Estamos chegando perto do grande dia do Golden Globes e o The Hollywood Reporter lançou sua edição especial do evento com Margot Robbie e Tonya Harding na capa da revista. As duas participam de uma entrevista onde Tonya fala sobre sua vida atual e o filme. Confira:

Margot Robbie esperou até o começo das filmagens para que ela e o diretor Craig Gillespie fossem até Portland para almoçar com a mulher que ela estava prestes a interpretar. Seu segundo encontro aconteceu quase um ano depois, quando Tonya Harding se juntou a Robbie no tapete vermelho da premiere de I, Tonya em Hollywood. No dia seguinte, 6 de dezembro, Robbie sentou com Harding, 47, para uma conversa sobre a vida atual da patinadora com seu atual marido, Joe, um especialista em aquecedor e ar condicionado, e seu filho de 6 anos, Gordon, assim como os altos e baixos dos seus dias no gelo.

Enquanto Robbie trocava de papel entre entrevistadora e entrevistada, Harding falou abertamente sobre seu relacionamento tenso com seu ex Jeff Gillooly, que passou seis meses na prisão após a agressão em Nancy Kerrigan em 1994, e sua mãe, com quem ela não mantém contato desde o começo de 2000. Em um momento da conversa de uma hora, a qual a antiga competidora revelou que ela está de volta aos treinamentos (ela irá patinar em uma exibição no Rockefeller Center no fim de janeiro), Harding agradeceu Robbie com lágrimas nos olhos não somente por contar sua história, mas por também dar uma conclusão.

MARGOT ROBBIE: Quando Steven Rogers, roteirista de I, Tonya, falou com você sobre o projeto, você ficou chocada? Hesitante?
TONYA HARDING:
Eu fiquei grata que ele veio até nós primeiramente, mas eu não ia fazer. Eu fiquei tipo, “Eu não quero passar por isso de novo. Eu já passei pelo suficiente, e eu tenho meu filho agora.” Michael Rosenberg, meu agente, me convenceu a fazer isso como uma possível conclusão. Eu fiquei tão nervosa para assistir, mas quando eu vi, eu não estava assistindo um filme sobre mim. Eu estava assistindo a Margot, e então eu fiquei, “Oh meu Deus. Isso é sobre mim.”

Vocês duas se conheceram em um almoço antes das filmagens. Quais foram suas primeiras impressões?
ROBBIE: Eu não sei se você lembra, mas eu estava falando sobre como a parte da patinação era muito difícil, e você disse, “Você está com seus patins? Nós podemos ir até esse rinque, eu posso treinar você.” E também, você perguntou como era lidar com a fama em uma idade tão jovem, o que eu achei muito gentil. Eu fiquei tipo, “Eu não acredito que ela está preocupada comigo.”
HARDING: Quando eu a vi, eu fiquei tipo, “Oh meu Deus, ela é tão bonita. Obrigada, Deus!” (Risos) E eu não esperava que você fosse tão gentil e acessível comigo porque eu aguentei muito desrespeito durante minha vida. Eu não desejo nem que meu pior inimigo passe por qualquer coisa que eu passei.

Margot, o que você estava esperando conseguir nesse encontro?
ROBBIE
: A principal coisa sobre encontrá-la era para que eu pudesse dizer, “Eu estou interpretando uma personagem, não é você. A personagem e a Tonya da vida real, na minha mente, são totalmente diferentes,” e eu queria que ela soubesse disso para que eu pudesse ter mais liberdade no set para realmente abordar essa personagem.

Você tem uma fala favorita no filme?
HARDING
: É claro. Aquela que eu não posso repetir.
ROBBIE: É quando estou gritando com os jurados?
HARDING: Sim.
ROBBIE: Eu não ligo de repetir. Eu digo, “Chupa o meu p*u,” para os jurados, e é uma das poucas coisas que você não disse na vida real.
HARDING: Eu queria ter dito isso.

