Margot Robbie é capa e recheio da edição de agosto da VOGUE britânica. Fotografada por Lachlan Bailey e entrevistada por Eva Wiseman, a atriz fala sobre seu papel em O Esquadrão Suicida, Barbie e seus planos para o futuro. Confira as fotos e entrevista abaixo:

Imagine que você está correndo em uma praia, ela diz. Você está correndo muito rápido em uma praia, e se desviar para a esquerda, você vai explodir. Se pisar em uma pedra, vai explodir. ”Então, você tem que continuar no seu caminho.” Margot Robbie está repentinamente iluminada com uma alegria incomum, lembrando. Enquanto ela corria nessa praia feita por humanos em um estúdio em Atlanta, rolando no chão e parando na única pedra segura no local, pensava: ”Sim.” Ela pensava: ”Estou tendo a maior diversão da minha vida.”

Ela estava filmando Esquadrão Suicida, de 2016, a primeira parte de uma série de filmes sobre os supervilões da DC Comics que formam uma equipe secreta do governo para salvar o mundo de certas destruições. Foi a primeira vez de Robbie interpretando Harley Quinn, “psicopata profissional” e antiga namorada do Coringa, conhecida por suas marias-chiquinhas platinadas, maquiagem borrada e rosto maníaco. Ela ficou instantaneamente fisgada: desde então, interpretou a Harley em Aves de Rapina, spin-off de 2020, e no próximo mês estará vestida em neon pela terceira vez, quando a sequência do primeiro filme, O Esquadrão Suicida, for lançada.

”Essas cenas,” ela continua, quase sem fôlego, ”onde tudo está explodindo ao seu redor, e você chega no final a tempo, essas corridas heroicas de guerra enormes e épicas? Esse momentos de cinema? As meninas nunca fazem isso. Nunca.”

Enquanto Robbie conta a história, seu sorriso está tão grande que aqui, em seu sofá em Los Angeles, sua pitbull, Belle, sobe para lamber seus dentes. Ela está de pernas cruzadas, usando um moletom muito grande do Miami Heat, comendo uma tigela de cereal Cinnamon Crunch e lentamente emergindo de uma de suas enxaquecas. Ela tem enxaqueca desde que tinha oito anos, quando ainda morava em Gold Coast, no interior da Austrália, com sua mãe e três irmãos, uma dor que começa atrás de seus olhos. ”Eu poderia estar em um cômodo completamente escuro”, ela explica, massageando suas têmporas, ”e se alguém acendesse um fósforo eu ficaria, tipo, cega. Então, no set é o pior lugar – eu tomo minha medicação, sento no trailer e peço para fazerem minha maquiagem no escuro.” Ela ri, se desculpando: ”Estou muito lenta hoje.” Mas rapidamente se torna claro que essa é possivelmente a melhor hora para entrevistar Margot Robbie, levemente grogue e resmungando de forma meditativa, porque seu ritmo de outra forma, a energia cintilante, pode ser difícil de acompanhar.

Acabando de completar 31 anos, ela já tem a carreira de uma estrela com o dobro de sua idade, parcialmente porque ela sempre exige o que quer. Aos 17 anos, ela escreveu para os produtores de Neighbours, resultando em um papel no elenco regular, filmando um episódio por dia. ”Mas eu fiquei lá por meses até perceber que ninguém mais tinha um segundo emprego.” Ela fazia sanduíches no Subway naquela época. ”Eu fiquei tipo: “Você está atuando em tempo integral? Isso é possível? Ok, maneiro, vou fazer isso.” Foi uma epifania.”

Três anos depois, ela se mudou para os Estados Unidos, entrou para o elenco de uma série de época chamada Pan Am como uma comissária de bordo, e começou a sair de fininho para fazer testes para filmes. A descrição da personagem a qual ela leu para O Lobo de Wall Street, de Martin Scorsese, era: ”A loira mais gostosa do mundo”. Ela saiu do roteiro e deu um tapa na cara de Leonardo DiCaprio, lançando-a para o ar úmido da fama. Scorsese mais tarde disse ter visto uma combinação de três lendárias damas de Hollywood nela: Ida Lupino por seu ”desafio emocional”, Carole Lombard por sua habilidade com comédia e Joan Crawford por sua dureza. ”Isso mudou a minha situação”, ela diz lentamente. ”Depois, quando eu conseguia sinal verde para os projetos só por estar neles? Foi uma grande virada para mim.”

