Margot Robbie conversou com a revista Den of Geek sobre a Arlequina no novo filme da DC, O Esquadrão Suicida. A atriz falou sobre as cenas de luta, suas novas roupas e mais, confira:

Você disse anteriormente em entrevistas que você precisa gostar do personagem para conseguir interpretá-lo. O que você gosta na Arlequina?
Tem sido muito divertido e interessante interpretá-la em três iterações diferentes, com um diretor diferente cada vez, porque eu realmente penso que as pessoas se atraem por características diferentes dela. E há tanto nela, muitas qualidades ótimas e engraçadas e outras muito ruins que também são fascinantes para as pessoas brincarem.

É interessante, dependendo de quem está escrevendo ou dirigindo. As pessoas querem explorar aspectos diferentes da personagem, o que é ótimo para mim porque eu quero explorar todos os aspectos dela. Os três filmes – Esquadrão Suicida, Aves de Rapina e agora O Esquadrão Suicida – são suas próprias aventuras, assim como nos quadrinhos. Dependendo de quem é o autor, é uma aventura diferente.

Houve uma progressão interessante de quando ela estava em um relacionamento com o Sr. C no primeiro filme, para a separação e tentando ficar bem com isso sozinha e se encontrar em Aves de Rapina, e agora em O Esquadrão Suicida. Ela está solteira na pista e explorando o amor em lugares diferentes. Esse lado foi particularmente divertido nesse filme.

Frequentemente penso na Harley como uma criança em um playground, onde se ela for a única criança brincando, ela não vai se divertir muito, mas se você colocar várias outras crianças, vai ser um caos. Então, ela é sempre mais divertida quando está em um grupo de pessoas. Nesse filme, há um grupo enorme e isso significa muitos personagens diferentes para ela interagir, o que para mim foi muito, muito legal.

Acho que o que eu amo sobre interpretá-la é exatamente isso: que você vê um lado diferente dela dependendo de com quem ela está se relacionando no momento e com quem ela está interagindo. Ela é psicótica, divertida, atrevida e moralmente ambígua, e eu posso fazer e falar todas as coisas que eu nunca falaria ou faria na vida real.

Para o primeiro filme, você se inspirou na Harley de Batman: A Série Animada e Karen Hill de Os Bons Companheiros. Você usou isso? Ou foram referência diferentes para esse filme?
James é um grande amante dos quadrinhos, por isso essa iteração da Harley foi mais próxima aos quadrinhos de Esquadrão Suicida. Eu estive desejando essas iterações da Harley que li e amei tanto, então estava ansiosa para alguém explorar isso.

Sinto que a conheço por tanto tempo agora que ela se tornou um pouco além de referências e está completamente formada na minha mente. Agora é somente sobre explorar, como eu disse, iterações diferentes dos quadrinhos e seus enredos um pouco mais de perto.

Como é a estética da Harley no filme?
Para ela, é um dia de trabalho. Esse é o modo missão, então ela usa sua roupa de missão. Então o filme tem uma reviravolta inesperada e ela coloca outra roupa não escolhida por ela. Mas, para nossa sorte e do público, também está na paleta da Harley, um vestido vermelho vibrante e botas pretas. Tudo foi organizado dentro da paleta de cores tradicional dos quadrinhos.

Mas sim, é uma estética muito diferente de Aves de Rapina porque ela está em um estado mental muito diferente. Nesse filme, ela está no modo missão. Enquanto em Aves de Rapina, ela estava uma bagunça total. Ela não sabia o que estava fazendo com sua vida e acho que estava tentando compensar o que ela estava sentindo com o que ela estava vestido, o que significava usar muitas coisas diferentes de uma só vez e eu amei.

As roupas eram confortáveis?
Eram bastante confortáveis. Para ser honesta, estar de sapatos baixos nesse filme foi… uma novidade. Fazer as cenas de luta da Harley usando botas de combate foi um sonho. É muito difícil fazer meses e meses de cenas de luta usando saltos altos. Isso definitivamente contribui com o fator do conforto.

Você adquiriu habilidades impressionantes, não somente nessa franquia, mas em outros papéis que você trabalhou. Você aprendeu alguma coisa nova nesse filme?
Tivemos muitas lutas bastante intensas. Nós filmamos uma sequência longa da Harley. Filmamos em alguns dias, o que foi insano e muito, muito legal. Estou tentando pensar se há alguma coisa que foi especificamente nova. Isso pode soar estranho, mas fiz mais chutes nessa coreografia do que antes. Acho que você vê a… Oh, Deus, é difícil. Eu não sei o que você vê no trailer, então não quero dar spoiler, mas tenho uma arma diferente que estou manejando bem mais no filme.

Vi uma bazuca, uma lança e uma arma.
Sim. Então, a lança foi definitivamente… é uma arma nova e divertida. Digo, interessante o bastante, quando se trata de coreografia e treinamento, você não está aprendendo nada muito diferente do taco de baseball ou da marreta. Você faz um processo de treinamento similar, troca a arma e então faz alguns pequenos ajustes. Mas, sim, é uma nova arma, e foi muito legal.

O filme usa muita pirotecnia. Como foi filmar essas cenas?
Como você pode ver pelo trailer, são cenas de ação enormes, com muita pirotecnia e foi absolutamente fenomenal testemunhar em primeira mão e passar correndo por tudo aquilo. As coisas literalmente explodiam a um metro de distância de mim. Eu tinha esse caminho específico para correr na praia e explosões reais estavam acontecendo em todos os cantos. Minha adrenalina estava no teto e foi divertido demais. Eu disse para o James: “Os caras sempre fazem isso nos filmes e as mulheres nunca fazem. Finalmente tive meu momento de guerra agora e foi tão legal.”

Falando nisso, todo ano durante a temporada do Oscar há uma discussão sobre uma possível categoria para dublês. Você tem uma opinião sobre isso?
Eu passo muito tempo treinando e fazendo cenas de ação nos filmes. Eu amo cenas de ação e conheço muitos dublês. Meu irmão é um dublê, então tenho uma enorme admiração e respeito pela arte em si, o que eles fazem e com o que contribuem para um filme. Sim, sinto que merece mais reconhecimento. Está um pouco além de mim dizer o que o Oscar deve ou não fazer, mas seria incrível.

Acho que em 1960, um dublê ganhou um Oscar. Vou pesquisar…

Você pode falar sobre o que James Gunn trouxe para esse mundo e para a história?
Não consigo pensar em outro diretor que possa executar algo de tão grande escala de forma tão perfeita. Esse filme é enorme… Eu não sei mais como explicar, mas o fato de que ele pode orquestrar algo tão grande, com um tom tão específico e com seu próprio DNA, é incrível.

O filme não se torna uma grande bagunça homogeneizada com um monte de explosões. Há tantas cenas de ação enormes e elas vêm com um soco emocional ao mesmo tempo. É um conjunto de habilidades inteiramente diferente para orquestrar algo desse tamanho e ainda ser emocionante, realista e surpreendente. Não consigo pensar em outra pessoa que faz tão bem quanto ele nessa escala.

Falando nisso, estava pesquisando enquanto tagarelava. O dublê se chamava Yakima Canutt. Que nome brilhante. Yakima Canutt era um dublê e recebeu o prêmio honorário da Academia em 1967. Para ser honesta, eu amo o nome dele.

É um ótimo nome.
O melhor de todos.

Fonte | Tradução & Adaptação: Equipe Margot Robbie Brasil