Como foi ver pessoas da sua vida serem interpretadas por Allison Janney ou Sebastian Stan?
HARDING: A primeira vez que eu vi Sebastian gritar no filme, isso me levou completamente de volta para as vezes que isso aconteceu, e aconteceu muitas vezes. Mas Allison Janney, uau, ela não poderia ter feito melhor a minha mãe. E foi hilário. A única coisa que a minha mãe não fazia era fumar no gelo.
ROBBIE: Sim, era a fala favorita do Steven no roteiro. Diane [treinadora de Harding] dizendo, “Você não pode fumar no gelo,” e a mãe dela dizendo, “Bom, vou fumar silenciosamente.”
ROBBIE: Uma das coisas que eu acho que nenhum de nós percebeu foi o quão difícil é fazer o triple axel.
HARDING: Eu fui a primeira americana a conseguir. Vocês não tem isso no filme, mas um jurado no campeonato de 1991 me deu 6.0. Todas as notas tinham sido 5.9, mas eu consegui um 6.0 e foi como eu ganhei. Eles colocaram todos os jurados em uma sala, e esse jurado teve que explicar por que ele me deu o primeiro lugar ao invés de Kristi Yamaguchi, que caiu e perdeu outro salto, então isso mostrou a preferência. E eu tinha feito tudo do jeito deles. Eu usei o vestido bonito, coloquei a música para eles, e então eu me divertir no final.
ROBBIE: Eu ficava pensando, é uma pena que todas suas conquistas atléticas tenham sido ofuscadas pelo o que aconteceu em 1994.
HARDING: Bom, tudo mudou em 1991. [A partir de 1992, Harding nunca mais conseguiu fazer um triple axel em competição.] Eu descobri isso depois, mas quando eu me separei do Jeff, eu tinha todas as minhas coisas e minha casa e no fim de outubro, meu apartamento tinha sido invadido.
ROBBIE: Você foi roubada?
HARDING: Tudo dentro do meu apartamento tinha sido destruído, havia buracos de faca nos meus sofás e na minha cama d’água. E a cama era em cima, então estava tudo inundado.
ROBBIE: Você suspeita do Jeff?
HARDING: Oh, foi o Jeff.
ROBBIE: Isso mostra o quão tumultuoso era esse relacionamento. Eu achei emocionalmente traumático me colocar no lugar de alguém que está em um relacionamento abusivo.
HARDING: É uma coisa que acontece todos os dias.
ROBBIE: E você quase se acostuma.
HARDING: Me disseram que eu era gorda, feia e que nunca chegaria em lugar nenhum.

Tonya, o que você queria fazer se patinar não fosse uma opção?
HARDING: Eu queria cavalgar ou guarda-parque.
ROBBIE: E agora? Você tem um trabalho?
HARDING: Estou olhando pra ele. Você é meu trabalho. E eu sou mãe. [Por meio de um porta-voz de Harding, ela recebeu uma taxa mais uma porcentagem dos lucros do filme por seu direito de vida. Ela também faz paisagismo e constroi decks.]

Você ainda patina?
HARDING
: Toda semana. Temos um rinque há 50 minutos da minha casa. Me faz me sentir viva. Se eu não estivesse com dor na maior parte do tempo em que estou patinando, eu passaria mais tempo lá. Mas eu vou voltar a fazer meus saltos triplos. Eu sei que quando eu conseguir fazer, eu vou ficar, “Oh sim, é esse o sentimento.”
ROBBIE: Como é um dia normal agora?
HARDING: Eu acordo às 7 da manhã e acordo meu filho às 7:30. Ele gosta de achocolatado, e ele ama panquecas, mas eu não sei fazer panquecas.
ROBBIE: Sem julgamentos, eu sou péssima na cozinha. E então você leva ele para a escola?
HARDING: Sim, ou se é um dos dias que eu vou para o rinque, então o Joe o leva para a escola. No verão, eu estou sempre trabalhando no jardim. Eu amo paisagismo, trabalhar nos carros, cortar madeira. Eu gosto de construir coisas, também, e eu ainda estou tirando umas coisas que ficaram em caixas por anos. Eu tirei meus troféus e medalhas, e as pendurei, mas metade foi roubada ou quebrada. Então meu filho sai da escola, e um de nós vai buscá-lo e assistimos desenhos ou jogamos Minecraft ou DinoCraft, e então é jantar e cama.
ROBBIE: Você ainda acompanha o esporte? Você vai assistir as Olimpíadas em fevereiro?
HARDING: De vez em quando. Eu tenho que saber quem vai competir e se vale a pena assistir ou se vai ser a mesma velha política.

Fonte | Tradução & Adaptação: Equipe Margot Robbie Brasil

As revistas VOGUE UK e W Magazine lançaram suas edições especiais destacando as melhores performances de 2017 e Margot estampa a capa das duas revistas ao lado da atriz Nicole Kidman. Confira:

Margot é capa e recheio da nova edição da revista Time Out New York e fala sobre seu novo filme, I, Tonya, que chega aos cinemas americanos nessa sexta feira. Ela também brinca de “Isso ou Aquilo” em um vídeo para a revista. Confira:

Energia, estilo, dureza: Qualquer pessoa que diga que atuação não é nada como fazer algum esporte não passou muito tempo atuando. Desde que aguentou um maníaco Leonardo DiCaprio em O Lobo de Wall Street, Margot Robbie não poderia ser confundida por nada menos do que uma competidora destemida. Mas sua performance mais recente levanta seriamente a aposta: Como a patinadora olímpica desacreditada Tonya Harding – marcada para sempre por sua associação ao ataque fora do gelo em 1994 em Nancy Kerrigan – a atriz de 27 anos saca um dos feitos mais ousados de empatia do ano. Dirigido por Craig Gillespie e coproduzido pela própria Robbie, I, Tonya é um filme de esportes com altos e baixos e um “Scorsesian” super mudado: brega, engraçado, devastador e com uma estrela principal que será muito falada durante a temporada de premiações. Nascida na Austrália antes de morar no Brooklyn, Londres e mais recentemente Los Angeles, Robbie chama a si mesma de cigana; “lar” é um conceito livre para ela. Durante um momento calmo antes do turbilhão do Oscar, nós nos encontramos com Robbie para falar sobre amarrar os patins durante 17 horas por dia, o escândalo Harvey Weinstein e o enigma no coração de seu mais recente triunfo.

