Melhor Atriz atriz de pesos como Meryl Streep (The Post) e Frances McDormand (Three Billboards Outside Ebbing, Missouri).

Robbie está se divertindo com essa conversa de Oscar. “Eu nunca tive isso antes. Honestamente, eu não sabia que havia tantos eventos nessa época do ano,” ela diz. “Eu estou indo nas coisas o tempo todo, o que é adorável.”

Com sua nova produtora, Robbie está desenvolvendo um filme solo da Harley por si mesma (“Se eu não estiver balançando meu taco de baseball ano que vem, vou ficar devastada”) mas também vê uma oportunidade e responsabilidade em ajudar a fazer diferença em uma cidade coberta de escândalos de assédio sexual.

“É um negócio estranho onde não temos um HR Office – há muitas áreas cinzas e a atuação pode ser uma coisa muito íntima, e não há um perfil específico para qualquer trabalho ou papel,” Robbie diz. “Nós precisamos implementar algum tipo de ordem e sistema e ter certeza que as pessoas são respeitosas e criativas ao mesmo tempo e não tiram vantagem de suas posições de poder.”

Fonte | Tradução & Adaptação: Margot Robbie Brasil