Não menos porque significou que ela mesma poderia produzir. Em 2014, ela havia se mudado para Londres, e lançou uma produtora com três de seus colegas de casa, se casando com um deles (Tom Ackerley, quem ela conheceu como diretor assistente enquanto trabalhavam na adaptação para o cinema de Suíte FrancesaLuckyChap para a produtora, com o objetivo de contar histórias de mulheres nos filmes e apoiar criadoras por trás das cenas – um plano fundamentado em negócios tanto quanto política. ”Nós ficamos realmente animados com os roteiros que nos surpreendiam, e esses são geralmente os são deixados fora do foco. Um pouquinho complexo.” O roteiro de Eu, Tonya, uma comédia obscura sobre a vida da patinadora Tonya Harding, estava rodando por aí durante um tempo antes da LuckyChap comprá-lo, e logo depois do casamento, eles começaram a filmar. O resultado foi sombrio e hilário, presenteando Robbie com sua primeira indicação ao Oscar, por Melhor Atriz.

Que foi quando ela escreveu outra carta, dessa vez pedindo por um encontro com Quentin Tarantino. Ele a contratou para interpretar Sharon Tate em Era Uma Vez… Em Hollywood, no enredo que fazia paralelo com os assassinatos da Família Manson em 1969. Visitando o set, a irmã de Tate disse que chorou ao ouvir a voz de Sharon saindo da boca de Robbie. Então aconteceu O Escândalo, onde ela interpretou Kayla, uma personagem fictícia baseada em relatos reais de várias mulheres sobre assédios sexuais enquanto trabalhavam na Fox News. Ela chegava em casa do set e suas mãos ainda tremiam. ”Acontece algo psicológico com você quando está atuando,” ela diz, ”mesmo que seu cérebro saiba que é de mentira.”

É a mesma coisa em um filme de ação, como Aves de Rapina, cujo Robbie desenvolveu e estrelou. De volta na personagem como Harley, ela parecia com a Marilyn Monroe no Burning Man, passando por um término ruim, com “Daddy’s lil Monster” tatuado em sua clavícula esquerda. ”Isso não é divertido?” Quinn diz enquanto ela e sua estranha gangue de meninas se preparam para matar todos no caminho com granadas, bestas e músculos. ”É como uma festa do pijama!” Robbie lembra: ”Há explosões e armas. E mesmo que estejam vazias, seu corpo começa a reagir como se fosse real, sua adrenalina vai no teto.” Em casa de noite, ela geralmente tem dificuldades para dormir: ”Porque meu corpo pensa que estive em uma zona de guerra.”

E, apesar disso, Robbie continua retornando para Quinn. O motivo é parcialmente porque ela consegue interpretar alguém muito diferente de si mesma (”Estou pintada de branco e usando uma peruca, estou usando algum figurino louco e com esse sotaque do Brooklyn”), apesar de ser justo dizer que Quinn está incorporada em Robbie. ”A Harley fica comigo”, ela diz, concordando. ”Mesmo em um fim de semana quando estou saindo com meus amigos, algumas vezes ela aparece e fico tipo: “Certo, vou colocar um freio nela.”

Mas é também porque ela é apaixonada em trazer mulheres para o gênero da ação. O motivo? Estou esperando, talvez, um aceno para a objetificação de personagens mulheres, ou a falta de representação, mas a verdade é mais dura. ”De um ponto de vista de negócios ou estatísticas, esses são os projetos com melhor salário. Então realmente quero advogar por mulheres escrevendo grandes filmes de ação. Além disso, a percepção de que mulheres não estão interessadas em ação é ridícula.” Ela zomba, um pequeno lampejo de fúria que se torna um sorriso. ”E mais”, ela diz, pensando em O Esquadrão Suicida, onde Quinn é enviada para destruir um laboratório da era nazista com sua equipe de condenados, seu vestido vermelho de formatura tendo como acessórios duas armas carregadas e um sangramento no nariz, ”eles são muito, muito divertidos.”