Você sente falta de morar em Nova York?
Oh, meu Deus, está brincando? Eu sinto falta de Nova York o tempo todo. Eu vivi no sul de Williamsburg antes de ficar popular, e então eu morei em Bed-Stuy por um tempo também. Eu acho que Williamsburg está um pouco cheio para mim agora. Mas seis, sete anos atrás, era incrível. Eu sinto falta de tudo: os restaurantes, Brooklyn Bowl, Nitehawk Cinema – eu costumava ir lá o tempo todo.

Mas você ainda é fã dos New York Rangers?
Definitivamente. Eu acho que eu sempre vou ser fã dos Rangers.

Você jogou hóquei no gelo na infância, certo?
Não na infância, mas eu joguei quando me mudei para a América [em 2011]. Eu sou do litoral da Austrália, então esportes no gelo não são populares. Mas Nós Somos os Campeões eram, então eu queria fazer parte de um time. Eu amei.

Em que posição você jogou?
Wing direita, mas não se engane, eu não sou boa.

Ainda assim, a patinação deve ter ajudado você a fazer os saltos triplos em I, Tonya.
[Ironicamente] Sim, eu consigo totalmente fazer um salto triplo. Nós todos subestimamos o quão difícil seria. Quando começamos a planejar aquela cena, pensamos, “Oh, nós só temos que arrumar uma dublê para fazer isso.” E nossa coreógrafa ficou, “Ninguém consegue fazer um salto triplo, vocês sabem disso, certo?” Somente duas mulheres na América podiam fazer e as duas eram asiáticas, então nenhuma delas poderia ser dublê para mim. Nós acabamos fazendo CGI.

Estou arrasado. Entretanto, eu amo como o filme destaca os talentos de Harding, junto com sua rebeldia.
Ela não era de seguir as regras, ela era um pouco bruta, e sem essa mentalidade rebelde, ela não conseguiria ter uma conquista tão incrível no esporte: a primeira americana a fazer um salto triplo em competição. Quanto mais entendemos o mundo da patinação no gelo, mais nós valorizamos.

Há também uma sutil guerra de classes acontecendo com outras coisas e contra os jurados esnobes que ficaram chocados pelas coreografias com Sleeping Bag de ZZ Top.
Ela tinha uma disciplina incrível e motivação para chegar onde chegou, apesar de sua classe e circunstâncias. Patinação artística é um esporte muito caro. Ainda assim, ela conseguiu sobressair. Tonya não é necessariamente a imagem que eles queriam ter. Mas eu acho que é isso que eu gosto mais no filme.

Tudo o que nós lembramos sobre Harding principalmente é o “incidente”. Como alguém interpreta essa mentalidade? O filme é evasivo sobre sua culpa.
Eu acho que eu estava focando, no geral, na ideia que ela estava necessitada de amor e constantemente procurando por validação, seja do Jeff [Gillooly, ex marido de Harding], da sua mãe ou do público.

Você não parece querer julgá-la.
Essa história aconteceu antes do ciclo das notícias de 24 horas. Foi antes do O.J. Foi uma bola de neve fora de controle. As pessoas estavam alimentando demais isso. Como ela diz no filme, “Vocês também são todos meus agressores.” Nós podemos sentar aqui e julgar sua mãe ou o Jeff por abusarem dela, mas nós julgamos a Tonya tão rápido também. O público geral teve parte nisso. Em algum ponto do filme, nós queremos segurar um espelho para a sociedade e nos dar a chance de olhar para nós mesmos e questionar o quão rápido julgamos as pessoas sem pensar nas circunstâncias.

Tonya Harding foi, em um certo grau, uma mulher explorada tentando retomar o poder. Isso te lembra do escândalo Weinstein?
São dois incidentes isolados, mas o que ambos mostram é o quão incrivelmente resistentes são as mulheres. Elas irão se levantar e lutar.

Você tem algo a falar sobre as mulheres que estão tomando a frente e falando sobre o assunto?
Eu já falei um pouco sobre, mas para dar eco nesses sentimentos, eu acho que as mulheres que estão tomando a frente são incrivelmente corajosas. Eu acho que seria uma coisa difícil de fazer. E eu espero que conforte saber que ao fazer isso, elas estão tornando mais fácil para pessoas no futuro fazerem o mesmo. Nós podemos facilitar a mudança nessa indústria e muitas outras.

Seu filme, apesar de explorar o abuso físico e emocional de Tonya em grande parte, é muito empoderador e centrado nas mulheres. Até no sentido literal, a câmera está sempre no seu rosto, o tempo todo, capturando sua euforia.
Eu achei essa uma abordagem super legal. Nas Olimpíadas de Inverno, nós somos acostumados a ver essas tomadas estáticas com lentes longas, e parece gracioso e lindo. Mas o que você perde é esse poder que precisa para fazer esses saltos e movimentos. Então nós pedimos para nosso cameraman ficar de patins também, e ele estava apenas alguns pés de distância de mim, e nós fazíamos a coreografia juntos, como uma dança. Isso é algo que não vi antes. Craig realmente queria que nós vivêssemos os momentos altos da Tonya antes de viver os baixos.

I, Tonya tem muito burburinho de premiação. O quanto a conversa do Oscar aparece no seu pensamento?
É absolutamente a cereja do bolo. A coisa sobre os filmes independentes é esse milagre de conseguirem fazê-los. Eu estava tão preocupada com tentar fazer o filme sair do papel, então ser parte de uma conversa sobre o Oscar é muito modesto e extremamente surpreendente ao mesmo tempo. Para ser honesta, tudo o que eu queria era fazer um filme que as pessoas iriam gostar e ir assistir. Enquanto isso acontecer, eu estarei feliz.

Você conheceu a Tonya?
Sim. Não foi muito importante para a minha pesquisa porque há tantos vídeos dela na internet, e eu queria decidir como eu interpretaria essa personagem antes de conhecê-la como pessoa. Mas uma semana antes das filmagens, Craig e eu voamos para Portland e almoçamos com ela. Eu não queria examinar detalhadamente suas maneiras e ouvir seu dialeto. Digo, foi difícil não fazer isso, mas eu estava tentando. Eu queria conhecê-la para deixá-la ciente de que eu estaria lidando com sua história com respeito, mas ao mesmo tempo, é um filme. Eu não ia me segurar com essa personagem, e eu queria que ela entendesse isso.

Ela foi legal com isso?
Sim, ela foi ótima. Eu não imagino que eu teria a coragem de deixar alguém fazer um filme sobre a minha vida, quem dirá a parte mais traumática. Então, considerando tudo, ela foi incrivelmente compreensiva. Ela realmente se afastou e nos deixou fazer nosso trabalho. Ela não estava no set, ela não era consultora, ela não influenciou o roteiro. Como cortesia, obviamente, nós exibimos o filme para ela antes de alcançar o público.

E?
Eu acho que foi uma experiência complicada para ela, bem emocionante. Ela achou a frase “Chupa o meu p*u” que eu grito para os jurados hilária. Ela queria ter dito isso na época.

Fonte | Tradução & Adaptação: Equipe Margot Robbie Brasil

A última capa do ano da revista Vogue Australia foi anunciada e não é ninguém mais ninguém menos do que nossa australiana favorita! Durante a entrevista, Margot Robbie fala sobre feminismo, sua vida de casada, sobre sua produtora, LuckyChap, e planos para o futuro. Confira abaixo as fotos e a tradução:

Margot Robbie abre a porta de uma enorme mansão no estilo fazenda em Albuquerque, Novo México, a qual está decorada com abóboras de Halloween em tamanhos variados e hilaridade. “Oi, eu sou a Margot!” ela fala com um grande sorriso. De repente, um pequeno e desarrumado cachorro do tamanho de uma pena de espanador dá um pulo, rodando em círculos, e o sorriso de Robbie se torna em uma carranca de pânico: “Oh, cuidado, ele pode fazer xixi em você!” O cachorro, chamado Boo Radley, pula e fica em pé com tanto estilo que você esquece que ele é um animal de quatro patas.

É um momento cômico semelhante a uma cena de uma comédia do Woody Allen que se transforma em Entourage: a atriz – vestida em jeans escuros, uma blusa listrada vermelha e azul e chinelo branco de hotel – e seu cão animado que recebeu o nome de um dos personagens mais famosos da literatura, me recebendo no meio do deserto. O resto dos residentes da casa, que entram e saem durante as próximas duas horas, fazem o elenco de apoio: Josey McNamara, o amigo e sócio que aparece de outro cômodo no meio da entrevista, Sophia Kerr, a melhor amiga de infância que também é assistente e aparece atrás da escada, e Tom Ackerley, o marido lindo e calado que vaga entre a cozinha e a academia. Mas isso é a vida real de Robbie, esses são seus amigos verdadeiros, e isso é mais do que um filme.

Robbie, de 27 anos, incorpora tudo que você quer em uma atriz principal: ela é engraçada e determinada, uma mulher fatal com aparência de morrer e uma habilidade para negócios brilhante. Ela fala sobre feminismo e sobre ser um exemplo para as mulheres tão facilmente quanto discute suas modas favoritas enquanto simultaneamente faz contas para o orçamento de um filme como uma contadora experiente. Seu termo favorito “100 por cento” aparece facilmente na conversa como “tipo”; e seu rosto se ilumina ao ver seu marido como quando ela fala sobre seu amor absoluto por fazer filmes. Família e amigos são obviamente sua primeira paixão, com filmes chegando muito perto no segundo lugar.