Viola Davis, que interpreta a chefe da Força Tarefa X em ambos os filmes, me conta uma história sobre um ensaio. O elenco inteiro estava reunido e, sem o conhecimento de Robbie, Jared Leto (que interpreta o Coringa no primeiro filme) estava planejando uma pegadinha. ”Eu estava dizendo alto: “Não abra a caixa!” E estava quase saindo pela porta quando ela abriu”, diz Davis, ”e viu o maior rato preto que você poderia imaginar. Então… ela fez carinho nele. Sem medo. Aberta. Receptiva. Cheia de alegria.”

Não é surpresa ouvir que Robbie tem dificuldades para dormir. De noite, na cama com Ackerley e Bunny, um coelho de pelúcia ”nojento” (palavras de Ackerley) com quem ela dorme desde sempre, sua mente não é sua amiga. ”Cenários, preocupações…” Ela puxa as mangas para cobrir suas mãos. ”Eu fico deitada e tento descobrir o que fazer sobre a mudança climática, e então lembro daquela coisa que disse sete anos atrás que soou errada, e o que está na minha lista de tarefas de amanhã.” Estamos nos encontrando em um ponto da vida em que Robbie está considerando desacelerar. ”Eu não sei se é porque estou nos trinta anos agora, ou porque a vida tomou uma direção… muito estranha. Durante a pandemia, fiquei em casa por mais tempo do que já fiquei em qualquer lugar. Estive me movendo a um milhão de quilômetros por hora desde que me lembro.” Como é isso? ”Pode ser assustador, algumas vezes. Mas agora eu finalmente sinto que está tudo bem… parar e sentar? Ou até mesmo ficar fora de algo. É um sentimento que nunca tive antes.” Ela contrai o rosto, quase culpada.

Exceto que, a ideia de Robbie de “desacelerar” inclui, mas não está limitada a: filmar o novo projeto de David O. Russell, trabalhar no próximo filme de Damien Chazelle, Babylon, várias produções da LuckyChap como a adaptação em filme do romance brilhante de Otessa Moshfegh, Meu Ano de Descanso e Relaxamento, e a preparação para o maior projeto deles até agora, Barbie, sobre os 30 centímetros de plástico mais controversos da memória viva.

”Certo, vem com muita bagagem!” ela diz, sorrindo. ”E muitas conexões nostálgicas. Mas com isso vêm muitos jeitos emocionantes de abordá-la. As pessoas geralmente escutam ‘Barbie’ e pensam: “Eu sei o que esse filme vai ser”, e então escutam que Greta Gerwig está escrevendo e dirigindo e pensam: “Oh, ora, talvez eu não saiba…” Ela está certa, existe algo emocionante sobre esse coquetel – não somente Gerwig em Barbie (uma combinação que promete abraçar as preocupações do feminismo e a memória de esfregar duas bonecas contra a outra por bastante tempo até que uma fique vermelha e irritada), mas também Barbie sendo interpretada por Robbie, “a loira mais gostosa do mundo”, que também é imprevisível, travessa, consegue navegar suavemente entre personagens, alternadamente narcisista e ingênua, mas também inteiramente capaz de explodir uma fábrica química só para se aquecer nas chamas.

Hoje, de rosto limpo com o cabelo loiro escuro, ela poderia passar por uma Youtuber adolescente, mas regularmente serve o glamour da antiga Hollywood, geralmente com uma borda ousada. Ela é embaixadora da Chanel, e seus looks no tapete vermelho incluem Chanel vintage e Rodarte bordado; no Oscar, em 2016, ela usou um vestido dourado Tom Ford que parecia o próprio troféu. Ela gosta dessas noites, ”as partes chiques”, ela diz. ”Mas eu realmente amo estar no set, coberta de sangue ou sujeira, trabalhar 19 horas por dia, ir para o pub ficar um pouco bêbada depois.”