Já fazem 10 anos desde que Robbie entrou em nossas telas de TV em Neighbours antes de dar o grande salto para Hollywood com uma chance de roubar a cena e mudar a vida em O Lobo de Wall Street em 2013. Desde então, o seu repertório de filmes tem ido de filmes independentes (Suíte Francesa, Os Últimos na Terra) para comédias (Golpe Duplo, Uma Reporter em Apuros) para blockbusters (A Lenda de Tarzan, Esquadrão Suicida). Nos próximos meses, ela vai aparecer nos dramas de época Mary, Queen of Scots (onde ela interpreta a Rainha Elizabeth I, com entrada na raiz do cabelo e pele cicatrizada) e Goodbye Christopher Robin, onde ela interpreta a esposa socialite de A.A Milne, autor de O Ursinho Pooh, com completa desenvoltura britânica. E enquanto sua estrela continua a crescer, Robbie, que não é de sentar e observar os benefícios do sucesso em Hollywood, agora está se aventurando mais e assumindo um novo papel: produtora e presidente auto nomeada de sua própria empresa. Ela está controlando seu próprio destino por trás das câmeras, onde ela quer ser um modelo feminino por exemplo, encarregada de produzir conteúdo para mulheres.

“Eu já trabalho com muitas roteiristas que são brilhantes, e eu quero trabalhar com diretoras,” ela diz. “Eu realmente quero trabalhar com atrizes da minha idade. Eu estou tentando muito pegar alguns projetos e colocar um elenco de jovens mulheres, porque essa é a minha vida, meu grupo de garotas, somos uma gangue e andamos juntas e eu fico tipo: “Por que isso não é refletido no cinema?” Ela adiciona com uma confiança madura de muitos anos aprimorando as máquinas de Hollywood que a impulsionou a assumir a produção. “Eu sinto que já estive na indústria há tempo o bastante para assistir outras pessoas tomarem essas decisões. Eu já tenho experiência o bastante para ter mais do que uma opinião tipo: “Na verdade, eu não teria feito assim” ou “Eu acho que eles deveriam ter feito algo diferente.” Agora eu posso ser uma das pessoas que dizem: “Hey, talvez a gente devesse fazer um pouco diferente.” É legal ter essa oportunidade. É muito satisfatório criar algo, fazer parte disso e tomar o controle da minha carreira.”

Albuquerque é um dos últimos lugares que você esperaria encontrar uma das maiores jovens estrelas da Austrália construindo seu próprio império. Mas é aqui, nas planícies do deserto de maior altitude, que Robbie estabeleceu um escritório de curto prazo enquanto sua produtora, LuckyChap, faz um filme por perto. A ideia da LuckyChap nasceu em 2013 em uma casa que Robbie compartilhava em Londres com a comitiva mencionada acima: Kerr, McNamara e o então namorado Ackerley, os dois últimos sendo assistentes de direção que Robbie conheceu no set europeu de Suíte Francesa. Esse ano eles oficialmente se mudaram para Los Angeles, onde os recém casados Robbie e Ackerley finalmente se mudaram para uma casa própria e a equipe abriu oficialmente um escritório no estúdio da Warner Bros. em janeiro. Mas nesse dia de outubro, a equipe da LuckyChap alugaram temporariamente essa mansão da Airbnb na área de High Desert aos pés das montanhas de Albuquerque, bem acima da cidade, enquanto eles filmam Dreamland, o terceiro filme a ser produzido com sua bandeira. Eles também estão preparando o lançamento de I, Tonya, uma comédia obscura sobre Tonya Harding, a ex-patinadora acusada de organizar um ataque em sua rival Nancy Kerrigan em 1994. O filme, uma bizarra história real que delicadamente aborda violência doméstica e comédia, recebeu ótimas críticas depois da exibição no Festival de Toronto e já existem burburinhos de Oscar para a performance impressionante de Robbie como a anti-heroína Harding.

Aqui, Robbie está focada nos negócios enquanto aproveita a privacidade longe dos paparazzi que esse santuário no deserto oferece a ela. Entre estrelar e produzir Dreamland, ela está participando de reuniões para seus próximos projetos – antes da nossa entrevista ela estava em uma reunião de roteiro, um dia depois ela iria se encontrar com um diretor australiano que voou para Los Angeles apenas para discutir um projeto especial. Durante o fim de semana, Robbie voa ao redor do mundo para promover I, Tonya antes de retornar para seu pequeno refúgio em uma estrada com muito vento cercada de árvores que estão repletas de cores de outono e vista panorâmica.

“É deslumbrante aqui. Eu fui caminhar essa manhã tentando cansar o Boo,” Robbie diz olhando para a janela enquanto coloca a chaleira no fogo. Como se fosse uma sugestão, o cão reaparece nos meus pés, fazendo aquela pose estranha sob duas patas novamente. “É como andar em um set de velho oeste. Aparentemente, aqui é o ar mais limpo da América. Eu acho que estamos a 5,000 pés acima do nível do mar. E a equipe é incrível. É muito bonito, temos muita sorte.”

Ackerley entra na cozinha voltando da academia e Robbie brinca com ele sobre ser a segunda vez que ele malha no dia, antes de fazer uma xícara de chá para ele. O vínculo entre os dois, que casaram em uma cerimônia íntima em Byron Bay em dezembro do ano passado, é óbvio. Eles discutem brevemente sobre os roteiros que eles leram e os planos para a noite – eles serão anfitriões de uma exibição de I, Tonya para o elenco e equipe de Dreamland. Ackerley então dá um rápido beijo em sua esposa e desaparece na casa e Robbie, sempre a anfitriã (ela faz uma ótima xícara de chá, aperfeiçoada por anos vivendo em Londres), me oferece algo para comer e lê o conteúdo da geladeira: melancia, frango, bolas japonesas de goji. Ela escolhe melancia.

Nós vamos para a sala de estar, onde Robbie senta no meio de um enorme sofá, com as pernas cruzadas e agora descalça (Boo roubou seu chinelo para mastigar), enquanto sua conversa vaga entre casamento, feminismo, ser um exemplo, ela começa a cera lírica sobre LuckyChap. Ela aponta que, enquanto ela está feliz de usar seu poder como estrela para começar a empresa, é um grupo democrático de quatro membros – logo serão seis. Eles também irão incluir projetos para a televisão em sua agenda.

“Eu não posso estrelar em todos os projetos da LuckyChap, mas para começar, foi assim que conseguimos nossa tração, e assim avançaremos para a maioria dos projetos que eu não estou,” ela diz. “O objetivo seria ter uma produtora estabilizada com trabalhos variados e esperançosamente boas críticas e prestígio conectado ao nome, mas a empresa seria sua própria entidade, não seria “a empresa da Margot Robbie” porque não é. A empresa é de todo mundo e nós gostaríamos de nos afastar disso.”

Eu pergunto se é uma ajuda ou obstáculo trabalhar com seus melhores amigos, e Robbie balança os ombros.

“Muitas pessoas nos avisaram contra começar uma empresa com nossos amigos, e eu fiquei muito desapontada com a quantidade de pessoas que nos disseram que era uma má ideia,” ela diz. “Mas eu acho que somos uma exceção à regra porque ainda somos melhores amigos e amamos trabalhar juntos. É perfeito, porque o trabalho nunca parece trabalho para mim. Eu estou sempre com meus melhores amigos, confio neles implicitamente, nós nos conhecemos muitos bem, sabemos as forças e fraquezas de cada um e como separar os projetos entre nós para que possamos ser produtivos e eficientes o máximo possível e tem sido ótimo até agora.”

A fama de Robbie cresceu rapidamente desde O Lobo de Wall Street a lançou para os holofotes e Esquadrão Suicida a colocou mais por dentro do espírito dos blockbusters (a fantasia de Harley Quinn foi a mais popular do Halloween do ano passado, até entre os amigos de Robbie, e a ajuda quando a imigração não a reconhece). Ela também é o rosto do perfume Deep Euphoria da Calvin Klein, e a atenção em seu casamento surpresa com Ackerley foi intensa. O casal celebrou o grande dia rodeado de 50 amigos e familiares. Sua postagem icônica no Instagram anunciando as núpcias, com seu dedo anelar levantado para a câmera, viralizou. “É louco,” ela diz. “Eu vi muitas pessoas no Instagram anunciar o noivado desse jeito. É engraçado e muito bizarro.”

Eu a pergunto se estar casada mudou algo, especialmente agora que eles estão trabalhando mais juntos, e Robbie olha para seu anel de diamante. “Essa é a coisa, nós éramos melhores amigos e colegas de quarto antes e agora ainda somos melhores amigos e colegas de quarto, então nada mudou. Apesar do fato de que eu posso usar isso nos fins de semana. Eu obviamente não posso usar durante a semana quando estou trabalhando, não quero perdê-lo no set.”

Enquanto a fama traz convites para o Oscar e para o Met Gala, o tempo livre de Robbie é passado com os mais queridos e próximos. Os fins de semana em casa são aproveitado visitando a feira, fazendo churrasco ou “limpando cocô de cachorro,” de acordo com Kerr. Ela continua em contato com seus amigos de escola em Gold Coast, e até viajou para Filipinas com a equipe da LuckyChap no ano passado. “Ela ainda tem todos os amigos de antes da fama,” diz Kerr. “Ela faz FaceTime com sua mãe, irmãos e sobrinho [que moram em Gold Coast] toda semana. Ela participa de grupos de mensagem onde zoamos uns aos outros… ela não recebe tratamento especial!”

Robbie diz que ela sente muita falta da sua família e está muito interessada em voltar e fazer um filme na Austrália para passar mais tempo com eles e apoiar a indústria local: “Desde que começamos a empresa, eu fiquei tipo: ‘Precisamos trabalhar com jovens diretores, de primeira viagem e segunda, homem ou mulher; precisamos trabalhar com mulheres roteiristas, diretoras e atrizes, obviamente, e australianos sempre que possível. E vamos filmar algo na Austrália!” Esse é meu sonho.”

Estar no centro de um negócio traz muita pressão, ela admite, mas estar rodeada com os seus melhores amigos a mantém no chão. “É difícil, eu tenho certeza que muitas pessoas lendo isso possuem seu próprio negócio e é muito difícil. Ter um negócio é estressante e consome o tempo, mas é incrivelmente recompensador,” ela diz. “Obviamente muitas vezes eu tenho um surto e falo que não posso continuar. E você perde muitas coisas, tipo você raramente tem feriados, você perde o casamento de todo mundo, o aniversário de todo mundo. Eu ainda não fui pra casa esse ano, não vi meus melhores amigos, meu sobrinho. Então existe esse lado onde dói sacrificar essas coisas, mas também é muito satisfatório criar algo e ser parte disso. É louco pensar que já fazem 10 anos desde Neighbours. É louco porque o tempo voou, mas ao mesmo tempo, muita coisa aconteceu. Eu estou emocionada com onde estou na minha carreira. Eu absolutamente não tenho arrependimentos, todas as experiências foram incríveis, em questão de criação de personalidade e molde de carreira.”

Eu entrevistei Robbie pela primeira vez em 2014 quando ela estava promovendo Golpe Duplo, cavalgando no sucesso de Lobo e animada sobre a perspectiva do futuro. Ela ainda está surpresa e animada, mas amadureceu em uma mulher inteligente e determinada a deixar uma marca definitiva e criar seu próprio caminho com suas próprias regras, e se divertir enquanto isso.

“Como um raio de sol” é como sua melhor amiga Kerr a descreve, enquanto o diretor de O Lobo de Wall Street, Martin Scorsese diz que Robbie é “como ninguém mais.”

“Margot tem uma… audácia única que surpreende e desafia e apenas queima como uma marca em cada personagem que ela interpreta. Ela conseguiu seu papel em O Lobo de Wall Street durante nossa primeira reunião – ao dar um tapa forte no rosto de Leonardo DiCaprio, uma improvisação que nos deixou chocados,” Scorsese escreveu em homenagem a Robbie quando ela foi nomeada uma das 100 pessoas mais influentes do ano pela Time no começo do ano. “Margot é deslumbrante em tudo o que ela é e em tudo o que faz, e ela irá nos surpreender para sempre.”

O diretor de I, Tonya, Craig Gillespie, diz que trabalhar com Margot é “o sonho de um diretor.” “Ela vinha para o set tão preparada, com seu dever de casa feito, completa com três tons diferentes do seu sotaque dependendo da idade da personagem,” o diretor australiano diz. “Ela estava completamente preparada, mas ainda assim disposta a improvisar e se arriscar, apenas muito destemida. No topo de tudo, ela tem um comando de seu ofício que ela faz parecer sem esforço. Ela podia ajustar o salto, e adicionar nuances e cores em uma performance. Tivemos um roteiro incrível, mas o talento da Margot para improvisar e reação aos seus parceiros de cena levaram para outro nível.”

“Margot tem uma habilidade rara de interpretar drama e humor simultaneamente. É uma combinação formidável. Ela não se esforça com o humor, seu tempo é perfeito. Ainda assim, ela pode virar a moeda e ser tão vulnerável e simpática. É muito difícil andar na corda bamba: um passo errado e você perde o público, e Margot nunca errou.”

Robbie, que é uma fã ávida de hockey mas nunca patinou antes de I, Tonya, treinou por meses, algumas vezes patinava durante quatro horas por dia no gelo. Quando a produção começou (enquanto era a estrela em quase todas as cenas, “esse foi meu primeiro papel principal de verdade”), Robbie adicionou a tarefa de ser produtora.

“Sua habilidade de multitarefa era impressionante,” diz Gillespie. “Ela tinha um cronograma muito intenso, e ainda assim ela conseguia sair da personagem por um momento, discutir um problema de produção, e então voltar.”

Diz Kerr: “Isso veio tão instintivamente para ela, eu me pergunto frequentemente se ela é melhor como produtora ou atriz. Em I, Tonya ela estava patinando no gelo e entre as cenas ela estava falando sobre o custo das músicas ou comparando preços das próximas locações. Então ela patinava de volta para o gelo e estava de volta como Tonya Harding. A única coisa que mudou é sua carga de trabalho e ela está aguentando como profissional.”

Muito relevante, nós nos encontramos no meio do escândalo de Harvey Weinstein em Hollywood, com acusações diárias sendo feitas enquanto mais mulheres encontram forças para falar e se posicionar sobre assédio sexual. Uma semana antes, Robbie fez um discurso inspirador na premiação Women in Hollywood na forma de uma carta onde ela fala sobre como as mulheres “lutar em situações degradantes e será oferecida papéis sexistas por homens que pensam que isso é tudo o que o público quer nos ver interpretar. Nós somos todas apenas mulheres, todas enfrentando a falta de igualdade que ser mulher nos traz. E, apesar de sermos individualmente únicas e poderosas, nós somos invencíveis quando estamos juntas,” disse ela em seu discurso.

De volta ao sofá de Albuquerque, quando eu trago o discurso a tona, o sorriso de Robbie se torna desafiador: “Para mim, quando eu penso em mulheres, eu acho que a palavra que nos define melhor mas não é usada com a frequência que deveria é ‘resiliente’,” ela diz. “Mulheres são tão resilientes e eu acho que a resposta para essa situação do Weinstein provou isso. Porque é impressionante o quão rápido todo mundo mudou de triste por causa das notícias para como levamos isso adiante? Como podemos avançar? O que podemos fazer de bom quanto a isso? Todos imediatamente mostraram apoio e então automaticamente olharam para o futuro, o que me fez ter mais orgulho ainda de ser mulher.”

“Como na premiação naquela noite, Kathleen Kennedy estava falando sobre arrecadar fundos para possa ter uma rede de apoio se você passar por uma situação dessas e existe dinheiro por trás, recursos, pessoas para apoiar e então uma solução. Não é tipo: “Vamos falar sobre isso,” é como: “Qual é a solução?” e todos naquela noite estavam a bordo da ideia. Penso que também há o fato de que todas continuaram a falar, então isso prova que uma mudança positiva sairá disso. As pessoas já falaram antes e irão continuar no futuro, eu espero. E se elas não estiverem confortáveis para fazer isso, então vamos tornar isso mais fácil. Vamos arrecadar fundos, vamos fazer uma rede de apoio que funciona e para onde as pessoas possam correr. Eu acho que isso seria ideal.”

Eu pergunto se ela se considera feminista, e ela não hesita em sua resposta. “Sim, eu sou. Mas alguns anos atrás eu estaria com um pouco de medo de dizer que sim porque havia tantas conotações negativas, como: “Se você for feminista, você odeia homens.” Eu estou escutando muitos TED Talks ultimamente sobre a nova onda do feminismo e não é sobre odiar homens, e homens também podem ser feministas. Minha definição favorita de o que é uma feminista é “qualquer pessoa que acredita em igualdade de gênero em aspecto social, emocional e financeiro,” e isso significa que o Tom é feminista, eu sou feminista.”

Ela adiciona que ela planeja aproveitar seu título de celebridade para ser um exemplo para jovens meninas, e quer visitar estudantes na sua próxima viagem para a Austrália. “Eu quero dizer para os jovens que o sucesso não está tão longe quanto parece. Eu não conhecia ninguém nesta indústria, isso pode acontecer,” ela diz. “Eu gostaria de fazer algo assim para falar com a geração mais nova. Para dizer: “Você vai precisar trabalhar muito, você vai precisar trabalhar muito mesmo, mas se você realmente quiser isso, você pode fazer acontecer.”

A luz começa a desaparecer assim que o sol se põe na montanha por trás da casa, mudando de amarelo para laranja para vermelho antes de ficar preto. É um pano de fundo deslumbrante enquanto Robbie fala sobre sua paixão por filmes, que começou quando ela era criança em Gold Coast, quando ela sentava nos degraus do cinema em Pacific Fair e assistia aos trailers dos filmes repetidamente, atraída pelo cheiro da pipoca e textura do tapete.

“Eu ainda tenho essa emoção; Eu acho que é a melhor forma de escapismo,” ela diz com um sorriso, seus olhos literalmente brilhando. “Pelo lado da atuação, minha parte favorita é quando eu realmente me perco em uma cena, quando esqueço que estou no set. Isso só aconteceu algumas vezes na minha carreira, onde eu esqueço de verdade que estava no set, que não sou aquela personagem, que não estava naquele tempo ou lugar. Esse é o melhor sentimento do mundo. Melhor do que saltar de paraquedas. É a experiência mais emocionante.”

Eu comento que ela de repente parece uma criança no Natal falando sobre filmes. “Oh, é verdade!”. Estar no set de um filme, ela adiciona, é “100% o melhor lugar para estar. Eu tenho alguns amigos que me visitam no set e eles odeiam e mal podem esperar para ir embora, mas eu amo. O set de um filme é o meu lugar favorito, não há nada melhor. E eu não ligo se eu tenho três falas no filme ou se não estou no papel principal. Não ligo mesmo. Quando você está no set, é a melhor coisa do mundo.”

Questionada sobre sua memória favorita ao fazer um filme, ela fala sobre a tomada final de Terminal, o mais recente filme completo da LuckyChap, que ainda irá ser lançado. “Lembro que na última tomada que fizemos, eles nos deram quatro claquetes no final,” ela diz. “E quando soubemos que tínhamos feito um filme, foi um sentimento incrível. E fizemos juntos, o que foi a melhor parte. Nada disso seria divertido se você faz sozinho. Eu faço com os meus melhores amigos do mundo, é apenas incrível.”

Fonte | Tradução: Equipe Margot Robbie Brasil