Foi no set de filmes que ela conheceu seus melhores amigos, desde membros da equipe com os quais ela formou a produtora, sete deles compartilhando uma casa de quatro quartos em Clapham, Robbie tropeçando para fazer a estranha conferência de imprensa, até aqueles que ela conversa diariamente nos grupos de WhatsApp em três fusos horários diferentes. ”Muitas vezes me perguntam: “Como foi trabalhar com fulano e ciclano?” Sabe, um colega ator.” Uma Kidman ou um Pitt. ”E respondo: “Bom, trabalhei com 300 pessoas nesse filme. Dois deles eram atores.”

Foi no grupo do WhatsApp de membros da equipe de Londres que ela pediu ajuda para escrever uma carta aberta para Hollywood quando o movimento #MeToo floresceu, uma carta em nome das mulheres da indústria que não possuem uma plataforma. ”Filmes de super-heróis estão na moda,” ela escreveu, ”e eu deveria saber, já que me beneficiei disso. Só desejo que pudéssemos transferir um pouco desse heroísmo para a realidade. Que esses heróis que admiramos nos filmes nos defendessem contra os vilões do governo, do ambiente de trabalho, da indústria do entretenimento, e até das interações humanas mais básicas.” Isso foi em 2017, o ano em que a LuckyChap começou a desenvolver a comédia obscura de Emerald Fennell, Bela Vingança. ”Margot é completamente única, assim como a produtora que ela fundou”, diz Fennell hoje em dia, tendo vencido o Oscar de Melhor Roteiro. ”Foi inteiramente por causa dela e da teimosia, inteligência e determinação da LuckyChap que fomos capazes de fazer o filme de um jeito tão firme.”

Robbie conversou sobre o papel principal, mas decidiu que seria uma escolha óbvia – Carey Mulligan seria mais surpreendente. Ela estava certa. ”Tenho aversão a ser colocada em uma caixa. No momento que alguém me resume em duas palavras…” ela rosna. ”Quero mostrar a eles que sou o exato oposto.” Ela respira. ”Assim que você tem sucesso em um tipo de papel, as pessoas querem que você continue fazendo aquilo. O que eu acho que seria apenas… um tédio.”

Ela toma um gole de água de sua, espera… é uma garrafa de Love Island? Ela balança com alegria. A maior fã. ”Se eu fosse para a faculdade, escreveria minha tese sobre o ego masculino em Love Island.” Ela está brincando só um pouco. ”Realmente me interesso pela dinâmica do macho alfa, e vou soar como uma completa lunática agora, mas é como em Amargo Pesadelo, esse tipo de mentalidade. E você pode observar em uma alcateia de leões, em Love Island ou em filme gangster do Scorsese.” No entanto, o problema em ser extremamente bem sucedida, é que ela não tem mais tempo de assistir Love Island. ”Antigamente, eu não tinha dinheiro, mas tinha tempo. Hoje, tenho dinheiro, mas não tenho tempo.”

O cômodo ficou mais claro enquanto conversávamos, o sol entrando pela cortina moveu-se por cima da cadela dormindo, a tigela vazia, e Robbie ficou mais leve. A enxaqueca passou. ”Essa conversa me acordou!” diz em um chiado. Ela está escrevendo cartas novamente, como as que escreveu para Tarantino e para os produtores de Neighbours, enviando para as pessoas que ela deseja trabalhar em breve. Ela não dirá quem – não quer trazer má sorte, além de ser ruim para os negócios – mas ela está animada. ”Não sou boa em esperar. Se quero algo, não consigo ficar sentada”, ela diz, sentada. ”Tenho que fazer acontecer.”

Há um lugar secreto para onde ela vai, literalmente uma casa na árvore, em algum lugar no meio da Europa, quando precisa de um tempo. Ela adoraria estar lá agora, mas infelizmente, sua ambição está cutucando suas costas. ”Quero dirigir”, ela sussurra, uma apresentação de timidez. ”Gostaria de tentar escrever. Esses seriam desafios muito grandes, que para ser honesta, posso não conseguir. Também penso que dirigir é um privilégio, não um direito. Mas tenho uma história que está na minha cabeça por anos. Preciso colocar no papel para ver se é ridícula ou não.”

Existe um plano, ela diz, se inclinando, e novamente vejo em seus olhos uma alegria incomum, a alegria de alguém correndo muito rápido em uma praia, com o coração acelerado, continuando em seu caminho enquanto o mundo explode em suas costas.

Fonte | Tradução & Adaptação: Equipe Margot Robbie Brasil

O jornal Toronto Sun visitou o set de O Esquadrão Suicida em Atlanta durante as filmagens em 2019 e conversou com o diretor James Gunn, o produtor Peter Safran, além das estrelas Margot Robbie e John Cena. Margot contou sobre a evolução da Harley no terceiro filme em que interpreta a vilã e sobre seu set favorito. Confira:

Margot Robbie não é estranha aos filmes de grande orçamento. Mas olhando para uma sequência de storyboards manchados de sangue no set de O Esquadrão Suicida, a atriz indicada ao Oscar ainda está maravilhada com o tamanho do rumo e do espaço do filme de supervilões dirigido por James Gunn.

”Esse set é enorme”, diz a estrela de Aves de Rapina. ”É o maior set que eu já vi. Pensei que os de Tarzan fossem gigantes, mas esses são ainda maiores.”

Robbie, que estava no intervalo quando o The Sun visitou o set da adaptação dos quadrinhos em Atlanta em 2019, continuou a apontar entusiasmada para uma sequência de imagens de ação do próximo filme da DC.

”Nós filmamos isso ali em cima e foi muito bom porque tinham explosões e pirotecnia. Foi como se estivéssemos em Apocalypse Now ou O Resgate do Soldado Ryan. As coisas estavam explodindo em todos os cantos. A praia que eles construíram foi como realmente estar em uma praia.”

O novo filme traz de volta estrelas originais do Esquadrão, incluindo Robbie como Harley Quinn, Jai Courtney como Capitão Bumerang e Joel Kinnaman como Cel. Rick Flag. Viola Davis retorna como Amanda Waller, que despacha um grupo de ”vilões de merda” da famosa prisão Belle Reve em uma missão suicida para destruir Jotunheim, uma cadeia da era nazista localizada dentro do país fictício Corto Maltese, após o misterioso Projeto Estrela-do-Mar dar errado.

”Normalmente, quando você lê os quadrinhos, eles estão presos. Waller coloca uma bomba em seus pescoços e diz para irem em uma missão e assim irão conseguir 10 anos a menos de suas penas. Eles provavelmente vão morrer no caminho, mas não possuem escolha. É meio assim nos quadrinhos e mais ou menos como acontece também nesse filme”, Robbie diz em um resumo rápido do enredo.

Os novos membros descartáveis do Esquadrão incluem o Pacificador (John Cena), Tubarão-Rei (dublado por Sylvester Stallone), o Pensador (Peter Capaldi), Bolinha (David Dastmalchian), Doninha (Sean Gunn), Blackguard (Pete Davidson), Sábio (Michael Rooker), T.D.K. (Nathan Fillion), Mongal (Mayling Ng), Dardo (Flula Borg), Caça-Ratos 2 (Daniela Melchior) e Sanguinário (Idris Elba), que está preso por atirar no Super-Homem com uma bala de kryptonita. O criador dos quadrinhos, John Ostrander, também terá um pequeno papel como Dr. Fitzgibbon, e o diretor de Thor: Ragnarok, Taika Waititi, fará uma aparição especial em um papel não-divulgado.

”Não há a sensação de continuação do primeiro filme”, diz o produtor Peter Safran se referindo ao filme de David Ayer, Esquadrão Suicida, de 2016. ”Me perguntam muito se esse é um reboot ou sequência. Definitivamente não é uma sequência, mas também não é um reboot tradicional porque temos alguns personagens contínuos. Então, o melhor jeito de descrever é: Esse é o Esquadrão Suicida da mente de James Gunn. É a visão dele para o filme.”

Safran diz que Gunn foi a escolha perfeita para reimaginar o Esquadrão por conta de sua habilidade de juntar um grupo de heróis muito diferentes em Guardiões da Galáxia, da Marvel, e por fazer uma história emocionante por cima de toda a ação dos quadrinhos.

”James consegue dar uma história verdadeira para esses personagens, além de emoções e arcos. Ele os envia em uma missão realmente interessante que o público vai se importar, mas também vai se divertir ao longo do caminho. Ele sempre foi o melhor nisso.”

”Muitos diretores possuem um estilo, tom, estética e ritmo específicos em seus trabalhos e acho que quando você assiste um filme do James Gunn, você sabe que está assistindo um filme do James Gunn”, adiciona Robbie. ”Penso que é o caso aqui. É o tom que você já viu em seus filmes anteriores. É engraçado, muito engraçado, e cheio de ação. Mas também tem muita emoção.”

Em um estúdio pronto para uma cena na selva durante a noite, Gunn diz que a classificação para maiores do filme fez a gravação do projeto ser instantaneamente mais livre do que seu trabalho na franquia Guardiões.

”Me sinto livre nos filmes de Guardiões, mas estou escrevendo para famílias e sei disso”, ele diz diz enquanto várias estrelas do filme, incluindo Elba, Dastmalchian e Cena pausam para um intervalo do tiroteio (literalmente). ”Esse filme é para crianças mais velhas e adultos e, por isso, estou escrevendo para um público diferente.”

Cena, que ganhou seu próprio spin-off no HBO Max como o Pacificador, diz que estava animado para fazer parte de um filme de quadrinhos que tem um ”potencial enorme”.

”Os fãs vão amar”, Cena diz. ”Quando você olha para o que o primeiro filme fez, você pode dizer que foi um sucesso porque as pessoas estavam entretidas. Mas acho que quando você olha de um ponto de vista crítico, o potencial foi deixado na mesa. Acho que esse vai superar isso. Penso que todos estão procurando por algo que dê significado a esse nome – Esquadrão Suicida – e eles serão recompensados.”

Robbie diz que não acha estranho um reiniciar totalmente um filme que está no Universo Estendido da DC junto com Aquaman, Mulher Maravilha, Shazam! e a Liga da Justiça de Zack Snyder.

”Frequentemente, você lê um quadrinho e eles terminam em um lugar, então quando você pega a próxima edição, há personagens completamente diferentes e aquela pessoa que acabou de morrer está lá de repente e você só aceita”, ela ri. ”Eu fico trocando entre Os Novos 52 (uma reforma dos títulos da DC de 2011) e os quadrinhos antigos, e nada disso me impede de desfrutar das histórias.”

Safran concorda, reconhecendo história da produção conturbada do primeiro filme e a recepção polarizada entre os fãs.

”David Ayer e o estúdio tinham diferentes ideias do que deveria ter sido”, ele admite. ”Para James se envolver nesse, era muito importante dar a ele uma folha em branco, total liberdade para escolher os personagens que iriam habitar esse mundo e a história que ele queria contar em termos da missão para que são enviados.”

O resultado final é um filme que ele descreve como Os Doze Condenados encontram os Guardiões da Galáxia.”

”É absolutamente um filme de guerra dos anos 70 junto com os ótimos personagens e humor de Guardiões da Galáxia, e é para maiores”, diz Safran. ”É muito diferente de um filme dos Guardiões por causa do tom, mas também é perceptível pela natureza da história. Esse é um filme de Guerra, enquanto Guardiões é mais um drama familiar imperfeito.”

Gunn diz que os filmes dos Guardiões são um sucesso porque as histórias são sobre uma família. ”Esse realmente é o gênero motor que fazem aqueles filmes funcionarem”, diz Gunn. ”O motor no centro de O Esquadrão Suicida é um filme de que guerra que você veria nos anos 60 com Os Guerreiros Pilantas, Os Doze Condenados ou qualquer um desses tipos de filmes. Mas acho que é mais obscuro do que qualquer outro filme da DC porque há uma riqueza e textura emocional que nem todos os outros possuem.”

Também, ele adiciona com uma risada, ”É bem extremo.”

Para Robbie, O Esquadrão Suicida marca sua terceira vez como a anti-heroína mais louca de Gotham – cada vez com um novo diretor. ”Para mim, a personalidade dela tem tantas facetas, é uma coisa infinita para se explorar com as pessoas”, ela sorri.

Mas ”versão preto e vermelho da Harley” que iremos conhecer em O Esquadrão Suicida vai ser uma com ”sua confiança de volta”.

”Penso que, no primeiro filme, ela tinha uma certa confiança e arrogância sabendo que tinha a proteção do Coringa. Ela fica tipo: “Vou nessa missão e ele vai me tirar de lá em um segundo”. Essa era sua característica naquele filme. Em ‘Aves de Rapina’ era: “Oh, merda, o mundo é assustador e frio. Talvez eu não consiga”. Nesse filme, o tempo passou, não há uma ligação direta com nenhum dos outros, mas não é algo que a Harley ainda está lutando. Ela não está esperando o Sr. C aparecer e não está se perguntando se consegue sozinha ou não. Ela sabe.”

Fonte | Tradução & Adaptação: Equipe Margot Robbie Brasil

Em uma entrevista para o site IGN, o diretor de O Esquadrão Suicida, James Gunn, deu detalhes sobre a escolha do figurino da Harley Quinn no novo filme e sobre o relacionamento dela com o Rick Flag, personagem de Joel Kinnaman. Confira:

Margot Robbie está reprisando seu papel como Arlequina, sendo uma dos poucos atores do elenco de Esquadrão Suicida a retornar para a sequência. Resta saber se o filme irá se aprofundar em sua história com o Coringa e o Batman, mas sabemos que a Harley está usando um figurino bem diferente dessa vez.

”É claro, uma das muitas coisas que mais me perguntaram sobre O Esquadrão Suicida, antes de me contratarem, foi: “O que a Margot vai usar? Qual vai ser a aparência da Harley? Você vai trazer o figurino preto e vermelho para o filme?” E minha resposta foi sim.”

Os fãs da Harley podem notar que seu novo figurino possui mais do que uma pequena semelhança com a Harley Quinn dos jogos de Arkham, particularmente Batman: Arkham City de 2011. Gunn confirma que esses jogos foram um grande ponto de inspiração para sua aparência nesse filme.

”A verdade é que eu tinha um grande mapa de diferentes visuais da Harley Quinn ao decorrer dos anos em várias mídias e um dos que mais gostei foi o visual dos jogos de Arkham”, diz Gunn. ”Seu primeiro figurino no filme é baseado nisso. Eu sabia que queria algo escrito atrás de sua jaqueta, uma no estilo gangue de motocicletas, e foi assim que surgi com ‘Live fast, die clown’ (Viva ao máximo, morra palhaço). Embora tivéssemos outras opções. Também fizemos uma jaqueta que diz ’Clown AF’ (Palhaço pra c*ralho) e outra que dizia ‘World’s Best Grandpa’ (Melhor Avô do Mundo). Ficou entre essas três.”

O trailer também sugere uma surpreendente mudança no relacionamento de Harley e Rick Flag (Joel Kinnaman), com Gunn confirmando que a conexão improvável será um dos muitos subenredos explorados na sequência.

”Harley gosta da maioria dos membros do esquadrão, mas meio que odeia o Ricky Flag porque ele é o oposto do que ela acha maneiro. Ela gosta de estranhos”, Gunn diz. ”Harley entra nessa situação e acha que o Weasel é ótimo porque é um personagem esquisito. E acha que Rick Flag é esse militar irritado. Esse não é o foco central do filme, mas é algo que está na visão periférica. O relacionamento deles é algo importante e há uma mudança no decorrer do filme sobre como eles se relacionam um com o outro, o que pensam um do outro e especificamente o que a Harley pensa do Rick.”

Fonte | Tradução & Adaptação: Equipe Margot Robbie Brasil

Um novo trailer de ‘O Esquadrão Suicida’, próximo filme da DC Comics com Margot Robbie interpretando a Arlequina, foi divulgado na manhã de hoje (22). O trailer apareceu de surpresa em alguns anúncios no Youtube e com alguns dos atores introduzindo como se fossem responsáveis pelo vazamento. Confira o vídeo da Margot e o trailer oficial abaixo: